☾ Capítulo 7 ☽

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Eu estava na entrada da escola, esperando Star passar pela mesma há duas horas, e até agora nem sinal dela, eu estava torcendo para que aquela tonta apenas tivesse se perdido.

Já estava entrando em pânico quando meu celular tocou.

Ansioso, eu quase derrubei-o, mas consegui atender.

"Alô?", eu disse.

"Marco! Vem para minha casa rápido! Achei a Star!", exclamou a Janna com um pouco de contragosto.

"E como ela está?! Só estava perdida, não é?!", perguntei pensando nas possibilidades do que poderia ter acontecido com ela e no que aconteceria comigo caso ela estivesse em um estado muito grave.

E embora eu não quisesse admitir também estava preocupado com ela.

"Bem...", ela começou e eu sorri. "Melhor você ver com seus próprios olhos!", ela completou séria e eu me irritei.

"Da próxima vez que estivermos em uma situação como essa não use 'bem'como 'então'!", a repreendi.

"Tá bom, só vem logo!", ela retrucou e eu desliguei.

Com pressa liguei para Jackie que também estava procurando a Star e contei que Janna havia a encontrado e que elas estavam na casa da Janna, então combinamos de nos encontrar lá.

Eu e Jackie chegamos ao mesmo tempo e batemos na porta com pressa, Janna abriu para nós.

"Entrem logo.", ela disse e nós entramos.

Em silêncio, Janna nos levou até seu quarto e me surpreendi com o quão rosa ele era, mas o que mais me surpreendeu foi o estado em que Star se encontrava.

Ela estava com pelo menos onze curativos por todo o corpo e havia um grande hematoma em seu braço que repousava sobre três almofadas.

"Como ela consegue estar dormindo tão tranquilamente?", perguntei em sussurro para não acorda-la.

"Não se engane, ela está sentindo bastante dor, mas a febre está vencendo.", Janna respodeu e eu fitei-a preocupado.

"Qual a temperatura dela?", perguntou Jackie e Janna desviou o olhar.

"Janna, qual a temperatura dela?!", perguntei irritado com a demora.

"Quarenta e dois... Graus?", ela respondeu e arregalei os olhos.

"Mas isso é hipertermia! Temos que acorda-la agora! Não quero entrar em pânico quando alguém tentar acorda-la e não conseguir!", exclamei já me direcionando á cama.

"Marco, calma.", disse Jackie pondo a mão em meu ombro e fazendo me virar.

"É. Para quem não quer entrar em pânico, você já está bem piradinho. E eu nem sei para que isso já que não se importa com ela.", completou Janna.

"COMO ASSIM NÃO ME IMPORTO?!", gritei nervoso e Jackie fez sinal para que eu falasse mais baixo. "Eu posso não ser fã dela, mas isso não quer dizer que quero que ela morra.", retruquei mais baixo.

"Mas vê-la sendo agredida e não fazer nada, tudo bem para você, não é?", ela perguntou cruzando os braços.

"Do que você está falando? Eu estive na entrada da escola o tempo inteiro esperando que ela aparecesse lá a salvo. Você realmente acha que eu ignoraria ela sendo violentada pelas pessoas?! Ela é cega Janna, não dá para suportar quem faz isso com uma cega!", exclamei.

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