Capítulo 9 - Marinette

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—O que acabou de acontecer aqui? – Perguntei a Tikki, que estava do mesmo jeito que eu: sem entender absolutamente nada

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—O que acabou de acontecer aqui? – Perguntei a Tikki, que estava do mesmo jeito que eu: sem entender absolutamente nada.

Dei de ombros, e fui até a minha escrivaninha e, subitamente, acabei levando as mãos até meus lábios. Ele tinha me dado um beijo.

Um beijo!

Então, um pensamento surgiu e me incomodou um pouco. Será que ele foi embora por que eu beijei mal? E se ele não tivesse gostado?

—Isso é um desastre... –Deixo escapar.

—O que é um desastre? –Tikki perguntou curiosa.

Respondo a ela que tudo era um desastre. Que minha vida estava um caos, e quando percebo, estou encolhida na cama, em posição fetal, tendo mais uma crise existencial.

Acabei pegando no sono, enquanto eu pensava e decidia se, caso um dia eu me casasse com Chat Noir, meu vestido seria branco tradicional ou um com estilo de gatinho para combinar com ele (naquela hora fazia bem mais sentido, pelo menos na minha cabeça).

Todavia, meu celular vibrou uma, duas, três vezes. Me acordando. Julguei ser alguma ligação da Alya, por isso não liguei muito. Mas depois de insistência, notei que era um número desconhecido, e acabei cedendo por curiosidade.

—Alô? –Falei ainda sonolenta.

—Oi minha princesa – A voz era familiar. Lembrava-me duas pessoas, totalmente opostas. Chat Noir e Adrien. Cheguei a pensar como seria se os dois fossem a mesma pessoa... Não. Isso seria impossível, não é? –Sou eu, Chat.

Dou um suspiro aliviado. Uma das minhas dúvidas tinha sido cessada.

—Me desculpe por ter saído com imprudência – Ele disse, antes que eu pudesse me pronunciar. –, não queria te deixar confusa, mas tive que pensar um pouco.

Pensar em quê?!

Continuei em silêncio.

—Não precisa salvar esse número, está bem? Estou ligando de um telefone publico. –Ele suspirou. –Te amo muito, minha princesa. Não se esqueça. Hm, agora preciso ir, boa noite e desculpa atrapalhar seu sono.

E então, sem mais nenhuma explicação, ele desligou a chamada.

Fiquei mais alguns segundos encarando o celular.

Se antes, já estava confusa, agora eu era uma mar de desordem.

~ ♡ ~

Mensagem de texto de Adrien : Bom dia, Mari! Desculpe mandar mensagem tão cedo, mas queria saber se hoje você consegue ir lá em casa, para mostrar os desenhos para meu pai... Se estiver ocupada, entenderei. Beijos.

Acordei, novamente, com o som do celular. Constatei que, a partir daquele dia, deixaria meu celular no vibra, quando estivesse dormindo ou em momentos casuais, como o dia em que minha tia havia ligado.

Desbloqueei rapidamente o celular, e meu coração quase pulou do peito ao ver de quem era à mensagem. Era dele.

Adrien.

Sentei-me, e continuei encarando o objeto em minhas mãos.

—O que foi Marinette? –Tikki perguntou, enquanto esfregava os olhinhos carregados de sono.

Aponto para o celular.

—Quem foi desta vez? –Ela riu e voou até meu lado, para espiar mais meu celular. –Isso já está virando uma novela mexicana!

Concordo com a cabeça, depois me jogo novamente contra a cama.

—Uma bela novela mexicana. Consigo até imaginar, passando na televisão: "Um romance árduo e cheio de drama. Quem ficará com a mocinha? O gato misterioso ou o modelo parisiense teen? Acompanhe, hoje, às cinco da tarde!" –Respondo, imitando a voz de uma locutora de Tv.

Tikki riu.

Enquanto minha Kwami continuava a fazer piadinhas a respeito, e eu ia escutando tudo, rindo baixinho, arrumei minhas coisas, e vesti uma roupa qualquer do armário. Depois, Tikki entrou na minha bolsinha, e fomos para a escola.

Quando cheguei, Alya continuou a tagarelar a respeito de Chat Noir, e eu senti-me um pouco incomodada. Ficar lembrando-se dele, só me fazia pensar no beijo, e se eu havia beijado mal ou não. Ou, outrora, sobre a ligação estranha dele.

—Marinette, estou falando com você. –Alya estrala os dedos na minha frente. –Está em que mundo?

—Todos menos esse. –Falei, me sentando no meu lugar.

Adrien chegou em seguida, rindo de alguma piada do Nino. Depois olhou brevemente pra mim e piscou. Desviei o olhar e continuei a fitar Alya.

—Percebi. Não está nem querendo ouvir a própria amiga!

—Tem razão, não estou te ouvindo. –Respondo baixando a cabeça. –Me perdoa Alya, é que, hoje, eu não estou muito bem.

Ela assentiu com a cabeça, depois pegou um remedinho na mochila.

—Dor de cabeça?

—Não, é mais uma confusão interna, com uma pitadinha de dor no coração.

Ela riu, e decidiu me deixar sozinha, com meus pensamentos.

Mas eu me arrependi, assim que a voz de Chat, começou a soar na minha cabeça.

"(...) tive que pensar um pouco".

No que ele teve que pensar?

Isso estava me deixando louca de curiosidade, e também de nervosismo.

Eu não gostava de ter que ficar com essa dúvida me remoendo. Mas não podia fazer nada a respeito, apenas esperar.

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Notas da autora:

Oi, de novo!

Queria desejar Feliz ano novo para vocês. E agradecer eternamente por todo o carinho que vocês me doa o privilégio de sentir. Espero que vocês recebam todo o amor que me dão, em dobro. Que sejam felizes e que 2018 seja um ano cheio de sonhos realizados, amores, e de muita luz.

Não se esqueçam dos votos e comentários.

Vejo vocês na segunda.

Um beijão cheio de prosperidade, amor e paz para vocês.

Fui <3

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