Capítulo 10 - Adrien

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Olho e checo tudo mais uma vez: a casa está limpa, meu pai está no escritório, e Nathalie já providenciou algumas comidas para mim e para Marinette

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Olho e checo tudo mais uma vez: a casa está limpa, meu pai está no escritório, e Nathalie já providenciou algumas comidas para mim e para Marinette.

Eu estava um pilha de nervos, sem saber por que. Digo, eu via Marinette quase todos os dias! Por que, justo hoje, estava tão nervoso? O relógio do meu quarto apitou sem parar, me indicando que já era cinco e meia e que ela ainda não havia aparecido.

O que eu estava esperando? Que ela viria mesmo, estando tão aérea e confusa, como aparentou hoje mais cedo na aula?

Isso tudo é minha culpa, eu não devia ter feito aquilo enquanto estava com ela.

E, principalmente, eu não devia ter saído depois de tudo o que havia rolado. Eu simplesmente beijei-a, e sai. Deixando ela completamente confusa.

Eu estraguei tudo. De novo!

Ótimo.

A tarde havia passado rápido, levando em consideração que passei a manhã e parte dela lutando contra um akuma. Mas agora, o relógio parecia estar de mal comigo, e arrastava lentamente.

Mas, der repente, alguém deu uma batida insistente na minha porta e, já sem esperanças, resmungo para a pessoa, seja quem for, parasse e entrasse logo.

—Desculpa. –Marinette disse rindo, ao abrir a porta. –Nathalie disse que eu podia entrar; e que, bom, era para bater muito na porta, porque você não costuma abrir ela rápido.

Dei um sorriso vitorioso. Ela tinha vindo.

Ela tinha realmente vindo!

—E me desculpa também pelo atraso. Fiquei ocupada e acabei não podendo vir mais cedo, espero que eu ainda possa mostrar meus desenhos a seu pai.

Foi ai que percebi, ela estava mais leve. Não a mesma menina de mais cedo, estressada com algo, que provavelmente era minha culpa.

Acho que, no fim, ela perdoou o que eu havia feito um pouco atrás. Já que não me trata mais com indiferença.

—Adrien? –Ela falou, me fazendo acordar dos meus devaneios.

—Ah, oi.

Marinette deu uma risadinha.

—Aqui. Trouxe estes, são os meus favoritos – Ela me entregou alguns desenhos que havia feito.

Peguei da mão dela, e comecei a folhear.

São todos lindos. Cada traço, rabisco ou linha. Mari sabia passar, através dos seus croquis, a sua personalidade. E era uma das coisas que eu mais admirava nela: ela conquistava qualquer um, até com um desenho.

Fiquei olhando um a um, com um olhar bem critico, para disfarçar o orgulho que eu estava sentindo da minha garota.

—Você não gostou né? Pela sua cara devem ser bem feios e...

—Tem razão, eu não gostei – A interrompi, e ela me encarou surpresa, com um pingo de decepção nos olhos. –, eu amei.

Mari suspirou aliviada, me deu um sorriso tímido e pediu para se sentar na cama, assenti com a cabeça e continuei a folhear os desenhos.

—No que você tem inspiração? –Perguntei, com o intuito de cortar o silêncio.

Ela coça a cabeça, pensativa.

—Paris, eu acho. Tem como andar por essa cidade e não se sentir inspirado? Principalmente a torre Eiffel, é o meu lugar favorito no mundo.

—Mari... –Falei enquanto me levantava e me sentava ao seu lado, na cama. – Posso te fazer uma pergunta?

—Além dessa? Hum, pode sim.

Me sinto um pouco desconfortável em perguntar a ela, algo que é tão intimo, mas mesmo assim, encho os pulmões de coragem e digo:

—Por que você estava daquele jeito, de manhã?

—Vamos mostrar os desenhos para seu pai? Quero saber o que ele achou. –Ela desconversou. E eu suspirei fundo.

Vou ter que me contentar em acreditar que era por minha culpa, afinal.

Fiquei com uma vontade enorme de pedir para ela para ficarmos ali no quarto, juntos, conversando sobre a vida. Igual fazemos quando estou de Chat Noir. Mas ao contrário disso, apenas concordei, e sem falar nada, fomos em silêncio até o escritório de meu pai.

Mari não trocou uma palavra comigo, até estarmos na sala.

Mas a tensão diminuiu quando entramos e meu pai começou a conversar sem parar com Marinette sobre moda.

Confesso que senti uma inveja enorme, e um pouco de ciúmes: queria que ela estivesse conversando comigo, e que meu pai me desse àquela atenção todos os dias.

Nunca vi Mari tão empolgada, nem quando está na presença de Chat Noir. E isso me surpreendeu um pouco. Será que ela escondia muitas coisas de mim?

Também não a vi tocar em nenhum momento no assunto, explicando porque estava daquele jeito, ou sobre Chat Noir. Talvez não fosse algo legal para conversar com um menino. Principalmente um o qual você teve uma queda recentemente e havia sido rejeitada.

Ela não parava de sorrir, a cada vez que meu pai se surpreendia com algum design.

E Quando meu pai respondeu a ela que os desenhos o interessava, ela só faltou explodir de alegria.

—Obrigada, Adrien! –Ela agradeceu, assim que saímos do escritório. –Estou tão feliz, nem acredito que o senhor Agreste gostou dos meus croquis! Isso é um sonho, não é? Me belisca, para eu ter certeza que tudo é real.

Ela fechou os olhos, e estendeu a mão. Mas ao invés de a beliscar, peguei sua mão e depositei um beijinho nela. Igual faço com Ladybug.

Ela cerrou os olhos, logo após, desconhecendo meu ato, depois seu rosto ficou violentamente vermelho. E eu, claro, só consegui pedir desculpas, por seu um imprudente, de novo.

—Não tem problema... –É a única coisa que ela me diz.

Sinto que ela ainda me esconde algo. Talvez deva ter ficado meio assustada. Nunca fomos tão próximos, éramos apenas colegas. E de repente, tudo mudou.

—Você, er, quer algo para comer?

—Não, obrigada Adrien. Adorei vir aqui. Mas eu realmente tenho que ir, preciso contar urgentemente essa noticia a uma pessoa.

Sinto uma onda de decepção cair sobre mim. Ela ficou aqui tão pouco...

—Para Chat Noir? –Falei sem querer.

Ela me encara, e depois desvia o olhar.

—Para Alya.

—Ah. –Murmurei, enquanto observava ela ir embora, levando junto meu coração.

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Notas da autora:

Oi, oi amores. Como estão? Aliás, como começou o ano de vocês? Muitas metas para 2018?

O meu foi muito bom, obrigada. É, obrigada. Porque, logo no 1° dia no ano, eu notei que Rejeitados já está com quase 800 visualizações! Em menos de uma semana e meia de publicação, alcançamos tudo isso. Nós conseguimos, eu, e todos vocês. Que me dão muito apoio para sempre continuar <3 Amo todos, não se esqueçam.

Pensei que, aos sábados, eu podia postar 2 capítulos. O que acham?

Um mega beijo para vocês!

Fui.

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