"Star?", chamei sério, se todos já haIviam pedido, eu tentaria fazer algo um pouco diferente.
"Não estou com fome. Não quero comer. Vá embora.", ela disse fria, sem eu sequer pergunta-la algo.
"Não ligo se não quer comer.", eu disse igualmente frio. "Você precisa comer, então não é uma questão de querer ou não.", completei e ela soltou uma risada irônica do outro lado da porta.
"E qual a próxima ordem? Que eu me jogue de uma janela?", ela perguntou e franzi as sobrancelhas.
"Por que você ac...", comecei preste a perguntar o porquê dela achar aquilo, mas a mesma me interrompeu.
"Não finja que se importa comigo, Diaz. Nem mesmo se os outros pedirem. Apenas seja sincero e diga: Morra. Eu não vou me importar.", ela disse e não entendia como ela conseguia dizer tudo aquilo na mais pura frieza. "Vamos lá. Diga. Expresse o que sente em relação á mim.", ela continuou e eu senti meu olhar meio perdido naquele corredor.
"Por que não expressa você o que sente em relação ás pessoas?", perguntei frio e irritado com sua provocação.
"Você quer que eu me expresse, tudo bem, consigo fazer isso com apenas três palavras: eu as odeio.", ela afirmou de repente e inevitavelmente eu acabei rindo de sua ousadia. "Isso mesmo, ria, porque isso é realmente bem engraçado, não é mesmo? Uma garota nasce para liderar milhares de pessoas, mas ela odeia cada uma delas; que coisa não é mesmo?", ela perguntou irônica.
"Seu povo não tem culpa que você tenha nascido com esse ódio, então pense dez vezes antes de tomar uma decisão quando estiver no poder.", eu respondi e ela riu descontroladamente.
"E você realmente acha que vou chegar lá, Diaz? Se eu não me matar antes é bem possível que no meu aniversário de dezoito façam isso por mim.", ela retrucou e eu não entendia com ela podia dizer aquilo e ainda rir. "E se eu fosse você parava de ficar dando opinião na minha vida sem eu te pedir, você nem me conhece de verdade para ficar dizendo estas coisas.", ela completou ainda com ar de graça, mas eu sabia que estava falando sério.
"Então faça com que eu conheça.", retruquei.
"Bem que eu poderia, mas sabe... Não estou nem um pouco a fim.", ela respondeu e eu respirei fundo.
Como era possível eu ter uma conversa civilizada com ela se a mesma não me dava uma chance? Tudo bem, eu poderia tentar ser realmente gentil e não usar esse tom de frieza na voz, mas ela me acharia falso já que não confia em mim, então do que adiantaria? Eu só me estressaria mais por saber que não estou fazendo nada de errado e ela está me tratando mal, do jeito que estou agindo pelo menos tenho consciência de que está sendo justo.
"Certo, te conhecendo ou não sei que você precisa comer se não quiser ter sérios problemas de saúde, então, já que você não quer sequer sentir meu cheiro, vou deixar a comida frente á sua porta; e você só precisa abrir para pegar, certo?", propus já me virando para descer as escadas e pegar algo para ela comer.
"Já disse que não estou com fome.", ela afirmou fria. "E mesmo que estivesse não valeria a pena comer, eu vomitaria tudo depois.", ela completou.
"E eu sabia que não te convenceria, mas vim aqui tentar pensando que valia á pena.", retruquei.
"Sinto em lhe dizer que perdeu seu tempo fazendo isso, não valeu a pena, e tentar comer também não vai.", ela respondeu e respirei fundo mais uma vez.
"Como tem tanta certeza?", perguntei com o objetivo de que ela se calasse e apenas aceitasse comer.
"Seus pais estão desempregados, não é?", ela perguntou de repente e senti meu coração parar por um segundo; não respondi sua pergunta. "Ou vai me dizer que eles não trabalham ás sextas?", ela perguntou irônica.
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For Your Eyes
FanficMarco Diaz é um garoto de catorze anos que agora está enfrentando um pequeno problema: a pobreza; para sua infelicidade, seus pais foram despedidos ao mesmo tempo e agora estão vivendo das economias, mas fora isso sua vida é ótima! Tem bons amigos...