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N.A: AVISO: Estamos na reta final!!!!

#ANA

EU: Rita, fala com mais calma. Tens a certeza disso?

RITA: Sim Ana, tenho!

EU: Vem ter a minha casa rapidamente!

Desligo o telemóvel.

ANDRÉ: Que se passa?

EU: O Vasco foi raptado!

ANDRÉ: Han?? Como assim?

EU: Não sei. A sério André, isto está a ficar cada vez mais estranho e perigoso. Que mal fizemos nós!

ANDRÉ: A culpa disto tudo é minha! - diz frustrado.

EU: Não comeces com isso. Erros todos nós damos! - abraço-o.

Entretanto a Rita chega a minha casa lavada em lágrimas.

EU: Tem calma. Conta tudo!

RITA: Eu ia-lhe fazer uma surpresa porque nós voltámos a andar e ao passar naquela loja perto de casa dele eu vi lá o carro estacionado. Estranhei e quando lá cheguei vi o carro dele destrancado e a chave caída no chão!

ANDRÉ: Toma! - entrega-lhe um copo com água. - Nos temos de ir á polícia!

EU: Eles só podem começar a agir ao fim de 24h André!

ANDRÉ: Eu sei mas eu ameaço-os. Ou avançam ou eu avanço com um processo em cima deles!

No dia seguinte fomos os três até ao posto da judiciária e fizemos a queixa. Por sorte eles trataram logo do assunto e começaram com as buscas.

RITA: Mas se a Sara já está presa quem será que o quer mal?

EU: Um tal de Esteves. É esse só pode!

ANDRÉ: Quem?

EU: Quem me raptou não foi a Sara mas sim um homem a quem ela chamava de Esteves. Era ele que me ia levar o comer quando estive lá presa. Ela está presa mas ele não e ela pode perfeitamente ter-lhe mandado ordens!

ANDRÉ: Então vamos partir do início. Esse tal Esteves raptou o Vasco a mando da Sara. Agora, porquê o Vasco?

EU: O Daniel…oh meu deus vamos rapidamente a casa do Vasco!

Ambos corremos até ao carro. O André conduz o mais rápido possível. Tiro a chave da mala e abro a porta.

EU: Daniel?? - chamo por ele.

RITA: Vamos nos dividir pela casa!

Vou até ao andar de cima e nada.

ANDRÉ: Cá por baixo não está ninguém!

EU: Lá por cima também não!

RITA: Então é isso. Eles levaram o Vasco para saberem onde estava o Daniel e a sua mãe!

EU: André, onde foste buscar aquela carrinha da outra vez quando me encontraram?

ANDRÉ: Pedi a um stand de carros em segunda mão!

EU: Achas que a podes voltar a pedir?

ANDRÉ: Claro!

#ANDRE

Na carrinha ia eu, a Ana, a Rita e o Afonso. Todos íamos á procura do Vasco.

ANA: Eu lembro que quando estive presa eles falaram muito numa base que eles tinham ali perto. Essa base pode ser tanto uma casa como uma cave debaixo do chão!

AFONSO: Mas assim é fácil. Basta ficar-mos atentos. Se houver marcas frescas de carro é sinal que estamos num bom caminho!

Chegamos ao tal casão onde a Ana esteve presa.

AFONSO: Olha, as marcas continuam!

EU: Vamos!

A meio de caminho liga-me o mister a perguntar se estava tudo bem pois não tinha comparecido ao treino. Respondi apenas que não estava muito bem e que tive de ir resolver uns assuntos familiares. De certa forma não menti.

ANA: Olha ali! - aponta para uma chapa no chão. - Parece que está fechada a cadeado!

Paro a carrinho e todos saímos da mesma.

EU: Vasco? - grito.

VASCO: Aqui em baixo! - ouve-se a sua voz abafada.

Tanto eu como o meu irmão fizemos de tudo para abrir o alçapão.

VASCO: Tão bom ver-vos aqui! - abraça-nos.

RITA: Estás bem?

VASCO: Estou. Não te preocupes! - abraça-a.

ANA: Vamos embora!

ESTEVES: Não me parece! - ouve-se uma voz atrás de nós.

EU: O que quer de nós? - ele limitava-se ao silêncio.

VASCO: Para de ser medíocre e baixa essa arma!

ESTEVES: Já te digo quem é medíocre! - de momento da um tiro na perna do Vasco.

RITA: NAO! - corre acudindo-o.

ESTEVES: Quem é o próximo?

ANA: O que é que a Sara quer mais? Diga-nos!

ESTEVES: Ela quer que eu acabe com vocês!

RITA: Imbecil!! - grita.

De repente ouve-se um bando de pássaros a sair da árvore provocando alarido. O tal homem vira-se para trás e Ana corre até ele e aventa-se para cima dele.

Ela começa aos murros nele e ambos entram numa luta. Vou para a ir buscar até que se ouve um tiro.

Todos ficamos quietos em choque. A Ana levanta-se com a arma na mão e sangue na outra mão.

ANA: Eu…eu matei-o… - diz em choque.

Ela deixa cair a arma e começa a chorar. Num instante corro até ela e abraço-a.

ANA: André, eu matei-o! - diz ainda em choque.

EU: Tem calma meu amor!

1 semana depois…

#ANA

JUÍZ: Está assim condenada a 1 ano e meio de prisão por homicídio a Joel Esteves! - bate com o martelo que me fez estremecer. - Está acabada a audiencia!

ANDRÉ: Não! Ana, olha para mim. Tu vais sair mais cedo. Eu sei que sim. Vais sair mais cedo! - diz num estado de alvoroço.

Os policias algemam-me e levam-me para o carro. Os meus familiares choravam compulsivamente. Eu chorava igualmente. O que mais me custa é não me ter despedido do meu filho…

Entro na prisão. Sou levada pelos policias até á minha cela.

-ahahahahahaha! - ouve-se um riso frenético!

EU: Deixa-me em paz!

SARA: Olha só quem é a minha nova vizinha! - desata a rir igualmente.

Limito-me ao silêncio.

SARA: Afinal és tão maluca quanto eu!

EU: Não me comprares contigo sua porca!

SARA: Ai que ofensa! - ri-se.

POLICIA: Ouve lá oh novata. Ver se não crias alaridos aqui senão temos chatices!! - bate na cela com o cacetete.

Depois de jantar recolhemos às celas. Deito-me na cama e tapo-me com o simples lençol branco. Viro-me contra a parede e choro. Um choro de saudade e sofrimento. Saudade dos que mais amo e sofrimento por não estar aos pé dos que mais amo.

O peso da consequência ❇Onde histórias criam vida. Descubra agora