Capítulo 28 - Escolhas

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"São 3:am"

Aconteceu tudo muito rápido, depois da carícia de Jhon, Luke estava furioso do lado de fora, ele não parava de bater, então, Miguel desceu na frente, antes que ele quebrasse.
- Luke ? Oque está fazendo aqui nesse horário?
Luke estava bufando, ódio emitia de seus olhos. Miguel passou pela frente do carro, foi até o outro lado onde Luke se encontrava, Jhon já iria sair, mas Miguel o impediu, segurando a porta do carro.
- Por favor, fique aí!.
Finalmente Luke se pronunciou, ou melhor gritou
- SAIA DAI DÊ DENTRO SE FOR HOMEM, SEU MARICA.
Se Miguel não estivesse na frente, Luke já o teria o arrancando de la.
- Luke, vão chamar a polícia, pare já com isso! Vá para casa, esfrie a cabeça!
- EU NÃO VOU SAIR DAQUI.
Luke estava em um transe de ódio. As ofensas a Jhon não paravam, até que o mesmo perdeu a paciência, e saiu de lá de dentro para o enfrentar. Mesmo sendo contra o desejo de Miguel, aquilo também o poderia afetar, assim Jhon pensava. Miguel abraçou Luke, segurando seus braços, com força. Jhon estava em frente aos dois, ele não gostava do que via, mas sentia o desespero vindo de Miguel, era um momento crucial.
- Vai embora Jhon, por favor!
Luke ainda estava absorto.
- Vai logo Marica, sei que você não aguenta me enfrentar!
- Sou mais homem que você seu babaca, aliás, saia de trás de Miguel, quem está se escondendo aqui é você.
- PAREM AGORA!
Miguel finalmente cedeu sua calmaria, ele estava entre fogos cruzados, se algum por acaso ouvisse o escândalo, iria chamar a polícia. Sua tia não ia gostar nada disso.
- Vocês estão agindo feito crianças, Luke! Eu e o Jhon somos apenas amigos. Por favor!
- Amigos? Por enquanto.
Disse Jhon em meio a um sorriso sinico, Oque fez Luke avançar, mas foi impedido por Miguel a sua frente.
- Vai embora Jhon, por favor!
Jhon permaneceu firme no local.
- Eu não vou sair daqui o deixando sozinho com esse bruta-montes.
Miguel não estava aguentando segurar mais o peso das investidas de Luke em sua frente, até que o mesmo, em uma tentativa, consegue escapar das reprisalhas de Miguel, desfere um soco no rosto de Jhon, o jogando para o chão, fazendo assim, ele começa a soca-lo mesmo no chão. Luke emitia ódio, em um ato de desespero, Miguel o puxou pela camisa com todas suas forças,o fazendo se afastar. O clima havia ficado extremamente pesado.
- VAI EMBORA JÁ! Ou eu irei chamar a polícia
Luke estava com os punhos sujos de sangue, enquanto Jhon tentava se recompor.
- Miguel temos que conversar, por favor!
Luke começa a voltar ao normal, ao se dar conta da burrada em que fez.
- Você não muda Luke, não dá para confiar, olha só Oque aprontou dessa vez, vá! Por favor! É não volte mais!
- Mas... Você tem que...
- Não Luke, eu não tenho que te escutar, não quero escutar e nem ficar perto de você, nunca mais.
Miguel deu sua última palavra fazendo o outro se virar, sair caminhando lentamente até sumir na escuridão, após isso, levou Jhon para dentro de casa, e fez os primeiros socorros, não parecia algo grave. Sua tia estava na sala, adormecida no sofá, àquilo soou meio estranho, mas ele não ligou. Após Jhon se despedir, Miguel subiu as escadas, bem devagar, se dirigiu ao seu quarto, tirou as roupas e tomou um demorado banho, deitou em sua cama, colocou seus fones, uma música suave tocava, ele não reconhecia a cantora, mas havia como nome "Runaway", finalmente o sono havia chegado. Se entregou a ele sem mais, o dia foi extremamente cansativo, Oque contribuiu para o sono chegar mais rápido.

