Papai me dizia quando eu e Jane éramos crianças, que deveríamos brincar no jardim, na piscina ou no quarto com nossas bonecas, onde quer que queríamos, porém, deveríamos primeiramente fazer o dever. Papai transmitiam não somente um ar de autoridade mas também de que deveríamos o orgulhar, e sabendo disso, nós nunca o decepcionávamos. Por mais tímida que eu fosse, não deixava que nenhuma dúvida passasse sem ser respondida, levantava o braço medrosa e fazia a minha pergunta quase sussurrando, porque se houve dúvida e algum momento eu acreditada que eu iria errar, e decepciona-lo. Depois, tudo se tornou tão fácil, antes o que eram apenas perguntas se transforaram em respostas e em algumas vezes até correções. Quando ele via as minhas notas ele sorria entusiasmo e dizia:"- Você vai longe querida."
A felicidade e orgulho que vi em seus olhos no momento em que contei sobre Harvard não havia preço, era ainda maior do que quando ganhei o nacional. Harvard não era apenas para orgulhar meu pai, havia muito dele no meio confesso, mas a vontade de entrar para aquele universidade também era por mim, tudo teria valido a pena, todo o meu esforço e determinação me levaram a maior e melhor universidade dos Estados Unidos, apenas eu no que poderia ser o ápice do meu intelecto, entretanto, eu acredito que este fosse apenas o caminho até ele.
Deixando que a água desça sobre meu corpo. Percebo que Harvard agora, pode ser um sonho longínquo. Por um ato que até cair a ficha não parecia errado. Mas eu posso ter acabado de arruinar a minha vida, e eu queria o culpar, mas seria tão egoísta da minha parte, afinal, concordamos com isso desde a primeira vez. Sinto seu braços me tocar, ele está nu assim como eu, encosto minha cabeça sobre seu ombro, o conforto de seus braços era o que precisa para afastar essa paranoia que não completava nem mesmo um dia.
Está tudo bem.
Me esforço em acreditar no que digo a mim mesma em pensamento.
Qual seria as chances?
Muitas.
Eu estava apavorada, mas tudo que conseguia fazer era corresponder com tamanha perplexidade sem emoção, abatida e com medo. Eu o amo, e sei quando olho em seus olhos, o cabelo molhado sobre o seu rosto o deixa ainda mais bonito. Ele levanta meu rosto e toca seus lábios no meu de leve.
- Me desculpe... - Drake diz culpado.
- Não é sua culpa - consigo dizer olhando em seus olhos.
- Eu trouxe algo que pode ajudar. - ele diz.
- Ajudar?
Ontem havia sido pertubador, principalmente quando Drake saiu. Ficar sozinha aqui com paranoias e ansiedade era horrível, eu andava de um lado para outro, procurando uma só falha que poderia não fazer com que os fatos nítidos fossem reais. Estava claro, e eu mesmo assim, não queria ouvir, falar ou pensar na palavra receosa, gravidez...
- Um pílula. Usada em casos de urgência. - ele diz.
Saiu da ducha, me enrolo em uma toalha, e pego um pijama das poucas roupas que sobraram nos cabides. Drake saí logo atrás. Com a uma toalha na cintura, ele se escora na porta do banheiro suíte observando eu me vestir, ele era tentador, enquanto os olhos caminhavam tão cheio de libido pelo meu corpo, sua boca era incrivelmente convidativa assim como o seu corpo.
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Realmente quero
Teen FictionValerie era uma garota prudente, ela passou a infancia sobre a pressão de que teria de ser tão boa quanto a irmã, e ela deu o seu máximo. Contudo, ela se perdeu em quem deveria ser e esqueceu de quem era, quando se deu conta não era tarde mas ela só...