Dias Chuvosos

Capítulo 16 - O favor.

" Continue seguindo! "

****** Luke ******

Após sair dá casa de Miguel invicto de que seu plano havia dado certo, foi vagarosamente para a sua . O dia estava frio, oque não era estranho. Pois o clima havia se mantendo daquele jeito naqueles dias. Luke estava pensativo, sua vida havia mudado de rumo totalmente, seu sonho de virar um jogador profissional já estava em descarte, claro que seus amigos iam insistir para que ele voltasse. Porém já sabia do que eles eram capaz, e não queria aquele tipo de gente pra sua vida. Seu foco agora era Miguel, aquele ditado que diz que só damos valor depois que perdemos é um fato, após a perda de Miguel, Luke se mostrou muito mais apaixonado. agora coisas que antes não teria coragem alguma de fazer, como assumi-lo para todos, se sentia não só no dever, como também na vontade. Luke havia sim emagrecido, porém ainda tinha um físico invejável, seu sorriso continuava encantador. Depois de alguns minutos, chegou ao pátio de sua casa. Sua mãe estava fazendo afazeres no quintal. Quando percebeu que havia chegado, logo o convocou. Luke foi com um leve sorriso no rosto, ele adorava cuidar do jardim. E lá emitia um pouco de paz que tanto precisava.
- Foi na casa do Miguel ?
Dona Tina lançou um olhar interrogativo.
- Urum, Ele vai topar vir.
A mesma levantou um sombrancelha na hora, ainda com a expressão interrogativa.
- Como conseguiu que te perdoasse tão rápido assim ?
- Digamos que ele não me perdoou, mas precisa de ajuda.
Tina voltou aos afazeres e tomou a palavra.
- Espero que você trate esse rapaz muito bem Luke!
- Faço tudo por ele mãe.
Luke deu um sorriso, e Tina o respondeu com outro, balançando cabeça com um sinal de negação.
- Ele vai virá que dia ?
- Bom mãe, dae que eu precisava falar com você.
Tina não respondeu dando espaço para Luke prosseguir.
- A tia dele é casca dura, eu precisava dá sua ajuda para tentar convencer ela para que o deixasse vir.
Tina deu um sorriso leve e irônico.
- Não acho que vai dar certo essa sua ideia Luke, ela não nos conhece. Muito menos eu a conheço, e já que ela é casca dura, acho menos improvável esse plano prosseguir. Posso tentar, mas se ela recusar não insistirei.
- Ok mãe, mas vai dar certo. Tenho fé!
Após o diálogo Luke adentrou em casa para se trocar e voltar para ajudar sua mãe. Ficaram ali o resto dá tarde, conversando sobre várias coisas.

