Eu acordei de manhã com uma dor de cabeça incômoda, mas nada que não fosse insuportável. Sentia isso provavelmente pela raiva que passei ontem, não acredito que a Star está mal por causa daquele ser chifrudo.
Me levantei pronta para chutar algumas bundas de outros idiotas (embora eu só quisesse chutar uma).
"Janna, hora de...", minha mãe surgiu na porta com um sorriso, pronta para me fazer levantar da cama, e quando ela percebeu que não precisava, franziu as sobrancelhas. Acho que estraguei a diversão dela. "Acordar.", completou.
"O que foi?", perguntei a direcionando um sorriso sarcástico enquanto ia em direção ao meu guarda-roupa.
"O que aconteceu para você acordar sem que eu precisasse te chamar? Está preocupada com algo?", ela perguntou desconfiada.
"Não. Está tudo bem.", só estava com vontade de matar um ser imortal.
"Certo... Se você diz... Vou preparar o café da manhã.", avisou encostando a porta e saindo do cômodo.
Vesti minha camisa verde-musgo com mangas curtas e minha saia amarela, cogitei em pegar minha blusa verde-água, mas estava muito calor para isso, já para calçar minhas botas, nem tanto.
Saí do quarto e tomei meu café da manhã ignorando completamente o olhar desconfiado da minha mãe sobre mim.
"Tchau mãe.", me despedi já pegando minha mochila. "Para de me olhar assim que eu não estou mentindo. Te amo.", disse brincalhona e saí.
Não sei por que minha mãe nunca confiava em mim; tudo bem que algumas vezes eu saí de casa com um pouco de raiva e voltei com um hematoma ou outro pela adrenalina do momento em que eu tinha a ideia genial de começar uma briga contra pessoas que eu sabia que não tinha chance... Mas só aconteceram algumas vezes, e mesmo assim, não é como se em alguma delas eu corresse algum risco de morte.
Mas desta vez era diferente.
Eu sabia que se eu encontrasse com aquele três olhos novamente e entrasse em uma briga com ele, meu corpo não seria encontrado a menos que reconhecessem as cinzas; e mesmo sabendo disso, a vontade de dar um soco no meio da cara daquele demônio era enorme.
E bom, parece que o universo ouviu leu meus pensamentos e... Decidiu me dar uma chance.
Ou quase isso.
A temperatura subiu de um segundo para o outro, e logo eu já não me via mais no chão ou sequer respirando adequadamente.
Ele me forçava olhar para seus olhos vermelhos que pareciam estar desaparecendo conforme a temperatura aumentasse.
Eu me debatia e segurava em seus pulsos tentando fazê-lo me soltar, mas ele parecia de ferro, e embora estivesse esquentando, que iria derreter seria eu.
"Me larga!", exclamei irritada, porém, a voz quase não saía. "O que foi que eu te fiz?!", questionei e ele riu com maldade.
"O que foi que você me fez?! E tudo o que você disse ontem para a Star?! Babaca!", ele respondeu irritado e fechou a mão em um punho.
Pensa rápido Janna, como fragilizar um ser como esse?
"... Mentira?", perguntei o que eu podia e ele, embora não tenha desmanchado o punho, não me bateu. "E-Era... Mentira?", perguntei mais claramente.
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For Your Eyes
Fiksi PenggemarMarco Diaz é um garoto de catorze anos que agora está enfrentando um pequeno problema: a pobreza; para sua infelicidade, seus pais foram despedidos ao mesmo tempo e agora estão vivendo das economias, mas fora isso sua vida é ótima! Tem bons amigos...