Capítulo 12 - Perdido em pensamentos.

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Mais uma noite havia se passado, Miguel naquela manhã estava super cansado. Mesmo não tendo feito nada no dia anterior, talvez poderia ser o clima pesado do hospital. O primeiro pensamento daquela manhã, foi na conversa que teve com Luke. As coisas estavam encaminhando do jeito que ele queria, até melhor que esperava. Depois de se levantar, ir ao banheiro, fazer sua higiene. Miguel volta a sua aconchegante cama e se senta. Ele sentia saudades de casa, era evidente, quem sabe talvez naquele dia ele realmente não poderia ir embora, seria um sonho. Dulce havia falado que poderia ganhar alta na sexta, felizmente, aquele era o dia. Miguel foi surpreendido pela mesma que havia trazendo consigo uma bandeja de café dá manhã. Ambos abrem um sorriso, Dulce é a primeira a falar.
- Bom dia rapaz! .
Miguel deu um leve sorriso e a respondeu em seguida.
- Bom dia senhora, você está sumida...
- Fui resolver outros problemas, esses dias estão aparecendo frequentemente.
Miguel deu um sorriso de deboche e prosseguiu.
- Se eu não te conhecesse bem, diria que está tendo um romance por ai.
Dulce deu um tapa em seu ombro e o repreendeu em seguida.
- Será que hoje ganho alta ?
Disse Miguel com a boca cheia.
- Possivelmente, hoje o médico vai fazer um revisão em seu estado, que está melhorando gradualmente.
Miguel deu um sorriso, mas por dentro tinha uma leve tristeza, pois por mais que iria voltar ao seu lar, ficaria sem a companhia de Dulce. E voltar a antiga convivência monótona com sua tia.
- Bom... Dulce ? Você pode me passar seu endereço? Não acha que vai se livrar de mim, né ?.
Dulce deu um sorriso e prosseguiu.
- Claro, eu não ia deixar que você ficasse sem a companhia dessa velha chata.
Ambos sorriram, a mesma anotou seu endereço e telefone em um papel, entregando para ele. Depois do café, Dulce pegou a bandeja, e se dirigiu a saída, deixando Miguel só. Seus pensamentos voltaram o atormentar, mas não como nós primeiros dias, eram razoáveis agora. As horas se passaram devagar, como Luke prometeu, não voltou a mandar nenhuma mensagem. Miguel sentiu um ar de satisfação por o outro seguir sua ordem, um cara apaixonado poderia fazer qualquer coisa. Era evidente para Miguel, agora poderia ir a casa de Dulce quando quisesse, mesmo que trabalhasse, não estava longe de se aposentar. Já era uma grande coisa não precisar ficar em casa sozinho, ele estava decidido que não iria seguir todas as regras que sua tia lhe dava, já que a mesma não o deu nenhum apoio, o deixou sozinho todo o tempo, não tinha o porquê de lhe dar algum tipo de respeito, estava cansando daquilo tudo. E a partir de agora,  ia fazer suas próprias regras. Como tudo podia mudar em questão de tempo, era estranho, as vezes não podia se reconhecer a si próprio , jamais queria chegar a tal ponto, mas se viu obrigado, ser pisado daquela forma era realmente humilhante. uma das coisas que não pensava em passar novamente, nunca mais.
Já se passava das onze dá manhã, Miguel não sentia nenhum pingo de fome, estava realmente ansioso para sua volta a casa, lá dava para pensar bem melhor, e, seguir com seus planos. Seus pensamentos foram interrompidos quando um homem com jaleco branco se adentrou ao quarto, sua aparência indicava que já passava dos 40, e na hora ele deduziu que seria o médico que havia o atendido.
- Bom dia rapaz.
Disse o senhor caminhando em sua direção e estendendo sua mão para um comprimento. A ansiedade de Miguel havia crescido um pouco mais, estava torcendo para tudo estar certo e ir para a casa logo, claro que estava sentindo dor, mas não havia melhorado totalmente, com repouso e tempo aquilo iria logo passar, sobre ter sequelas, era mito. Havia inventado aquilo para torturar Luke ainda mais, e o deixa-lo com a consciência além de pesada. Foi uma verdadeira cartada de mestre.
- O senhor melhorou muito bem em? Vamos olhar se já pode ir para casa!
O senhor convocou duas enfermeiras que Miguel só conhecia de vista, o havia atendido também naqueles últimos dias. Fizeram exames rápidos para se notificar de seu estado, e realmente havia melhorado. O doutor começou a anotar uma coisa em um caderneta, disse algumas coisas para Miguel de como se cuidar, o que poderia e não poderia fazer dentro de alguns meses, para não prejudicar em sua recuperação. Miguel não estava nenhum pouco interessado naquela conversa, como quase todo jovem. Como Dulce havia deduzido, ele ganhou alta, e finalmente iria voltar a sua casa, sua tia foi notificada, o ficou de o pegar depois do almoço. Miguel foi teimoso, e realmente não comeu, Dulce foi se despedir eo dar alguns sermões para seguir as recomendações do médico, é claro que o cobrar uma visita o mais rápido possível. Depois do almoço, Miguel já estava pronto e se despediu daquele quarto, não ia sentir nenhum pouco de saudades. Ele caminhou aquele corredor vagarosamente, pois querendo ou não, sentia bastante dor se tentasse andar rápido. Quando passou por onde ele e Luke discutiram, deu um sorriso sombrio, voltou-se lembrar do que iria fazer com sua volta a casa, todas as possibilidades de um breve "Acerto de contas". Depois de sair do hospital, sua tia já estava estacionada um tanto longe do prédio, aquilo era estranho, ele caminhou o mais rápido que conseguia, pois sabia que a mesma odiava esperar. Quando se encontraram, ela não mostrou nenhum tipo de reação sobre seu estado. Ao decorrer dá viagem foi tudo em silêncio, como sempre ela fazia pouco caso de seus problemas, sejam eles quaisquer. Após mais dá metade dá viagem já feita, Rita acaba se pronunciando.
- Conversou com os detetives?
Miguel desperta de seus pensamentos e a responde rapidamente.
- Sim.
- E ?
Rita de uma leve olhada para ele, sem tirar a atenção dá estrada.
- Bom... Eu não vi quem era, então não deu para ajudar muito, mas citei uma briga que tive com um cara na rua. Acho que pode levar a alguém.
Mentiu o mesmo, como todos os outros, ela achou acreditando em sua história, ou melhor, não mostrou interesse mesmo, e perguntou apenas por perguntar. Após chegar em casa, tudo estava normal, limpo e organizado como sempre, Miguel sobe para o seu quarto , coloca seu celular para carregar, em seguida, deita em sua cama, volta a perder-se em seus pensamentos, aquilo era muito frequente nos últimos dias. Sua tia se adentra ao seu quarto sem pedir licença, o observa com um olhar frio é lança algumas palavras.
- O que você está fazendo com essa roupa imunda por cima dá cama ? Você estava em um hospital Miguel, você nunca aprende não é ? Vai jogar isso fora agora!
As palavras soaram no silêncio, Miguel poderia até a responder, mas estava tão cansando, que só resolveu seguir suas ordens, e depois foi tomar um banho. Já se passavam das 5:00 dá tarde, ali ele podia escolher se queria jantar ou não, era a vantagem de estar em casa, então acabou tomando seu remédio mais cedo, e adormeceu, parecia que havia tido um dia exaustivo de tão profundo que era seu sono, mas foi só o efeito do remédio.

* O capítulo ficou um pouco curto, mas no próximo pretendo deixar um pouco maior, espero que gostem, e não esqueçam de votar, bjos! * ❤

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