****** Miguel *******
Após mais algumas horas sobre um sono profundo, Miguel volta a acordar. Agora bem mais livre dos efeitos do remédio, o mesmo estava confuso demais, e as poucos a memória do ocorrido mais cedo foi emergindo em sua mente. Claro que Luke estava fazendo outra coisa errada, mas era o único jeito de fazer Miguel aceitar sua ajuda. O dia havia se passado rápido, agora já era quase 5 dá tarde. E não tinha barulho nenhum lá de baixo, mostrando que sua tia ainda poderia estar na cidade. Se Miguel achava estranho essas viagens a cidade regularmente ?. Claro que sim. Porém não estava em posicionamento de questionar, lógico que ela não falaria nada. Miguel foi se levantando devagar, indo em direção ao banheiro. Chegando lá, tirou suas roupas e foi direito para o chuveiro tomar um banho demorado. A sensação era ótima, tirar todo aquele peso de várias horas dormidas de cima de seu corpo. Por ficar parado, os pensamentos vinham mais frequentemente em sua cabeça, mas logo ele arrumava um jeito de se distrair para os impedir. Claro que de baixo do chuveiro isso não deu muito certo, o fazendo molhar um pouco o gesso.
- Ah, que merda.
Disse Miguel desligando o chuveiro rapidamente para evitar que molhasse mais. Depois disso, se secou rapidamente, enrolando a toalha em sua cintura, seguiu para o quarto para se trocar. A fome começou a dar sinal, cada vez mais eminente, juntamente com a dor em seu peito onde as costelas estavam fraturadas. Então foi preparar um lanche, ou tentar. Os efeitos do remédio estavam passando gradualmente, agora já dava para disfarçar de sua tia. Miguel desceu as escadas vagarosamente, quando acendeu a tela de seu celular tinha duas ligações de sua tia e uma mensagem, a qual ele abriu em seguida.
* Não irei poder voltar para a casa hoje, os problemas se estenderam mais do que eu esperava, acho que você consegue preparar alguma coisa para comer. E se não conseguir pode chamar a  sua amiga, ou pede alguma coisa , amanhã cedo estarei de volta. *
Miguel deu um leve sorriso, só de pensar que a chata não estaria para te encher, já era uma vitória. Porém não iria ter os mimos que estava tendo com ela presente, chamar Hillary ia ser tolice. Pois havia a ignorado , só tinha uma pessoa que podia lhe ajudar, mas não estava muito em questão. Porém fazer comida com uma só mão era quase impossível, ainda mais para o desastre que Miguel era. Sem escolha, e com uma fome de matar, resolveu mandar mensagem para Luke, quando abriu as mensagens, tinha várias do mesmo que foram ignoradas antes, porém a fome o fez prosseguir sem exaltar.
- Oi Luke!
Após alguns segundos, com a rapidez de sempre Luke o responde.
- Oi cara, aconteceu algo ?
Mesmo por mensagem, dava para notar o espanto de Luke. Claro que havia motivo, porém Miguel ignorou e seguiu ao assunto.
- Não, nada. É que minha tia saiu. eu não consigo cozinhar com um braço só né ?
- Posso ir ae, se quiser.
Miguel deu um leve sorriso, ali podia ver o quanto de controle tinha sobre Luke, era ótimo saber disso.
- Se quiser, mas sem gracinha.  me evite o máximo por favor!
- Do jeito que preferir. Vou falar com minha mãe e já estou a caminho, até !
Miguel jogou sem celular sobre a mesa, sabia que brevemente Luke estaria ali. Não fez questão nenhuma de se arrumar, com o cabelo desgrenhado, e com um pijama que estava bem amarrotado por sinal, deixava o mesmo bem sexy. Desceu as escadas seguiu para a cozinha que dava acesso a entrada dá casa. Ele se sentou e ficou esperando pelo outro, após alguns minutos escuta batidas na porta, então vai devagar para atender, pois já sabia de quem se tratava.
- Boa noite.
Luke estava com um sorriso estampado no rosto,vinham vestido com uma blusa azul, r uma bermuda preta, oque realçava mais seu corpo. Claro que Miguel o reparou um pouco, um homem daqueles era impossível não se sentir atraído. Porém só fechou a cara.
- Entra!
Exclamou Miguel, fazendo que outro não esperasse mais um só segundo.
- Minha mãe tava numa maior chatice, nem queria deixar eu vir. Mas quando falei que era por uma boa causa ela acabou cedendo.
Miguel voltou a se sentar, respondeu Luke com secura.
- Bom cara, é o seguinte, eu não quero saber do que houve antes de você vir pra cá, só te chamei pois não tem mais ninguém. E você não está fazendo mais que sua obrigação por ter causado isso. Então corta o papinho e faz oque tem de fazer logo.
