Eu não aguentaria escutar aquela... Nem sei como chamá-la. Não iria deixar o Luan, mas nesse momento eu precisava ficar afastada. Fui pra casa e não falei com ninguém. Queria ficar sozinha, durante toda a noite eu pensei no homem que conheci no carnaval, que invadiu minha vida e fez morada no meu peito. Se esse filho fosse dele... Talvez eu não desistisse da nossa história, contudo essa mulher jamais me deixaria em paz, será que eu sou forte pra enfrentar?
Mal dormir antes de ir pra faculdade e pela primeira vez, desde que eu me lembro, não consegui me concentra em uma aula se quer. Conversei apenas o necessário com Mari, deu pra vê que ela percebeu que eu não estava no clima.
Quando estava saindo da faculdade ele estava lá, encostado a um carro prata de vidros escuros.
- Oi.- o abraço forte.
- Você tá bem? Vamos conversar?- concordo.- Entra então, te levo para casa.
Com todo seu charme ele abre a porta pra mim. Por todo caminho o único som que se ouvia era o das músicas do rádio, quando chegamos em frente a minha casa ele soltou um longo suspiro.
- Estava tudo indo tão bem meu amor.- seu tom era triste.- Aquela piranha tinha que aparece, Rô esse filho não é meu.- ele estava de cabeça baixa.
- Como pode saber?
- Eu sempre me cuidei.
Então ele olha pra mim e seus rosto esta molhado pelas lágrimas, meu coração se aperta com a cena, é a primeira vez que o vejo assim.
- Luan, você sabe que eu não sou forte pra essas coisas. Viu como ela me olhou?
- Ela não é nada, não é ninguém. Por favor não se afasta agora.
Eu não estava pronta, precisava me afastar um pouco.
- Olha... Eu vou continuar aqui, mas me da um tempo, essa criança pode ser sua.- em quando eu falava ele apenas negava com cabeça.- Faz pouco tempo que você veio de minas.
- Não, não me deixe agora.
- Não estou te deixando
- Tá sim.
- me deixa pensar, me deixa ficar forte pra enfrentar isso.- saio do carro e abaixo na janela do lado do motorista.- Desculpa.
Não esperei resposta, dei as costas e fui em direção a casa, antes de entrar escutei o som dos socos no volante.
Eu o amava demais, porém, não conseguia. Até poderia aparentar ser forte, mas não; eu era fraca.
A semana foi passando lenta sem ele ao meu lado, já não sabia mais a quantidade de ligações e mensagens, simplesmente parei de ver. Minha mãe e Clara sempre estavam tentando entender o que estava acontecendo, porém eu me fechei para todos.
Na sexta-feira tudo estava mais calma, ninguém tocou no assunto, não recebi nem uma mensagem nem ligação; cheguei a pensar que tinha desistido. Então na saída da faculdade, quando já estava caminhando para o meu ponto de ônibus o seu carro esta e um Luan abatido aparece, seus cabelos já estavam grandes, a barba por fazer, olheiras fundas.
- Entra no carro.- nunca o tinha ouvido em um tom tão autoritária.
- Não.
- Entra agora.- a porta é batida com tanta força que me faz encolher os ombros.- Por bem, ou por mal.
A essa altura ele já tinha atraído bastante atenção pra nos dois. Já tinha aberto a porta e mantinha um olhar, que estava começando a me assustar, então entrei, nada contente em seu carro.
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O amigo do meu namorado [Concluída]
RomanceDepois que seu namorado termina tudo sem dar muitas explicações, Roberta se vê triste pensando se tinha feito algo errado, sua irmã vendo isso resolve leva para passar o Carnaval na praia e lá ela conhece um cara lindo, misterioso e de olhar marcant...