Marco bateu na minha porta de manhã para me acordar, mas mal sabia ele que, mais uma vez, eu nem havia dormido.
Estava com medo de voltar para lá. Da ultima vez quase aconteceu a mesma coisa que me fez parar de ir e eu não queria correr esse risco novamente.
"Star?", chamou Marco, e esta não devia ser a primeira vez.
"E-Estou acordada! Pode descer que eu vou depois!", respondi me levantando.
Decidi vestir algo diferente hoje, para me animar - ou fazer passar fome.
Era um conjunto com cheiro de chocolate, uma camiseta larga com mangas 3/4 também largas, e uma saia que eu vestia por cima puxava algumas partes da camisa e por fim um par de tênis de cano alto e dois cintos de larguras difentes, logo, um ficava um pouco caído.
Abri a porta e fui escovar os dentes, para depois descer as escadas.
Respirei fundo, não era tão difícil, já fiz isso antes.
"Então, você vai pedir ajuda, se arriscar, como vai ser?", Marco debochou ao meu lado e tomei um susto.
"Pare de espiar as pessoas! Eu hein! Que péssimo uso da visão...", exclamei levando a mão ao peito.
"Desculpa, não queria te assustar e eu pensei que tivesse me escutado indo para a escada quando foi para o banheiro.", explicou.
"Não escutei... Mas tudo bem. Já que está aqui e me assustou, pode me ajudar a descer.", brinquei, como se agora e esse fosse o jeito de pagar pelo susto.
"Claro, vossa alteza.", ele disse também brincando, mas eu não havia achado muito engraçado.
"Marco, não me chame assim, não... Por favor...", pedi desconfortável.
"Ah... Desculpa. Não te chamo mais assim, prometo.", ele respondeu sem questionar e eu dei um pequeno sorriso.
"Obrigada...", agradeci enquanto ele passava meu braço por trás de seu pescoço.
"Não precisa agradecer, só estou respeitando sua vontade.", ele respondeu.
"Então se eu disser que não quero ir vocês me deixam ficar em casa?", perguntei enquanto desciamos, com esperança de que ele dissesse sim.
"Star...", ele começou com aquele tom de voz sério e eu já sabia que diria não.
"Eu tenho que superar isso, é melhor para mim e blá, blá, blá...", interrompi com tédio.
"Só queremos te ajudar, Star.", se pronunciaram a senhora e o senhor Diaz enquanto Marco me ajudava a sentar.
"Eu sei, mas... Ir para a escola?", perguntei lembrando de cada coisa que me aconteceu só no primeiro dia de aula em Mewni. "Não acho que seja a menor maneira...", completei desanimada e o café foi servido.
Todos ficaram em silêncio, acho que não sabiam bem o que dizer.
Claro que não sabiam, já haviam dito de tudo!
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For Your Eyes
FanfictionMarco Diaz é um garoto de catorze anos que agora está enfrentando um pequeno problema: a pobreza; para sua infelicidade, seus pais foram despedidos ao mesmo tempo e agora estão vivendo das economias, mas fora isso sua vida é ótima! Tem bons amigos...