O sorriso no rosto de Luke sumiu na hora, como se um balde de gelo fosse jogado sobre sua cabeça, então o mesmo seguiu para o canto dá cozinha onde o fogão é alguns ingredientes se encontravam, era tudo extremamente organizado oque o impressionou um tanto.
- Oque quer que eu faça ?
Luke tirou a atenção de Miguel do celular para ele novamente.
- Bom, tanto faz. Desde que seja rápido.
- Ok.
Oque poderia ser uma conversa produtiva , acabou destruindo o clima do lugar. Então Luke tentou se apressar ao máximo que podia, pois além do clima estar pesado, a cara de fome de Miguel era perceptível. Quando Luke estava de costas a preparar, Miguel deu uma rápida olhada. E sim, dava para notar que o mesmo havia tido uma emagrecida significante. Mas quando o mesmo foi perguntar por isso, Luke se pronunciou tentando afastar o clima pesado.
- Vai dormir sozinho também?
- Sim.
- não tem medo?
Miguel deu um sorriso de deboche e prosseguiu.
- É claro que não, eu já sou quase um homem.
Luke sorriu junto, porém um sorriso amigável.
- Pra mim vai continuar sempre um meninão.
- Hey cara, vamos com calma. Você veio aqui só me dar uma ajuda, não vamos confundir nada, ok ?
Disse Miguel um pouco irritado.
- Desculpa, saiu sem querer!
Quando Miguel ia se pronunciar, um relâmpago cortou o céu. É tudo ficou por segundos branco. Causando um enorme susto.
- Oque foi isso ?
Disse Miguel bufando.
- Acho que vai chover.
Luke não pode esconder sua expressão divertida ao ver o susto do outro. O mesmo sabia cozinhar muito bem, era um hobby para ele. Fazia coisas até melhor que sua mãe, então nada mais justo do que preparar uma coisa especial para a pessoa que amava. Estava quase no fim do preparo, Luke preparou uma sopa com legumes, oque era muito bom para uma pessoa em recuperação. Miguel não encarou aquilo muito bem, mas não protestou. Além de fazer a comida, Luke o serviu em seguida.
- Acho que você vai gostar, aprendi a fazer com minha vó. E é ótima para pessoas que estão em recuperação.
Miguel continuou em silêncio, espero um tempo até que a sopa esfriasse para provar. realmente estava delicioso, porém Miguel com toda sua frieza não disse nada, nem ao menos para elogia-lo.
- Precisa de mais algo ?
Disse Luke observando o mesmo comer.
- Não, não. Obrigado, se quiser pode ir!
Miguel foi breve em suas palavras,  Luke as tomou sabiamente seguindo até a porta.
- Se precisar pode chamar, ok ?
Miguel só assentiu com a cabeça, fazendo o outro seguir seu rumo. Depois dá partida de Luke, o mesmo estava com um sorriso irônico nos lábios, tinha um certo poder sobre Luke. estava pretendendo usar ele do melhor jeito, após o jantar, deixou a louça na pia e foi para o banheiro escovar os dentes, depois, para sala. Não tinha nada de interessante, a não ser um filme de terror que já se encontrava pela metade. Quando Miguel já ia desligar a TV para seguir ao seu quarto, outro relâmpago cortou o céu lhe arrancando outro susto. Uma coisa que apavorava Miguel era água em abundância, como tempestade, lagos, até mesmo o mar. Não sabia muito ao certo o porquê, mas já tinha uma ideia, um ocorrido no passado pode ter ocasionado aquilo, mas o mesmo odiava pensar ou falar sobre o assunto, então apenas ignorou. Enrolou o cobertor sobre seu corpo, foi lentamente para seu quarto. Tinha quase certeza de que aquela noite seria de uma grande tempestade. Porém os relâmpagos já não davam mais sinal. A dor em seu peito havia voltado, teria que descer para o tomar seu remédio, a qual já havia até esquecido. Não fez cerimônia, foi mais rápido que podia. A cozinha era a parte mais fria dá casa, oque o fez se arrepender ao chegar lá. Mas para acabar com a dor, não tinha escolha. O remédio custava um pouco até fazer efeito, então resolveu tomar um calmante para adiantar seu sono e sair daquela dor monótona que o  incomodava. Subiu as escadas o mais rápido que conseguia. Quando chegou ao seu quarto, se jogou na cama, fechou os olhos e esperou seus amados amiguinhos fazerem algum efeito. Enquanto isso, Luke já havia chegado em casa, sua mãe estava na sala assistindo alguma coisa que o mesmo não pode reconhecer. Explicou a ela a situação, e em seguida subiu para um banho. Tinha que fazer várias coisas naquela noite ainda, assuntos pendentes com seus amigos, ou melhor, ex's amigos.

* Olá pessoas, espero que gostem do capítulo! Me perdoe pelos erros que encontraram é não esqueçam de votar, muito obrigado! Bjos * ❤