Eu não havia conseguido dormir muito bem, e naquele momento que fui cochilar, também não.
Fiquei me perguntando qual seria a tal surpresa, mas é óbvio que só conseguia pensar em coisas horríveis, umas piores que as outras, e quando associei isso ao que todos de Mewni achavam de mim, as hipóteses ficaram mais negativas, e com elas vieram algumas lágrimas.
Das quais eu estava tentando não deixar escorrerem agora.
"Marco... A surpresa não poderia ser traga até mim?", perguntei insegura, fazendo carinho nos pelos macios da labradora ao meu lado.
"Não Star. Temos que ir até lá.", respondeu Marco, ele parecia empolagado.
"Vai valer a pena, pode ter certeza.", garantiu o senhor Diaz.
Independente do que qualquer um dissesse, mais uma vez eu estava com medo, na verdade, ultimamente eu vivia com medo, e odiava isso, mas acho que se alguém tivesse passado por tudo que passei e escutado tudo que escutei, essa pessoa também teria medo de muita coisa.
"Não sei não... Qualquer coisa que envolva sair de casa, não parece valer a pena.", respondi deixando claro na minha voz que estava com medo.
"Mas vai valer, Star. Pode acreditar.", a semhora Diaz respondeu.
Eu podia acreditar nisso, só não podia acreditar que isso valeria a pena para mim também, não só para eles.
Em um dado momento, o carro parou, e eu deduzi que havíamos chegado ao nosso destino, agora só me restava saber o quão cruel ele era.
Marco abriu a porta e assim que Daisy desceu do carro, ele me ajudou a sair também.
E foi aí que percebi que estávamos frente à um lugar clássico dos meus pesadelos.
"U-Uma floresta?!", indaguei sentindo o pânico tomando conta de mim.
"É! Um ótimo lugar para passar o tempo apreciando a natureza. Sem ninguém mais ao redor.", respondeu Marco fechando a porta atrás de mim.
"E-E os se-seus pais não vã-vão vir junto?", perguntei sentindo meu coração bater forte e descompassado em meu peito.
"Não, eles geralmente não trabalham de sexta à domingo, mas são os dias que mais pessoas visitam o restaurante, então hoje eles vão trabalhar enquanto nós damos uma volta. Tudo bem?", ele perguntou.
No meu interior eu gritava um alto e longo "NÃO!" repetidas vezes, mas acho que a parte racional e sentimental do meu cérebro estavam discordando, porque a resposta que saiu da minha boca foi...
"Si-Sim.", respondi enquanto me xingava mentalmente por querer esconder o que sentia logo agora.
"Então vamos.", disse Marco, me entregando a guia da Daisy.
Assim, o senhor e a senhora Diaz foram embora e nós começamos a andar, ele à minha frente, indo um pouco mais rápido que eu. A cada passo que eu dava desacelerava um pouco.
Ele parece com pressa para chegarmos ao centro da floresta... Será que... Ele... Ele quer me deixar aqui? Quero dizer, eu sou uma montanha no sapato não só dele como dos pais dele, e mesmo que Daisy esteja conosco, não tenho certeza se ela acharia a saída da floresta no meio dela... Mas o Marc não faria uma coisa dessas... Não faria... Não é?
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For Your Eyes
FanfictionMarco Diaz é um garoto de catorze anos que agora está enfrentando um pequeno problema: a pobreza; para sua infelicidade, seus pais foram despedidos ao mesmo tempo e agora estão vivendo das economias, mas fora isso sua vida é ótima! Tem bons amigos...