Capítulo 7

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Repelente? Ok. Cantil? Ok. Comida? Ok. Barraca e colchão? Ok.

— Já vai querida? — Pergunta minha mãe.

— Sim!

—Quer ajuda para carregar essa coisas até o carro?

— Sim, valeu mãe.

   Minha mãe gentilmente me ajuda a levar as coisas ao carro quando uma BMW preta para na calçada. Um homem com um terno caro desce do carro e vem ao nosso encontro arrumando delicadamente as mangas e ajustando o relógio de ouro no braço.

— Oi Valerie. Rose... — ele cumprimenta.

— Para você é Sra. Marin. — retruca a minha mãe.

— Esse é o meu sobrenome. — ele provoca. Minha mãe revira os olhos. 

— O que veio fazer aqui? — minha mãe pergunta com certa repulsa na voz.

— Não vai me dar um abraço filha? — Meu pai indaga.

   O abraço.

— Que tal um café? — Ele diz a minha mãe, e ela o fuzila com o olhar. 

— Pai, estou saindo na verdade. — digo pegando chaves da minha bolsa. — E estou atrasada. Talvez, uma outro hora.

   Minha mãe respira aliviada e me lança um olhar agradecido.

— Não pode desmarcar? Nem por uma visita do seu pai? — ele diz.

— Meu pai tem o ano todo para me ver, esse evento só hoje. — digo rancorosa, mas mantenho a voz calma — Bem, nós vemos no baile dos veteranos.

   Entro no carro, passo para buscar Drake, e vamos ao acampamento coletivo dos veteranos no lago. Havia muitas pessoas, reconheci Kate e ela me viu. Drake sabia sobre minha discussão e da Kate, e também tinha a gente junto que agora mais do que nunca dava muito o que falar, por isso, ele achou melhor a gente ficar longe da maioria. Demos a volta no lago e ascendemos uma fogueira, Drake montou a minha barraca e a dele. Kate deixou claro que o evento era só pra veteranos da nossa escola, então, Paul, Tommy, Andrew e Adam não poderiam vir.

   Já tinha passado alguns dias depois do que houve do banheiro do bar em Allouez, entretanto, Drake não tinha tocado no assunto, quem sabe Paul não tivesse contado, o que me deixava um pouco aliviada, depois daquele dia evitei um pouco os garotos e até Drake, na verdade, eu não conseguia falar com ele sem me sentir traída por ele não estar naquele bar, por ter estado com outra garota. Drake pega um saco de Marshmallow da sua bolsa e me oferece alguns para colocar em brasa.

— Está bom. — digo comendo.

— Valerie... Eu preciso... Eu tenho que perguntar uma coisa. — Drake diz inquieto.

— Manda ver. — fico curiosa.

—V-você gosta do Paul?

O que?

— Ele te disse? — suspiro chateada.

— Não foi isso que perguntei.

— Não importa, isso não muda nada.

Realmente queroOnde histórias criam vida. Descubra agora