Meu sangue parecia ter se congelado assim como meu corpo, me deixando paralisado em frente ao porta malas aberto.
O carro parou, e ele desceu do carro vindo direto pra cima de mim.
- Oque você quer Fábio? - Perguntei tentando disfarçar o medo.
- Calma coisinha, eu só quero conversar com você. - Ele disse passando a mão no meu braço.
- Eu não tenho nada pra falar com você Fábio, agora segue o seu caminho e me deixa em paz.
Fábio estava perto demais do meu corpo, em seu rosto havia uma expressão diferente.
Ele então agarrou meus braços.- Desencosta de mim Fábio.
- Porque essa agressividade toda. Aposto que com o Gustavo você não falava assim.
- Me solta garoto, você está fedendo a cachaça. - Eu disse tentando me soltar.
- Você não gosta de homem? Você não fez o Gustavo largar tudo pra ficar com você? Então. Agora eu quero ver oque foi que ele tanto viu em você. - Ele disse me virando contra o carro.
Fábio me empurrou com força em cima do porta malas aberto, batendo minha cabeça. Com um dos braços ele me deu um mata leão, enquanto com a outra mão tentava a todo custo baixar minha bermuda. Eu não acreditava no que ele estava fazendo.
Eu tentava me desvencilhar mas ele era maior e mais forte do que eu.
Ele puxava meu short com tanta força que eu ouvi quando ele se rasgou junto à cueca que eu usava. Eu podia sentir seu corpo contra o meu. Eu senti repulsa ao ouvir Fábio cuspir na mão e passar na minha bunda na tentava me estuprar, enquanto exalava cachaça e falava coisas sem nexo como "Você destruiu as nossas vidas", "Você não vai ficar com ele", "Você acha que vai ficar com o dinheiro dele só pra você coisinha", "Ele não vai me deixar de lado por sua causa"...
Os minutos se passaram e eu não conseguia mais respirar por conta da força com que ele prendia meu pescoço.
Eu estava apagando quando senti que ele finalmente conseguia o que queria, a dor invadiu meu corpo de uma vez só, minhas forças iam embora quando algo tirou sua concentração.
Um barulho de carro que vinha acelerando pela estrada.Seu braço afrouxou meu pescoço me permitindo voltar a respirar. Foi quando eu coloquei a mão dentro do porta-malas e pude sentir a chave de rodas. Me empurrei pra trás com toda força fazendo com que ele me soltasse, e me virando acertei a chave em seu braço, que ele usou pra proteger a cabeça.
Corri pro meio da rua e puder ver Gustavo chegando no carro de Harold.
Ele freou e desceu do carro, e correndo até mim me envolvendo em seus braços, enquanto eu tentava fazer com que a bermuda que Fábio havia rasgado ficasse no lugar.
Ao ver meu estado, Gustavo então partiu pra cima dele acertando um soco em seu rosto que o fez cair.
- Você está louco Fábio?
- E você não cansa de proteger essa coisinha não Gustavo? Como você veio para aqui? - Ele disse passando a mão na boca sangrando. - Não me interessa, dessa vez eu vou terminar oque eu comecei. - Ele disse se levantando e partindo pra cima de Gustavo e acertando seu rosto com toda a força.
Eu fui pra cima dos dois que trocavam socos e chutes, quando Gustavo me mandou ficar de fora. A briga era só entre os dois.
Mas Fábio era baixo, enquanto Gustavo se virou pra falar comigo ele o acertou com um chute nas costas que fez com ele ficasse se contorcendo de dor no chão. Eu corri pra ajudar.

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Até o fim...
Roman d'amourFomos ensinados a acreditar que o amor é como os contos de fadas que víamos ou líamos quando éramos crianças. Mas no mundo real isso é bem diferente. Às vezes precisamos passar por alguns contratempos até conseguirmos chegar ao tão esperado "Felizes...