Capítulo 7 - Pelo avesso.

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Olha quem veio matar a curiosidade de vocês!!

Não se acostumem, pois, não é sempre que tenho tempo para parar e escrever capítulo novo, certo? Minha vida é bem corrida e por mais que sinta prazer em transpor para o papel tudo o que minha mente fértil projeta nem sempre eu condições para fazer isso. Mas, enquanto eu puder fazer esse agrado farei. Somente peço que tenham paciência quando um dia vier a faltar com vocês.

Sem mais delongas...





Christian

- Patético! – Jack diz.

- Você está avisado Hyde. – O deixo onde está e vou atrás de Ana.

Corro o mais rápido possível e consigo alcança-la antes que saia da biblioteca.

- Ana. – Viro-a para mim. – Por favor, não fica assim comigo.

- Ficar como Christian? – Ela pergunta sem me olhar nos olhos.

- Diferente. – Levanto seu rosto até fazendo com que nossos olhos se encontrem. – Sou eu Christian.

- Desculpa – Ela começa a falar. – Eu não queria atrapalhar nada.

- Você nunca atrapalha baby. – Dou um beijo em seus cabelos e a puxo para um abraço. Mesmo de longe posso ver a fúria de Jack ao me olhar. E como um adolescente imaturo mostro o dedo do meio para ele. – Vamos tomar um sorvete e conversar um pouco? – Ana consente e isso me alivia

Vamos o caminho todo em silêncio, me sinto estranho por não conseguir falar nada com Ana e por perceber que ela está distante. Mas, respeito seu momento e acompanho-a lado a lado observando como ela morde os lábios quando fica nervosa com alguma coisa. De soslaio percebo alguns olhares convidativos para ela, mas acredito que ela esteja alheia a isso.

- Baunilha pra mim e flocos pra ela. – Digo ao garçom que anota tudo em seu bloco de notas. – Duas bolas bem grandes, por favor. – Peço observando Ana que permanece de cabeça baixa.

Começo a batucar a mesa na intenção de chamar a sua atenção, porém ela não dá à mínima. Passo a assobiar ao mesmo tempo em que batuco e continuo não tendo sucesso.

- Você não sabe ficar quieto? – Ela enfim fala alguma coisa.

- Não quando estou perto de você. – Vejo ela sorri e me alegro com isso. – Olha eu não sabia que era você me ligando – Ele me olha compenetrada com seus lindos olhos azuis. – Eu só atendi porque pensei que quem quer que fosse estaria precisando falar algo sério comigo. – Ela volta a abaixar o rosto. – Me sinto péssimo por você ter ouvido aquilo.- Toco de leve em suas mãos. - Me perdoa isso não vai mais se repetir.

- Tudo bem Christian, da próxima vez em que você não atender de cara já terei uma ideia do que esteja fazendo. – Ela volta me olhar sorrindo e eu sorrio junto com ela.

Nossos sorvetes chegam e começamos comemos em silêncio, mas um silêncio bom, reconfortante, prazeroso até.

- Hmm... Eu acho que eles mudaram a marca do sorvete. – Ana diz rompendo o silêncio.

- O sabor deve está associado ao fato de eu está pagando. – Provoco.

- Metido! – Ela retruca.

- Eu? Olha o dedinho. – Faço um não com o dedo. – Toda vez que eu pago a comida sempre você a acha mais gostosa. – Ela ri.

- Sério – Começa a se explicar. – Eu não estou mentindo quando digo que o sorvete está ainda melhor do que antes. – Faço uma cara de impaciência para provocá-la. – Deixa de ser bobo. – Ela finge indignação então, pega uma colherada generosa e trás na minha direção. – Abre a boca e prova. – Faço que não com a cabeça. – Eu estou mandando! Anda logo. – Diz com uma falsa autoridade e eu logo obedeço.

- Nossa... Está melhor que o meu. Me dá aqui. – Pego o pote de suas mãos e começo a dar varias colheradas, Ana se levanta revoltada e vem em minha direção pegar o seu sorvete de volta. Começamos uma briguinha e percebo ela se desequilibrar e antes que algo aconteça a ela puxo-a para os meus braços fazendo com que ela caia sentada no meu colo. Estremeço de imediato com o impacto.

- Devolve. – Ela em fim consegue tomar o pote das minhas mãos e sorri triunfante. – Ai meu Deus. – Diz após perceber que está sentada no meu colo. – Oh Christian me desculpa. – Se levanta imediatamente como se tivesse levado um choque e volta a se sentar em seu lugar.

- Não precisa se desculpar – Digo tentando amenizar um pouco o clima chato que ficou. – Você iria cair eu só te segurei para que não acontecesse.

- Hum rum... Obrigada! – fala e volta a comer timidamente.

- Por que você está com tanta vergonha de mim? Se for pelo o que aconteceu eu peço que esqueça. – Isso faz com que ela me olhe.

- Eu não queria ter dito aquilo na biblioteca, me desculpe.

- Eu sei, fica tranquila. – Percebo o seu olhar suavizar um pouco. – Em momento algum eu acreditei que suas palavras fossem verdadeiras.

- Mais eu falei a verdade Christian. – Ela diz me encarando.

- Como?

- Eu não estava mentindo quando disse aquilo.

- Você queria ficar com o Jack? Então eu estraguei tudo mesmo, não é? – Pergunto irritado.

- Claro que eu não ficaria com Jack, apesar dele querer e vim me cercando há algum tempo. – Ela dá um longo suspiro. – Você me protege tanto que às vezes eu esqueço de que já sou uma mulher crescida – Ela sorri sem humor. – Quando algum cara se interessa por mim e demonstra isso eu me sinto bem, sabe? Me sinto viva.

Não é nada fácil ouvir esse tipo de coisa dela.

- Você e o Jack andam se falando? – Minha voz sai num sussurro.

- Um pouco. - Seu rosto adota uma expressão de quem estava aprontando alguma coisa. – Ele não é tão mau assim.

- Que droga! – Bato forte na mesa atraindo olhares dos que estavam ali presente. – Eu não acredito Ana.

- Não acredita? – Ela fala debochada. – Christian eu só converso com ele, e apesar dele me dizer coisas que enaltecem meu ego eu não sou louca de ficar com ele, pois sei quem é o Hyde. – Ela aponta o dedo para mim de maneira ameaçadora. – Agora o que você pensa da vida, hein? Você já transou com mais da metade da universidade e quer me privar disso, você é patético. – Diz levantando-se e saindo da sorveteria. Deixo uma nota na mesa e vou atrás dela.

- Ana. – Chamo e ela se vira furiosa. – Mais que porra está acontecendo com você hoje ? Eu não estou te reconhecendo.

- Eu sou assim Baby – Ela me provoca usando o apelido que dei a ela. – Sou uma mulher e tenho desejos aos quais irei saciá-los. Acostume-se! – Então ela vai embora e me deixa ali sem entender absolutamente nada.

A garota que eu quase beijeiOnde histórias criam vida. Descubra agora