Decidida a se declarar ao seu grande amor, Marinette descobre o quão duro é amar. E é nesse meio de descobertas, que uma semelhança inconcebível entre ela e seu gatinho vem à tona: ambos foram rejeitados por suas paixões, agora platônicas.
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Adrien rolou os olhos pelo quarto, em busca de algum sinal de vida de sua namorada. Ah, como ele amava aquela palavra! Namorada... Para ele, soava quase como um poema.
No dia anterior, Marinette, havia passado em sua casa para levar a mochila que, "acidentalmente", o rapaz havia esquecido com ela. E, bem, o final da história, vocês já devem imaginar.
Quando constatou que ela não estava mais no quarto, Adrien se vestiu e andou pelos corredores da enorme casa em que vivia atualmente, graças ao seu trabalho de modelo e, também, a uma pequena parcela do que recebia como futuro chefe da empresa Agreste. Durante o percurso, pensou se já era a hora certa de chamar Marinette para morar com ele. Quer dizer, uma casa tão grande para uma pessoa só, não lhe parecia o correto. E, com quase seis anos de namoro, ele se sentia seguro o suficiente da ideia de vê-la com mais frequência. Na verdade, a ideia lhe agradava, e muito.
Sentiu um cheiro gostoso vindo da cozinha e, por isso, já sabia o paradeiro na namorada. Andou cambaleando de sono, entre um bocejo e outro de cansaço, a noite anterior havia sido agitada demais.
—Bom dia! –Marinette falou, enquanto colocava mais uma panqueca em cima do monte que havia feito. –Imaginei que estivesse com fome.
Adrien sorriu, ela era muito prestativa.
—Bom dia, princesa. –Adrien beijou o topo da cabeça dela. –Está acordada faz tempo?
Ela negou com a cabeça.
—Acordei faz uma hora, no máximo. Eu estava sem nada para fazer e não queria te acordar... Você estava dormindo tão bonitinho! Então vim preparar o café.
—Você podia ter me acordado, assim poderíamos ter tomado café da manhã em algum lugar.
Marinette cruzou os braços.
—Você acha minha comida tão ruim assim que preferia comer numa lanchonete? –Ela perguntou fazendo biquinho.
Marinette estava emotiva nos últimos dias, mesmo sem entender o motivo.
—Não! Não, quis dizer isso. Você cozinha muito bem, amor. Só pensei que você não precisava ter esse trabalhão todo! –Ele se aproximou dela. – Vou te contar um segredo – Cochichou. –, foram os seus croissants que me fisgaram na sua isca.
Ela riu.
—Bobo. –Marinette respondeu.
Adrien decidiu entrar na brincadeira:
—Linda.
—Maravilhoso.
—Quer morar aqui?
Marinette olhou surpresa para Adrien, após ele perguntar aquilo a ela de forma tão espontânea.
Não fazia muito tempo que ela havia conversado sobre o assunto com Alya. A pressão da família e dos amigos, a fazia se perguntar sempre o motivo de Adrien demorar tanto para fazer a ela, aquele convite.
