Decidida a se declarar ao seu grande amor, Marinette descobre o quão duro é amar. E é nesse meio de descobertas, que uma semelhança inconcebível entre ela e seu gatinho vem à tona: ambos foram rejeitados por suas paixões, agora platônicas.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
—Qual será a surpresa dele, Tikki? – Perguntei, sorrindo feito boba para o espelho, enquanto me arrumava.
Minha kwami deu uma risadinha e respondeu que não sabia.
Desconfiei.
Quer dizer, tudo era provável vindo do Chat Noir.
Decidi deixar esses pensamentos de lado, e me concentrar em outras coisas, para o tempo passar mais rápido. Calcei minhas sapatinhas e desci saltitante as escadas, dando de cara com minha avó e Adrien na cozinha, em uma conversa animada.
Quando me viram, ficaram calados.
—O que estavam conversando? –Perguntei me sentando ao lado de Adrien.
Ele olhou para minha avó buscando ajuda.
—Sobre a estadia do Adrien aqui.
Era mentira, claro.
Eles haviam conversado sobre aquilo no dia anterior. Mas, para poupar trabalho, fingi ter acreditado.
Adrien me lançou um olhar cúmplice, me fazendo lembrar da noite anterior. Imediatamente corei. Eu não sabia da onde havia surgido aquela Marinette ontem: louca de desejo.
Eu não era assim, nunca fui. Sempre tive cabeça... Mas ontem, meu corpo agiu sem minha permissão.
—Seus pais chegam hoje, Maribombom. – Minha avó falou, me trazendo de volta para a realidade.
Adrien me olhou, por causa do apelido, e começou a rir.
Dei um soquinho nele.
—Ai! –Ele gritou e riu mais.
—E a senhora já vai ir embora, vó? –Perguntei um pouco triste.
Eu só via a vovó Gina poucas vezes no ano...
—Vou amanhã, querida. Mas prometo vir ver vocês. Isso inclui você, Adrien, querido.
Ele fez joinha com as mãos.
De repente, perdi o apetite. Eu sabia que, a próxima visita dela seria, no mínimo, quando fosse meu aniversário.
—Ei, Mari. Não fica assim. –Adrien falou, assim que minha avó foi na padaria buscar uns doces para nós.
—Eu sei, só... Não queria que ela fosse embora logo. –Respondi angustiada.
Ele então me deu um abraço e isso me fez ficar mais calma. Era bom tê-lo aqui.
Ele era meu parceiro, meu amigo, meu cúmplice...
~ ♡ ~
—E você não faz a mínima ideia sobre o que pode ser? –Alya perguntou, com um sorriso bobo no rosto. –Ah, eu sabia que vocês iam se acertar!