Capítulo 24 - Adrien

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Não sei se foi por imprudência, ou por estar recebendo uma atenção de meu pai pela primeira vez desde o sumiço da minha mãe

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Não sei se foi por imprudência, ou por estar recebendo uma atenção de meu pai pela primeira vez desde o sumiço da minha mãe. Só sei que, quando eu o vi virando-se para ir embora, senti um aperto e uma vontade enorme de aceitar a proposta.

Ele podia estar melhorando, não podia?

Peguei rapidamente minhas coisas, dei um abraço apertado na Mari e prometi que a surpresa ficaria para aquela noite. E que eu a visitaria assim que desse.

—Vejo você amanhã no colégio? –Ela perguntou com uma lagrima formada no canto dos seus olhos.

Eu sabia que, aquilo, era difícil para a Mari. Ela já estava triste com a notícia da avó dela, que iria voltar para a sua cidade no dia seguinte, e agora tinha que lidar com isso também.

Não queria deixa-la mais triste do que já estava.

Por alguns segundos pensei em desistir e ficar ali com ela. Mas eu sabia que não podia morar pra sempre com a família Dupain-Cheng, de graça. Era injusto, principalmente, sabendo que, agora, eu poderia morar de novo com meu pai.

—Vou continuar trabalho aqui, que tal? –Perguntei secando os olhos dela.

—Você vai? –Ela sorriu e eu assenti.

—Vamos Adrien, não temos o dia todo. –Meu pai gritou de dentro do carro, e eu dei um último abraço na Mari.

—Te amo. –Falei, antes de partir.

Ela sorriu. E respondeu:

—Eu te amo, muito mais.

~ ♡ ~

Entrei no meu quarto e senti um vazio.

Um vazio enorme.

Embora este fosse maior que o quarto que eu tinha na casa da Mari, ele tinha algo a menos. Era mais solitário. Lá, na casa dela, eu sempre tinha algo para fazer, alguém para conversar, e muito amor. A casa dela tinha algo especial que a minha não tinha: uma áurea familiar invejável.

Mesmo assim, ignorei. Achei que era algo da minha cabeça. Assim como achei que, quando eu voltasse, meu pai estaria melhor e mais próximo de mim. Mas foi diferente, ele estava mais distante do que nunca, mal se quer jantou comigo.

E, novamente, me senti sozinho.

Droga.

Quando terminei de jantar, subi para meu quarto e decidi ir visitar minha princesa. Ela, ao menos, tinha um tempo para esse gatinho fracassado que eu costumava ser.

Dei três batidinhas, como de costume, na porta da varanda dela. E, em poucos segundos, pude ver o rosto iluminado e sorridente dela.

—Boa noite! –Ela disse, me abraçando.

—Estava te devendo uma surpresa. –Tentei esboçar um sorriso, mas falhei gravemente.

Ela me olhou surpresa.

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