********* Luke *********

Após a árdua discussão com Miguel, e com um garoto que ainda não sabia de certo o nome, seguiu para casa lentamente, pensando em Oque fazer da vida, estava tudo tão dolorido e sombrio. Ele queria contar para Miguel os seus problemas, mas para quê ? Ele estava tão feliz agora, seria uma covardia estragar o seu carma. Sua mãe estava na sala assistindo um programa, aparentemente estava se divertindo. Ele se dirigiu a sala, se sentou nas proximidades a abraçou. Sua mãe sempre esteve ali, independente de tudo. Ela era o seu porto seguro, seria uma covardia esconder algo dela, sendo bom ou ruim. Então após alguns devaneios e pensamentos sem fundamentos ele abre a boca.
- Mãe ?
Dona Tina se vira.
- Sim.
Ela ainda estava prestando atenção no programa
- Temos que conversar, é algo, algo...
Luke não sabia se teria coragem.
- Diga me filho! Está tudo bem?
- Não mãe, não está. Tudo está desmoronando alguns meses para cá, o pior de tudo é que eu dei início a isso. Eu não quero te preocupar, de verdade. Mas estou péssimo, não aguento mais.
Dona Tina abaixou a cabeça, pegou a mão apertou. Ele apenas continuou a falar
- Eu pensei que as coisas iam melhorar mãe, de verdade. Eu estava fazendo planos e animado com isso, tudo estava caminhando bem. Quanto a Miguel, ele estava começando a me entender, mas agora, isso não importa mais. Nem que eu o consiga, será em vão.
- Meu filho, Oque está dizendo? Você é tão jovem, nada é em vão nessa idade, tudo vem como aprendizado.
Tina não teve reação de imediata, olhou seriamente para Luke, mil coisas certamente estavam passando por sua cabeça, uma lágrima desceram , naquela hora, ele não podia desmoronar. Após algumas lágrimas descerem, ela da um sinal de vida.
- Eu estou aqui... Vai dar certo.
Nenhuma palavra seria suficiente para tamanha dor. A noite seria longa na casa dos Parker's. Luke sentia uma pontada de arrependimento por colocar sua mãe em tal situação. Mas já era tarde demais. A noite foi demorada demais, no início da manhã, ambos acordaram Cedo, dona Tina preparou o café, o clima havia melhorado, mas pelo jeito, por pouco tempo.
- Mãe ?
- Sim ?
- Dormiu bem?
- Na medida do possível, não nego que estou preocupado com você.
- Sabe que não deve, então...
- Então Oque ?
- Mãe, nem sempre as coisas são do jeito que a gente quer, mas qualquer rumo que a vida tomar, temos que seguir do melhor jeito possível, sem interferências e restrições.
- Palavras bonitas, está inspirado hoje. Viu algum passarinho verde ?
Luke deu um sorriso, juntamente com sua mãe.
- Oque quer realmente dizer ? Sabe que eu não gosto de suspense.
- Então, eu não estou bem, é algo que não planejamos, mas cada um com sua história, descobri uma doença alguns dias atrás... tenho tido hemorragias, meu corpo certamente já está rejeitando o meu sangue...
O tempo juntamente com o ar, parou naquele momento. Tina parou de comer imediatamente, enquanto Luke continuava calmante com sua refeição.
- Que tipo de brincadeira idiota é essa ? Não estou com clima hoje, sério.
- Não estou brincando mãe. Isso não é brincadeira que se faça, você sabe que não curto.
Miguel continuava a dar garfadas em seu alimento, Tina levanta meio confusa.
- Como assim ? Como você pode me falar algo assim? Eu... Como você soube, Luke, Oque está acontecendo?
- Mãe, primeiro senta aí, se acalme!
- Como vou me acalmar filho, é algo inadmissível de pedir em um momento como este.
- Mas é a única coisa que eu te peço, por isso não queria falar.
- Não queria falar ? Como assim? Você esconde isso a quanto tempo, vamos ao hospital já.
- Não mãe, não vamos, por isso que eu queria falar, eu... Eu não irei me tratar ou fazer nenhuma baboseira do tipo.
Tina abriu a boca, estava assustada demais com a frieza que se filho emitia diante a situação.
- Como assim? Você está blefando não é?
- Não, eu não estou, já deixei claro em minhas palavras ontem, não tem porquê continuar, uma opção minha. Eu escolhi isso e ponto.
- Eu sou sua mãe, você me deve respeito.
- Sim mãe, lhe devo, mas não nessas circunstâncias. Me desculpe!
Lágrimas desceram no rosto da pobre senhora, outro longo dia viria pela frente.

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