In a Song | Harry Styles

Capítulo 28

Liam ligou hoje dando notícias sobre sua viagem repentina para o Brasil, e disse que ele e Maira estão voltando para Londres e o voo deve chegar ainda hoje. Graças a Deus ele deu sinal de vida, não bastava Mai e agora ele sumira também?! Simon estava quase tendo um ataque cardíaco na gravadora mais cedo, e chegaria até a ser engraçado se todos nós não estivéssemos igualmente preocupados.

Felizmente estão todos bem e com a cabeça no lugar, e graças a Deus o Liam conseguiu trazer a nossa Maira de volta! Amém! Na verdade, pela felicidade dele ao telefone, acho que há algo além disso que ele ainda não nos contou. Safadinho.

Estávamos todos reunidos na nossa casa depois do trabalho na gravadora quando ambos chegaram do aeroporto – e de mãos dadas, vale lembrar – por volta das 8h da noite. Nós literalmente pulamos neles e começamos a gritar e nos abraçar no meio da sala, e chegamos até a derrubar um vaso da decoração, mas isso pouco importou. Maira estava rindo enquanto as meninas a agarravam.

- ONDE VOCÊ ESTAVA, MOCINHA?! – Louise começou a gritar. – Você nos abandonou assim, sem mais nem menos, não atendeu às nossas ligações, simplesmente sumiu do mapa! Eu te odeio sua vaca, NUNCA mais faça isso está me ouvindo?!

- Eu ODEIO você, menina! Você deu o maior susto na gente, ficou meses dando uma de depressiva, e do nada a gente descobre que você estava morrendo e tinha uma vida totalmente secreta! Meu Deus do céu, nós quase tivemos um troço! – Valentina berrava também, e Maira continuava dando risada.

Eu estava um tanto afastada do bolinho de garotas gritantes à minha frente, apenas observando aquilo acontecer com um sorriso discreto brotando no canto dos lábios. Assim que a soltaram, Mai veio até mim com um sorriso idêntico ao meu.

- Oi, Cérebro. – Ela disse sorrindo de canto. – O que você quer fazer esta noite?

- A mesma coisa que fazemos todas as noites, Pinky. – Continuei a brincadeira já conhecida há tempos. – Tentar conquistar o mundo!

Imediatamente começamos a rir e nos abraçamos. Tratava-se de uma piada interna que temos desde pequenas, Maira é o Pinky e eu o Cérebro, do desenho Pinky e o Cérebro, aquele dos ratinhos. Nem sei por que criamos isso, mas desde que eu me lembro sempre que nos encontrávamos fazíamos essa brincadeira e depois começávamos a rir.

- Me desculpe por agir como uma idiota com você. – Mai disse ainda abraçada a mim.

- Eu também fui uma idiota – Falei, apertando-a contra o meu corpo. – Eu devia ter percebido que você estava estranha, e devia ter insistido mais em conversar com você sobre isso. Você precisou da minha ajuda e eu não estava lá, eu fui uma péssima amiga.

- Eu também não facilitei as coisas. Eu me fechei pra mim mesma e não deixei que vocês se aproximassem porque achei que não resolveria as coisas, mas a solução pro meu problema não era fazer tudo o que eu fiz. Era justamente pedir a ajuda de vocês, porque vocês estão sempre aqui comigo.

- Me desculpe por dizer que você estava exagerando, você tinha um problema e eu como sua amiga deveria ter te ajudado. Não importa se o mundo caiu ou se você quebrou uma unha, você é minha irmãzinha e eu tenho o dever te de ajudar.

- Me desculpe por ter dito que você não se importava e que só ligava pro seu namorado. Eu sei que você não é assim, tá?

- Hey, o que eu tenho a ver com isso? – Harry protestou fazendo careta, e nós demos risada.

- Me desculpe, Cupcake. – Falei sorrindo e separando o abraço.

- Me desculpe, Panda. – Ela respondeu também sorrindo, e então nos abraçamos de novo. Isso também se tratava de apelidos internos. Só ela me chamava de Panda e só eu a chamava de Cupcake.