Susan pvo---
- Nós ficamos aqui à procura. Vocês vão à cidade e procurem pelos nossos pais.- Fred afirma.
- Têm a certeza?- pergunto duvidosa.- Aqui é perigoso, a neve, os desastres... o rapaz que não sabemos quem é... Não devíamos ir todos?
- Não, a sério. Só iremos perder tempo e faltam poucas horas para tudo acabar. Vamos esperar que corra tudo bem para o nosso lado.- percebo que Fred está a tentar assumir uma posição de liderança mas não consigo imaginá-lo a guiar um grupo inteiro para a sobrevivência sem fazer porcaria pelo menos uma vez.
- Certo, Constance, Richard, venham comigo.- digo, enquanto verifico a minha arma. A dada altura ouço Cristine a falar com o namorado.
- Toma cuidado ok?- ouço-a dizer.
- Eu? E tu? Tu tens de ter cuidado!- ele abraça-a e depois beijam-se. É que nem pensar.
- Cristine, tu vais ficar aqui. É perigoso ir para lá agora... e eles precisam de ti aqui.- digo aproximando-me do casal.
- Susan, com todo o respeito por seres a minha irmã mais velha mas agora não é o momento para lamechices. Eu vou com vocês e tu não me podes impedir.- dito isto, tudo de uma vez e deixando-me espantada pela sua atitude, vejo-a afastar-se.
- Sabes, ela já não é mais uma criança...
- Oh, cala a boca.- afasto-me do rapaz.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
- Olá...- digo o mais descontraída possível para a minha irmã.
- Oi.- ela não olha para mim, concentrando-se apenas na descida.
- Desculpa o que aconteceu à bocado. Sabes, eu...- respiro fundo. Sempre fui um pouco orgulhosa.- eu vi uma completa transformação tua desde ontem até agora e já não és a mesma mas está a ser difícil de acompanhar esta tua mudança.
Ela nada diz, caminhando entre as rochas, por vezes levantando a cabeça para ver o que se segue à frente.
- Mais uns minutos e chegamos ao fim.- ela diz passado um tempo. Suspiro mais uma vez, irritada por a minha irmã ser também teimosa.
- Eu ainda te vejo como aquela criança pequena que adorava brincar com os seus amigos imaginários enquanto corria pela relva... quando ainda não tinhas visto a morte... e agora eu sinto que perdeste toda a inocência e sinto-me culpada por isso.
Ela pára de repente e quase que esbarro nela, mas paro a tempo de a ver virar-se para mim com uma face impossível de decifrar. Olhamos uma para a outra durante um tempo e depois de um suspiro por parte dela, finalmente recebo uma resposta.
- Tu não és a culpada ok? Não tiveste culpa da morte de toda a gente, nem da morte de Jack e do John... nem do nosso tio, nem mesmo do George!- sinto um tom de pena na voz dela.- Fizeste o que pudeste mas estar a lamentar quando há mais gente a precisar da nossa ajuda não é a melhor maneira de os salvar. Então vais parar com a choradeira e vais ajudar a salvar esta cidade.
Fico atónita pela frieza com que ela falou. Não esperava que ela dissesse tudo isso, achava que ela diria que a culpa era mesmo toda minha mas não. E ela está certa. Eu não me posso culpar pela morte de todos os inocentes ou não inocentes. Tenho de seguir em frente e ajudar os que estão vivos.
- Estava a precisar de um pouco de sinceridade...- admito com um sorriso forçado.
- Eu sei, é por isso que tens uma irmã mais nova.- ela olha pela primeira vez para mim e sorri.
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- Ei, olá.- ouço Constance ao meu lado e quando a olho, vejo que ela tem um corte na bochecha.
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24 Horas de Terror
ParanormalNuma pacata cidade no Canadá, o Halloween está a chegar e com ele chegam 24 horas de puro terror. Um grupo de amigos que se achavam velhos demais para brincarem aos monstros, agora vão ter de jogar um jogo de terror sangrento. A cada hora algo n...