Um ano depois!
-Bom dia amor, eu te amo!
- Bom dia amor, eu te amo!
Assim começavam os dias em nossa nova vida.
- Bom diaaaaaa! - Théo invadia nosso quarto todos os dias pela manhã, gritando com o cabelo bagunçado caindo no rosto e correndo pra nossa cama.
Após um bom banho, nós subíamos até o apartamento de Madame Samovar para tomar nosso café, onde nos juntávamos a Iza e Lukas, que agora estavam noivos e morando no apartamento.
Lukas agora se dedicava única e exclusivamente a rede de restaurantes que abrira com Iza, ele abriu mão do seu cargo na editora, deixando o cargo de direção pra mim. No início foi bem difícil, pois nem todos na empresa concordavam com a decisão, mas como era Elena quem mandava, eles não puderam fazer muita coisa contra.
Após começarmos a dar apoio a novos escritores e criarmos aulas para incentivo da leitura em escolas públicas, nossas vendas duplicaram e eles começaram a me aceitar com muito mais de facilidade.
Jessie que antes era o faz tudo dentro da editora, agora era escritor de livros de fantasia. Seu ultimo livro "Herança de Sangue: Entre o bem e o mal" era um dos mais lidos no Wattpad, e nós nos preparávamos para enviar algumas cópias para as livrarias de todo o mundo.
Pedro continuava a ser uma das pessoas mais presentes na minha vida.
Ele e Gustavo viraram amigos e por diversas vezes eu me pegava observando os dois conversando sobre esportes, filmes ou sobre o quanto eu era chato quando acordava de mal humor.Ele agora morava na minha antiga casa. Sim, ele e o Chris, veterinário que havia cuidado de Lana, estavam namorando. Pedro também se preparava para a estreia de seu filme "OnLife" em alguns festivais.
Os Walter continuavam a morar no mesmo lugar, e agora cuidavam de um cachorro que Chris havia resgatado. E quanto a Beatriz, ela continuava a dançar numa boate de stripper, mas segundo as más línguas de Lilith, ela estava prestes a dar um golpe no dono de uma fábrica da cidade. Fora isso, eu não tinha mais notícias. Ou melhor, não queria saber de mais notícias sobre ela.
Após tomar um tiro e ficar alguns dias no hospital, Claudia foi enviada a um centro de tratamento para pessoas com problemas psiquiátricos. Ela continuava jurando vingança. Certo dia vi uma foto que a avó de Théo havia enviado para o celular de Gustavo.
Ela estava muito magra e com a cabeça raspada.
Para Théo, a mãe havia viajado pra longe. Ele aceitou bem a desculpa, assim como no dia em que cheguei todo machucado por causa dela, e disse que havia caído e ficado daquele jeito.
No fundo ele sabia que era mentira, mas ele sabia também que se algo não era dito, era porque ele não precisava saber.Gustavo estava expondo suas obras na The Living Galery, que ficava na Brodway no número 1094. Suas obras eram um sucesso, com praticamente todas as telas vendidas, ele havia se tornado um dos novos queridinhos do mundo das artes plásticas.
A obra principal era a única a não estar à venda.
Era o nosso quadro. Nós dois abraçados num campo de girassóis.
Por maior que fosse o valor oferecido, ele nunca nem cogitou a vender o quadro.O dinheiro que Claudia tanto desejava, agora era doado a instituições que cuidavam de crianças carentes e idosos. Nós vivíamos exclusivamente do nosso trabalho.
Théo estudava na St. Jude's School for Boys, por influencia de Elena nós conseguimos matricula-lo numa das escolas mais disputadas de Manhattan.
Agora com sete anos, ele já dava os primeiros passos em direção ao amor. Ele estava apaixonado por uma das meninas da Constance Billard School for Girls, que era no prédio ao lado. E todos os dias ele levava uma flor pra ela.Sim, nossa vida estava correndo muito bem. Todos estavam felizes, mas não pensem que vivíamos um conto de fadas porque não era assim o tempo todo. Haviam sim brigas, ciúmes, desentendimentos, afinal não da pra ser feliz 100% do tempo. Mas o principal não faltava mesmo quando as coisas não iam tão bem.
Nós nos amávamos muito e isso apagava qualquer coisa de ruim que pudesse acontecer.Mas é quando achamos que nada mais pode nos surpreender ou melhorar, que as coisas mais especiais acontecem.
Certo dia acordei e não vi Gustavo no quarto. Chamei e ninguém me atendeu.
Ao me virar para pegar o celular e ver a hora, encontro um bilhete:"Coloque a roupa que está separada dentro do closet e suba até o heliporto. Estamos te esperando.
Gustavo e Théo".Vesti a roupa que ele havia separado pra mim, e fui ao encontro dos dois que vestiam roupas parecidas com a minha.
- Helicóptero Gustavo?
- Sim, e você vai voar sem ver nada. Vem cá, deixa eu colocar sua venda.
Eu comecei a rir, mas era de nervoso.
Voamos por alguns minutos. Théo vibrava ao meu lado segurando a minha mão, enquanto eu tremia de nervoso e curiosidade.
Sinto o helicóptero tocar o chão.
- Chegamos, mas não tira a venda ainda, espera até eu dizer!
Gustavo me pegou pela mão e nós caminhamos por alguns minutos. Eu sentia cheiro de flores, mas não era de qualquer flor.
- Pronto, pode tirar a venda!
Ele havia me levado a um campo repleto de girassóis. Eu não conseguia falar nada, aquele lugar era lindo demais e estar ali com ele e Théo era algo inesperado.
- Gustavo, que lindo. Como você pensou nisso tudo e organizou isso tudo sem que eu percebesse?
- Nossos amigos me ajudaram a pensar em tudo e estão nos esperando num lugar próximo daqui. Mas eu tenho outra surpresa pra você!
Eu ainda não tinha percebido, mas Théo segurava uma caixa com certa dificuldade nas mãos.
A caixa que era um pouco grande para o tamanho dele, insistia em se movimentar, e eu que logo imaginei oque fosse, comecei a chorar.- Você está chorando antes de abrir seu presente Pai? - Théo falou quase derrubando a caixa.
Quando abri vi uma coisinha peluda pular em minha direção.
Gustavo havia me dado um Golden Retriever.Eu segurei aquele filhote como um dos presentes mais valiosos que ele poderia ter me dado, e enquanto olhava para aqueles olhos, percebi algo em sua coleira.
Duas alianças estavam penduradas ali.
Gustavo então pegou o filhote das minhas mãos e entregou ao Théo, em seguida retirou as alianças e se ajoelhando na minha frente disse:
- Gabriel, você aceita se casar comigo?
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Até o fim...
RomanceFomos ensinados a acreditar que o amor é como os contos de fadas que víamos ou líamos quando éramos crianças. Mas no mundo real isso é bem diferente. Às vezes precisamos passar por alguns contratempos até conseguirmos chegar ao tão esperado "Felizes...