A semana que se passou foi incrível. Meu relacionamos com Deus e com meu pai estava cada vez melhor. Na escola, estava aproveitando as aulas e me divertindo com Darla, Theo e Jug. Papai me levava e me buscava na escola todos os dias. Almoçávamos e jantávamos juntos, como uma família.
Todos os dias ele me colocou para dormir, todos os dias ele me abraçou e disse que me amava. Felipe me chamava de filha e eu o chamava de pai.
Também passei a ter acompanhamento psicológico, para conseguir lidar com tudo o que aconteceu. A psicóloga era uma mulher muito legal. Já havia ido a duas consultas.
Graças a Deus, Pierre não deu as caras. Esperava, sinceramente, que ele tivesse partido para algum lugar longínquo e nos deixado em paz.
— Vamos, Gen. — Meu pai chamou.
Ele e Lise estavam impacientes para irmos à igreja. Convidei-os e eles aceitaram imediatamente. Calcei minhas sapatilhas, peguei a Bíblia e deixamos o apartamento.
O caminho até a congregação não foi silencioso. Bem pelo contrário, falamos sobre irmos no aniversário da cidade. Haveria um parque de diversões e meu pai queria me levar. Tio Matt e Lena iriam conosco também.
— Posso convidar meus amigos?
— Claro que pode, Gen. — Lise assentiu.
— Estou aprendendo a simpatizar com o garoto folgado de nome esquisito. — Papai deu de ombros. — Ele já conhece você há meses e parece ser bem educado, se é que me entende.
— Eu entendi. — Revirei os olhos em protesto.
Chegamos à igreja e todos os irmãos cumprimentaram-nos com largos sorrisos em seus rostos.
Os pais de Jughead e Darla cumprimentaram Felipe e Lise com muito carinho. Meus amigos me deram abraços apertados.
Na quarta-feira, quando retornei à escola, contei a Darla, Jug e Theo tudo o que vinha acontecendo e o que eu pretendia fazer. Nós quatro choramos juntos e oramos a Deus em uma das salas da biblioteca. Todos foram essencias e mostraram extrema prestatividade para me ajudar no que eu precisasse.
Jughead foi o que ficou mais abalado. Ficamos abraçados por vários minutos e ele chorou durante todo esse tempo. Suas palavras foram de conforto, motivação e superação.
Graças a misericórdia do Senhor, finalmente, havia sido estabelecida uma nova relação com o meu Pai celestial e meu pai carnal.
O culto começou e notei várias lágrimas correndo nos rostos de meus pais. Eu também chorei. Chorei ao sentir a abundante presença de Deus no recinto. Senti como não O sentia há tempos.
— Convido a jovem Genevieve para louvar ao Senhor com um hino. — O irmão que estava encarregado da direção do culto encarou-me.
Coloquei-me de pé e fui até os músicos. Darla estava entre eles. Minha amiga me emprestou seu violão e subi no púlpito, enquanto um deles arrumava o pedestal e o microfone.
— Cumprimento os irmãos com a paz do Senhor Jesus, amém! E já agradeço a Deus pela oportunidade.
Fechei os olhos e entrei no Santo dos Santos com o meu louvor:
When I walk through deep waters
I know that You will be with me
When I'm standing in the fire
I will not be overcome
Through the valley of the shadow
I will not fearI am not alone
I am not alone
You will go before me
You will never leave meI am not alone
I am not alone
You will go before me
You will never leave me
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De Pai Para Filha
Fiksi RemajaFelipe Beaumont era o tipo de homem que procurava fugir de encrencas, mesmo que não fizesse isso com muito êxito. Tornou-se pai no auge dos seus vinte anos, no entanto após a morte de sua amada decidiu que a filha deveria ficar aos cuidados da avó m...