Decidida a se declarar ao seu grande amor, Marinette descobre o quão duro é amar. E é nesse meio de descobertas, que uma semelhança inconcebível entre ela e seu gatinho vem à tona: ambos foram rejeitados por suas paixões, agora platônicas.
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Marinette desfilava por Paris, exibindo, orgulhosa, a blusa colada, que acentuava de forma delicada sua barriga de quase nove meses. As pessoas olhavam admiradas a ela. Se, antes, já era dona de uma beleza exuberante, agora, grávida, Marinette esbanjava graça e formosura.
—O que vai querer comer, princesa? –Adrien perguntou, enquanto ajudava a noiva caminhar.
Marinette e Adrien ainda não haviam casado.
Mari alegou que, enquanto não tivesse tido o filho e perdido todos os quilinhos indesejáveis que ganhou na gravidez, não entraria no vestido de noiva.
Adrien preferiu não contradizê-la.
—Hum, eu queria uma panqueca de gengibre com banana e tomate. –Marinette respondeu envergonhada. Ultimamente, ela tinha desejos um pouco peculiares.
Adrien sorriu amarelo, pois, no inicio da gestação da noiva, havia prometido comer todas as loucuras que Mari desejava e aguentar toda aquela barra de gravidez. Ele não podia discordar que, a parte da comilança, havia sido um péssimo acordo.
—Onde vamos encontrar isso?
—Eu não sei... –Mari choramingou. –Ontem sonhei que eu dava isso para o bebê. Pareceu-me tão gostoso no sonho, estou com vontade há dias.
Adrien sorriu pensativo. Tinha uma pessoa que iria adorar fazer a tal panqueca para ela com gengibre.
—Espere um pouco. –Ele pediu.
O rapaz sacou o celular do bolso, e discou no segundo nome favorito de sua agenda (o primeiro, claro, era de Marinette). Esperou pacientemente.
—Amigo! Tudo bem?
—O que você quer?
Adrien riu.
—Poxa, estou bem também. Obrigado.
Nino suspirou no outro lado da chamada.
—Desculpa Bro. Estou exausto, Alya foi para a casa de uma tia ontem, e me deixou com a Nina. E ela tá na fase dos terríveis dois anos. E bota terrível nisso. Espero que já esteja preparado para o que você vai ter que enfrentar pelo resto da sua vida!
Adrien olhou para Marinette e moveu os lábios, dizendo baixinho "Nino", para informa-la com quem estava conversando.
—Mas o que você precisa? A Mari já começou a passar mal de novo? Oh, céus, eu aqui falando dos meus problemas e você deve estar com um enorme aí e...
Adrien o interrompeu:
—Não. Fique calmo. Eu só queria saber se aquele seu tio das panquecas ainda está por Paris. Mari quer comer uma panqueca de gengibre com banana e tomate, coisa de grávida, sabe como é.
Nino respondeu que sim, e passou o endereço a Adrien, que suspirou satisfeito. Ele não queria que seu bebê nascesse com cara de panqueca, muito menos de gengibre. Aquela ideia não lhe parecia muito legal...
