"Ele chegou"

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Susan pvo---

- Susan, espera por mim!- pede Bill.

- O que foi?

- Só queria dizer... obrigado por tudo. Eu sei que nunca nos demos muito bem mas queria agradecer.- ele caminha ao meu lado enquanto no dirigimos para o monte onde antes existia o hospital da cidade.- saber que o meu pai está morto e... e ter acabado com a Mary... é um monte de emoções que eu nunca tinha experimentado e... é difícil.

- Eu compreendo. Todos nós perdemos alguém nestas últimas horas. Mas agora temos que ser fortes e lutar.

- Eu sei... bem, tenho que ir.- aceno-lhe e rezo para que tanto ele, como qualquer um do grupo volte vivo e sem feridas; no entanto, não sou capaz de acreditar nisso.

22:20

Estou no topo do monte onde antes estava o hospital. Agora é apenas um monte de destroços com alguns cadáveres entre os escombros. Olho para a cidade mais atentamente e vejo pela primeira a destruição que toda esta luta causou. Reparo na minha casa também destruída e na escola ainda com um pouco de fogo ativo.

- Susan, o nevoeiro está a chegar.- anuncia a minha mãe. Divididos em grupos de dois, ela ficou comigo e o meu pai com a mãe de John.

- Eu sei, consigo vê-lo.- digo seca por causa do segredo que ela escondeu de mim.

- Querida, eu sei que eu devia ter-te dito mais cedo sobre a Kira... a ti e à Cristine mas...

- MAS VOCÊS NÃO DISSERAM! NÓS SOMOS AS VOSSAS FILHAS! DEVIAM CONFIAR EM NÓS! E... E... A KIRA PERDEU TANTA COISA... tanta... coisa.- começo a chorar e acho que pela primeira vez, quando a minha mãe me abraça, sinto-me mais segura do que alguma vez me senti. Nem com o Richard senti esta sensação, talvez porque ela seja a minha mãe apesar de tudo.

- Desculpa querida, eu e o teu pai nunca tivemos a intenção de vos magoar.- ela também chora.

- Eu sei...- digo a soluçar, pois por mais que esteja magoada, ela vai ser sempre a minha mãe.

Cristine pvo---

Ainda penso em Kira. Ainda penso em como é possível os nossos pais terem escondido este segredo de nós, mas agora é hora de ser forte e esquecer todos esses problemas. Tenho que me focar no que é importante.

- Fred, encontras-te alguma coisa?

- Não, nada de referências à Morte ou ao Diabo. Apenas histórias fictícias.

- Foda-se...- murmuro enquanto esforço-me para encontrar alguma coisa.

- Cris... e... e se não existir forma de os derrotar?

Paro o que estou a fazer e levanto-me, chocada ainda com o que ele disse. Aproximo-me do meu namorado e fico cara a cara com ele.

- Fred, não sei de onde saiu essa mas tu sempre foste o mais positivo entre nós. E vamos conseguir derrotá-los. Tudo tem uma fraqueza, só precisamos de descobrir o que é.

Mantemos o olhar fixo um no outro até que por fim nos afastamos a sorrir.

- Não acredito que depois disto tudo ainda somos capazes de rir.- ele diz enquanto vira outra página do livro.

- É verdade. Mas temos que manter a esperança acima de tudo.

Poucos minutos depois as janelas do edifício começam a ficar cobertas de nevoeiro e percebemos que o penúltimo desastre já começou mas mantenho-me focada no mais importante, encontrar uma solução, até que Fred grita.

24 Horas de TerrorOnde histórias criam vida. Descubra agora