Capítulo 15 - Quando dei por mim já era amor.

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Christian

- Eu nunca fui realmente querida por um homem, Christian. - Vê-la dessa forma me corta por dentro. 

Agora eu entendo o porquê dela se depreciar tanto e não creditar que é uma mulher incrível. Tudo por causa de um idiota que brincou com seus sentimentos.

Posso ser um cafajeste mais eu jamais me aproveitei de garotas que sabia que tinham sentimentos por mim, por dois motivos: primeiro as mulheres são seres divinos e merecem respeito e adoração e segundo ficar com uma garota apaixonada implicaria nela grudar em mim e eu odeio grude.

Mas, agora é diferente, agora eu quero estar grudado na Ana se possível vinte a quatro horas por dia, a vendo sorrir, olhando seus detalhes e na sua concentração ao assistir alguma coisa na TV, ao receber o seu cafuné que sempre ganho quando estamos juntos e receberia até de bom grado suas reclamações. São tantas coisas que me fizeram amar essa mulher e eu nunca me dei conta antes. Foram muitos sinais que meu cérebro, corpo e coração diziam e eu não soube decifrar nenhum deles, até aquele dia em que presenciei seu beijo com Luke. Depois disso me sobreveio uma tristeza tão grande e a única coisa que queria era ficar na cama o dia todo remoendo a aflição que senti ao ver a Ana com outro.

Flashback ON

­- O que você tem cara? – Elliot pergunta acendendo as luzes e entrando no meu quarto.

- DESLIGA ESSA PORCARIA. – Me cubro imediatamente fugindo da claridade.

- Não até você conversar comigo. – Ele puxa o edredom de cima de mim jogando-o no chão me obrigando olhar para ele pela fresta de um dos meus olhos. – Estou preocupado, Christian. Eu acho que devo avisar a mamãe sobre essa sua nova fase.

- Não enche Elliot – esbravejo com ele. – Eu não tenho absolutamente nada.

- Não? – Ele dá um sorriso sem humor. – Quantas garotas você já dispensou essa semana?

- Pouco me importa. – Sento na cama e pego o meu edredom do chão. – Apague a luz quando sair. – Digo voltando a me deitar.

- É por causa da Ana, não é? – Ele diz sentando ao meu lado.

- Não tenho nada já disse. – falo não escondendo meu mau humor dele.

- Desde que ela passou a noite com o Luke você tem agido diferente, Christian. – Ele continua falando como se realmente existisse algo de errado comigo. – Você sabe que ele anda querendo ter vários replays com ela, não é? – Fala sorrindo, como se fosse à coisa mais legal do mundo. – Claro que você já deve saber idiotice a minha. – Então fica de pé dá um tapinha nas minhas costas e vai em direção a porta.

- E eles ficaram novamente? – Elliot para no meu do caminho e volta a me olhar. – Você sabe... Eles estão ficando, digo as coisas estão sérias?

- Você... – Ele não consegue falar e começa a gargalhar alto o que me deixando ainda mais irritado.

- Esquece Elliot. – Digo sem paciência alguma. – Vai embora e apaga a luz antes de sair.

- Calma Brown. – Ele diz quando enfim para de rir. – Bem que a Kate disse... Eu não posso acreditar! – Ele leva uma das mãos à boca e sorri de forma abobalhada. – Christian Grey está apaixonado.

- O QUÊ? – Acabo gritando. – Você está louco!

- Eu estou sã meu caro irmão já você está louco de amores pela Aninha. – Ele diz fazendo um coração ridículo com as mãos. – A mamãe vai adorar saber disso.

- Sai daqui Elliot! – Fico de pé apontando em direção à porta. – Eu quero ficar sozinho.

- Desculpa Christian. – Ele começa a falar aparentando está arrependido. – Eu sei como é estranho se sentir assim. Como é sentir que você já não tem mais controle do seu corpo, do seu coração e da sua mente porque alguém a detém. – Ele dá um sorriso que não alcança os olhos. – Eu fico feliz que tenha sido Ana a responsável por tudo isso em você. Se precisar conversar já sabe onde me encontrar. – E da mesma maneira repentina que entrou no meu quarto ele sai dele.

Flashback OFF

- Você está enganada Ana, você é tudo o que alguém pode querer. Você é tudo o que eu mais quero. – As palavras saem da minha boca como seu eu não pudesse controla-las e meus pés passam a andar sozinhos.

Depois daquela conversa com Elliot eu passei a enxergar aquilo que não queria e admiti para mim mesmo que eu não amava a Ana como achava que amava. Não era nada fraternal da minha parte, mas e da parte dela o que seria? E como há muito tempo não acontecia eu tive medo e me afastei dela, me afastei da mulher que dominava por completo.

Enquanto eu me afastava dela eu me sentia ainda mais solitário e ainda mais dependente. Aquele sentimento a cada dia que passava mais era nutrido pelo desespero de perdê-la pra quem quer que fosse. Sem falar que mesmo que profissionalmente vê-la todos os dias concentrada, sendo cordial e atenciosa com todos me fazia admirá-la ainda mais e diariamente eu conhecia um pouquinho da Ana que não tinha visto antes e me odiava por isso.

Christian... – Ele diz enquanto nossos lábios estão perto como nunca estiveram antes.

- ANAAAAAA...

- Kate?! – Eu e Ana falamos simultaneamente.

- A mamãe Ana. – Minha cunhada diz chorosa.

- O que aconteceu com ela? – Ana pergunta saindo dos meus braços e nesse momento meus olhar encontra o do meu irmão que dá de ombros se desculpando pelo acontecido.

- Ela sofreu um acidente! – Kate diz aos prantos.

- Não pode ser, Kate. – Ana diz.

- É não pode ser... – Digo.

Você viram que ele tentou, né? Maaaaas... esse imprevisto veio como uma bomba!! Como será que a mãe da Kate está? Será que Aninha entendeu agora que o seu melhor amigo quer ser o seu amor? 

Obrigada por todo o carinho, amo vocês... Até breve!!

A garota que eu quase beijeiOnde histórias criam vida. Descubra agora