Decidida a se declarar ao seu grande amor, Marinette descobre o quão duro é amar. E é nesse meio de descobertas, que uma semelhança inconcebível entre ela e seu gatinho vem à tona: ambos foram rejeitados por suas paixões, agora platônicas.
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—O que era? –Tikki perguntou, quando entrei de volta no quarto.
—Não faço a mínima ideia. Estava tudo bagunçado. Devia ter sido algum vento que derrubou os vasinhos. Nada de mais.
Ela deu de ombros, e pediu para que eu continuasse explicando a situação do Adrien.
—Foi isso que eu disse. Ele falou tudo aquilo. –Suspirei fundo. –Por que ele faz isso comigo? Por que me rejeitou naquele dia e agora vem com aquele papinho furado? Eu realmente não entendo mais nada!
Tikki disse que talvez ela tenha se arrependido.
—Ou talvez ele queira provar ao Luka quem fica comigo primeiro.
—É uma pena seu coração estar ocupado por outra pessoa. –Ela respondeu, falando de Chat Noir, e eu ri. –Porque, dessa forma, nenhum deles vai ganhar. Só o seu gatinho.
Era verdade, meu coração era unicamente do meu gato preferido.
Onde será que ele estava agora?
Esperei até a noite cair, mas ele não me visitou. E na hora do jantar, Adrien comeu em silêncio, diferente dos outros dias. Hora ou outra, ele me olhava com uma expressão esquisita. Mas quando eu notava seu olhar, ele desviava. O clima ficou tenso na mesa, e minha mãe percebeu. Por isso programou uma sessão de filmes.
Eu quis morrer. Não queria ter que ficar horas e horas ao lado do Adrien. Não com aquele clima estranho entre nós. Eu sabia que, mais cedo, havia magoado ele. Mas o que ele havia feito, com aquela cena de ciúmes boba, não ajudou em nada.
—Crianças, desembuchem. O que houve? –Meu pai perguntou, encarando nós dois.
—Nada, pai. Não aconteceu nada. Agora, será que podemos ver o filme? –Falei.
Ele nos fitou por mais alguns segundos. Sem falar nada. Mas depois deu de ombros, e soltou o filme.
—Obrigado por nos safar dessa. –Adrien disse baixinho.
—Eu não fiz nada. Só disse a verdade. –Respondi, e continuei a prestar atenção na televisão.
Ele deu um sorriso fraco, e continuou a assistir. Desta vez, voltando a me ignorar completamente.
~ ♡ ~
—Alya, você pode parar de falar dele? –Perguntei, choramingando.
—Não, até você me explicar o que houve.
Respirei fundo.
—Não tem papo com você, não é? –Respondi.
Deixei-a na frente da escola, e me direcionei para ir até a sala, mas Alya me impediu, segurando meu braço.
—Mari... Se você não me contar, como vou te ajudar?