Capítulo 10 - Apenas uma noite.

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Ana

- Você é muito linda Ana. - Luke volta a repetir me deixando ainda mais constrangida. - Eu nem acredito que você me deu uma chance depois de tantos meses. - Diz pondo a mão em meu joelho esquerdo enquanto dirige.

- Assim você me deixa sem graça. - Digo sem conseguir encara-lo.

Pouco tempo depois ele para o carro em frente a uma bela casa. Não consigo esconder minha admiração.

- Meus pais viajaram. - Ele começa a dizer. - Não te trouxe aqui para te forçar a nada, eu só quero mesmo ter um tempo a sós com você sem que haja interrupções.

- Tudo bem Luke. - Só farei algo se me sentir confortável mesmo. - Penso. - Apesar de arriscar alguns passos de dança não é muito minha praia lugares abafados e barulhentos. -Me abro com ele.

- Eu te garanto que tranquilidade não falta aqui. - Ele me diz sorrindo. - Vamos entrar? - Faço sinal positivo com a cabeça.

Enquanto retiro o cinto e pego minha bolsa Luke sai rapidamente do carro e abre a minha porta como um verdadeiro cavalheiro faz. Ele não tem muita dificuldade em achar as suas chaves e com isso entramos rápido em sua casa. Sigo-o e sou levada a parte externa dos fundos de sua casa. A principio tenho um pouco de medo por estar escuro, mas quando as luzes são acesas fico encantada com o que vejo. Havia um deck com piso de madeira, munido de uma área com churrasqueira coberta e cadeiras confortáveis. O local onde a piscina ficava possui uma parede de vidro que limita o acesso de crianças. Luke me disse que seus sobrinhos frequentemente visitavam a sua casa e que por este motivo toda a casa foi remodelada. Do lado oposto a piscina tinha uma escada que levava ao andar de baixo onde encontravam-se uma banheira de hidromassagem, uma mesinha e um sofá em formato L.

Tudo era muito limpo e aconchegante e por um momento eu me senti em casa. Luke me seguia de perto, porém não dizia uma só palavra, mas acredito que esperava ouvir algo da minha parte.

- Tudo aqui é lindo e muito tranquilo, Luke. - Um sorriso brota do seu rosto.

- Também acho. Vem - Diz pegando em minha mão. - Vamos sentar no sofá.

- É bem grande e largo dá até para duas pessoas deitarem juntas. - Digo impressionada.

- Você quer deitar?

- Eu acabei de chegar a sua casa Luke, eu não se...

- Xiiiu - Ele diz ponto os dedos nos meus lábios - Não tem problema algum.

- Eu não me sinto confortável. - Admito.

- Mas, eu me sinto. - Ele diz e se deita dando palminhas no local vago ao seu lado. - Deita aqui um pouco.

- Luke... - Ele faz uma carinha triste tão engraçada e eu logo me junto a ele.

Não sei há quanto tempo estou deitada em seus braços sentindo o carinho gostoso que ele faz em meu cabelo enquanto eu brinco com os seus dedos. Tudo está muito silencioso e calmo e isto me trás uma leveza que há tempos almejava.

- Adoro o seu cheiro de morango. - Diz quebrando o silêncio enquanto cheira o meu cabelo.

- É do meu shampoo. - Respondo sorrindo.

- É gostoso. - Ele diz. - Seu corpo todo tem esse cheiro? - Sinto-o ficar tenso. - Eu não quis você sabe... Desculpe-me, só... - Começa a falar nervoso.

- Tudo bem. - Levanto a cabeça para olhar em seus olhos azuis. - Talvez os resquícios do shampoo desçam para o resto do meu corpo. - Ele me fita pensativo.

- Sabe Ana - Começa a falar olhando nos meus olhos. - Eu nunca estive com uma garota como você então, não sei o que fazer, o que falar, como agir. - Ele quebra o nosso contato visual e olha para o teto.

- Ei. - Com uma das minhas mãos puxo carinhosamente seu rosto para olhá-lo novamente. - Eu não mordo. - Sorrio. - Só se você merecer. - Digo para quebrar o clima chato entre nós e consigo fazer com que ele sorria. - Eu acredito que se você começasse me beijando as coisas poderiam, você sabe... - Ele arregala os olhos parecendo não acreditar no que ouviu e logo depois cola sua boa na minha.

♡♡♡

Chego em casa ás oito horas da manhã do sábado após uma noite boa ao lado de Luke. Ele foi um completo cavalheiro e soube respeitar bem os meus limites e me fazer sentir bem e desejada como há muito tempo não sentia.

Abro a porta ao pegar as chaves no local em que Christian havia deixado no dia anterior e encontro Kate tomando seu café da manhã na cozinha. Sua boca forma um o perfeito me fazendo sorrir.

- Sua danadinha! - Kate começa. - A noite com Luke deve ter sido muito boa para você só ter chegado agora, não é? - Ela diz vindo em minha direção.

- Foi sim. - Afirmo.

- Me conta tudo! - Kate diz me empurrado para o sofá.

- Ele foi muito cavalheiro, atencioso, carinhoso...

- E como é que foi, você sabe... - Pergunta não contendo sua animação.

- Bom. - Me limito a dizer.

- Bom? Só bom? - Fala desanimada.

- Foi algo casual Kate o que você esperava?

- Mais empolgação da sua parte. - Ela diz revirando os olhos. - Esperava você dizer que vão se encontrar novamente, sei lá...

- Não existe sentimento entre nós Kate. - Começo a explicar calmamente. - Foi bom e só. Não é como se eu tivesse encontrado o homem que me fará feliz pelo resto da vida e termos tido uma noite de amor. - Kate escuta tudo atentamente. - Preciso de um banho. - Digo finalizando a conversa ficando de pé.

- Precisa mesmo. - Diz jogando uma almofada em mim sorrindo. Jogo a almofada de volta enquanto ela retorna para a cozinha. A campainha toca e por está próxima a porta vou atender.

- Aninha. - Elliot me dá um abraço de cumprimento. - Kate já acordou?

- Já amor. - Ela grita da cozinha em resposta e ele vai ao seu encontro deixando eu e Christian sozinhos.

- Oi. - Falo quebrando o silêncio.

- Oi. - responde.

- Christian vem comer aquele bolo que você gosta. - Kate volta a gritar da cozinha.

- É melhor você ir antes que ela venha te buscar. - Digo abrindo mais a porta para ele entrar.

- Não vai tomar café Ana? - Elliot pergunta quando me vê indo para o meu quarto.

- Ela precisa tomar um banho antes amor. - Kate se adianta em responder.

- Está dizendo que a sua melhor amiga está cheirando mal, amor? - Elliot pergunta sem esconder a diversão em sua voz.

- É que a noite dela foi bem agitada, sabe? Suor, fluídos.... - Me sinto um pimentão ao ouvi-la falando isso.

- KATE! - Grito com ela.

- Estamos entre amigos, Ana. - Diz aumentando ainda mais a minha vergonha.

- Eu vou para o meu quarto. - Digo querendo por um fim naquela conversa extremamente constrangedora.

- Vamos ter um dia de garotas e você vai me contar tudo o que rolou em detalhes. - Apresso meus passos e fecho a porta do meu quarto com força me arrependo amargamente de ter como melhor amiga alguém tão intrometida.

Você me paga Kate!

A garota que eu quase beijeiOnde histórias criam vida. Descubra agora