"Você ainda não me contou como foi a consulta, sabia?", comentei jogando uma pedra no rio e a vendo pular três vezes e afundar na àgua transparente.
"Eu nunca conto, por que ainda insiste?", perguntou sorrindo enquanto mexia os pés na àgua.
"Tenho a esperança de que algum dia mude de ideia.", respondi dando de ombros. "Mas contanto que o tratamento esteja funcionando, tudo bem.", completei.
Haviam passado quase duas semanas desde que a irritante supervisora havia ido embora, amanhã seria o dia de enviar a carta informando a rainha do que se passava com sua filha na Terra.
Estávamos na floresta que visitamos semanas atrás, Star já não tinha tanto medo de eu abandona-la, acho que confiava mais em mim agora.
"Está funcionando, sim... Finalmente percebi que eu não preciso do Tom para continuar vivendo, ele não é oxigênio.", comentou de repente e eu a fitei. "O que não significa que não sinto falta dele.", completou.
Larguei a próxima pedrinha que jogaria no rio e me aproximei da loira, me sentando ao seu lado, também mergulhando os pés na água.
"Era disso que estavam tratando nas últimas consultas?", perguntei curioso.
"Não só isso, também estamos tentando fazer com que eu perca o medo das pessoas, Janna está me ajudando com isso.", respondeu e eu fiz uma careta quando ela mencionou ter contado à Janna, mas não à mim. "Mas acho que um pouco mais de ajuda não seria nada mal.", comentou.
"Era por isso que queria vê-la final de semana retrasado?", perguntei e ela assentiu.
"E final de semana passado foi o que ficamos fazendo.", disse. "Ela e a mãe dela me levaram numa ONG para ajudar com os animais abandonados, e antes que surte, eu apenas ajudei com animais gentis e examinados por proficionais.", esclareceu aparentemente prevendo que eu diria algo. "Eu fiquei com um pouquinho de medo no começo, não sabia um íamos então quando chegamos lá e Janna me deixou sozinha com um homem adulto por alguns minutos piorou um pouquinho, mas quando percebi o que faziam ali e que todos eram boas pessoas, fiquei tranquila.", explicou.
Eu não deixei de sorrir ao escutar aquilo, Star ainda morria de medo de ir para a escola e me perguntava todos os dias se não podíamos faltar, mas Brittney já havia voltado e esse era um ótimo motivo para sua apreensão, o que me deixava feliz era o fato de que ao menos ela estava percebendo que nem todas as pessoas do mundo são como a Brittney.
E claro, meu sorriso também era, em parte, porque ela estava ganhando mais confiança em mim.
"E... Como eu poderia ajuda-la?", perguntei a fazendo se virar em minha direção.
"E-Eu não sei bem... A doutora Marina me aconselhou à falar sobre o assunto tanto do Tom quanto do trauma, não só com ela, com pessoas que confio também e conforme eu me sentisse confortável, sair um pouco de casa, ir para o parque andar um pouco sob o sol, ao shopping para me divertir... Esse tipo de coisa.", respondeu e eu tive uma ideia.
Tirei os pés da água e engatinhei atrás de Star até ficar com uma certa distânciaentre nós. Me sentei de lado em relação à ela e segurei seus ombros.
"Vem cá.", pedi a deitando no meu colo.
"O que está fazendo.", perguntou com tédio, já deitada.
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For Your Eyes
FanficMarco Diaz é um garoto de catorze anos que agora está enfrentando um pequeno problema: a pobreza; para sua infelicidade, seus pais foram despedidos ao mesmo tempo e agora estão vivendo das economias, mas fora isso sua vida é ótima! Tem bons amigos...