Naquela noite a policia veio me fazer algumas perguntas.
Contei a eles sobre o e-mail que tinha recebido e que tinha bloqueado o remetente. Eles "brigaram" comigo por não ter feito a queixa, mas eu não tinha levado aquilo em consideração. Hoje eu vejo que o melhor era ter feito mesmo.Por fim, contei sobre ter ouvido a voz de Fábio no dia da agressão e eles prometeram investigar e chamá-lo pra depor novamente, mas que sem provas seria difícil incriminá-lo.
Os dias foram passando e meus movimentos voltando. Pedro que nesse momento já sabia do meu quadro, não saía do meu lado. Me ajudando durante a fisioterapia e me fazendo companhia. Eu estava bem melhor.
Certo dia já próximo da minha alta, o hospital liberou a visita de Lana ao quarto onde eu estava. Ela chorava em meu colo, e como quem soubesse que poderia me machucar, fazia movimentos o mais suavemente que ela conseguia, e a cada "ai" meu, ela ficava imóvel. O amor dela sempre foi um dos meus melhores remédios.
Eu não tinha notícias de Gustavo, mas lembrava dele sempre que um girassol era entregue em meu quarto.
Finalmente dia da alta. Eu já conseguia andar, mas com uma certa dificuldade, então ainda precisava usar a cadeira de rodas pra não forçar as pernas mais que o necessário.
Saí do hospital direto pra delegacia. Precisava de notícias sobre o inquérito.
Segundo o delegado responsável pelo meu caso, Fábio tinha um álibi.
Ele teria passado a noite inteira ao lado de Claudia na festa da cidade, e ela claro havia confirmado a história, dizendo que não haviam se separado em momento algum.- Pois aí já há um furo Senhor Delegado. Ele foi sozinho ao restaurante onde eu estava comemorando meu aniversário. Onde ela estava nessa hora se os dois não se separaram? - Eu disse e Pedro confirmou.
O delegado então prometeu mais uma vez chamá-lo para colher um novo depoimento.
Sem provas do que tinha acontecido, seria a minha palavra contra a deles.Ao sair da delegacia pedi que Pedro me levasse ao restaurante.
- Tem certeza que não quer ir direto pra casa? - Pedro perguntou com medo que eu pudesse sentir algo ao voltar ao local onde eu quase havia morrido.
Chegando lá, Iza nos atendeu e nos levou até a mesa. Pedi a Pedro que me deixasse sozinho com ela.
- Você tem visto o Gustavo por aqui Iza? - Ela relutou em responder.
- Sim, eu o vi umas 2 ou 3 vezes andando com a Claudia por aqui. - Ela respondeu como quem solta uma bomba.
Eu não conseguia entender oque ele queria comigo. Então era mentira tudo aquilo que ele me disse no hospital?
Mudei de assunto perguntando a ela se as câmeras do restaurante haviam captado alguma coisa aquele dia. Mas sua resposta não foi de muita ajuda. As câmeras estavam em manutenção.Minha sorte não estava das melhores.
Fomos pra casa, e eu finalmente pude tomar um banho quente na minha banheira que eu praticamente nunca usava. Mas que estava fazendo toda a diferença.
Pedro me ajudou a entrar e a sair da água, já que meus movimentos ainda não eram os mesmos.
Ao deitar ele trouxe a carta que Elena havia deixado pra mim.
"Gabriel, espero que você esteja bem e lendo essa carta.
Estou voltando pra casa, e estou rezando para que melhore logo. Mas antes de ir, descobri algo que você pode gostar de saber.
Durante uma conversa com Harold, consegui descobri o porquê o rosto do tal Fábio me parecia tão familiar. Ele é neto do homem que na época foi acusado de ter um caso com o avô de Gustavo. O avô dele após o suicídio de Nelson sumiu no mundo, largando a família pra trás.
Por isso, cuidado com ele. Eu vi o jeito como ele te olhou.
Se precisar de mim é só gritar.
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Até o fim...
RomanceFomos ensinados a acreditar que o amor é como os contos de fadas que víamos ou líamos quando éramos crianças. Mas no mundo real isso é bem diferente. Às vezes precisamos passar por alguns contratempos até conseguirmos chegar ao tão esperado "Felizes...