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#ANA

Passou um mês desde que o Felipe saiu cá de casa. Também entrei em acordo de todos os fins de semana o André ficar com o Simão.

VASCO: Nem sabes, já passo dos 30! – diz mega contente.

EU: Dos 30? – questiono com a sobrancelha arqueada.

VASCO: Dos 30 cm do músculo do braço! – fala como se fosse óbvio.

EU: Mas não tinhas já passado há muito tempo?

VASCO: Já…mas queria puxar um assunto interessante! – começa a rir-se.

EU: Totó! – bato no seu braço. – Nunca mais falaste com a Rita?

VASCO: Não. De vez em quando vejo-a lá a passar mas não nos olhamos para a cara!

EU: Tenho pena que tenham acabado assim!

VASCO: E tu como estás com o André?

EU: Estou como sempre estive!

VASCO: Já voltaram???

EU: Não. Continuamos amigos por causa do nosso filho!

VASCO: Sabes, eu confesso que queria bater bué no André por causa do estúpido que ele foi mas quando o vi… - de imediato cala-se.

EU: Quando o viste o quê?

VASCO: …já falei demais… - diz baixinho.

EU: Começaste agora acabas, Vasco!

VASCO: Finge que não sabes de nada ok?

EU: Conta!

VASCO: Eu vi o André no outro dia… ele estava…

EU: FALA! – grito.

VASCO: Ele estava na ponte D. Luís a chorar imenso. Ele tinha ideias de se mandar lá para baixo! – baixa o olhar e encara as mãos.

EU: O quê? – pergunto escandalizada.

VASCO: Se eu não tivesse chegado a tempo, melhor, se eu não estivesse lá! – nega com a cabeça ao recordar.

EU: Mas o que vai naquela cabeça… - puxo o cabelo para trás. – O que lhe disseste quando o viste lá?

VASCO: Puxei-o para trás. Ele só implorava para que eu o deixa-se. Ele já soluçava de tanto chorar. Depois falei com ele nas calmas e ele convenceu-se!

EU: Ele precisa de ajuda médica. Ele não pode andar assim!

VASCO: O que sugeres?

EU: Que ele frequente um psicólogo!

#ANDRÉ

MÃE: Não te esqueças das fraldas do menino! – grita da cozinha.

EU: Fica descansada!

Saio de casa para ir rapidamente ao continente comprar uns legumes, uns caldos knorr e as fraldas para o Simão. Já com tudo no carrinho vou para a caixa de pagamento.

???: André? – ouço uma voz familiar atrás de mim.

EU: Clara? Como está? – era a mãe da Ana.

CLARA: Estou bem obrigada e tu?

EU: Vou andando! – dou um pequeno sorriso.

CLARA: O Simão está bem?

EU: Está. Ficou com a minha mãe enquanto eu vim rapidamente comprar umas coisas!

CLARA: Muito bem. Manda beijos meus a todos!

EU: Serão entregues!

Faço o meu pagamento e caminho até ao meu carro dando inicio a mais uma viagem. Conduzo até casa ao som da música Unforgettable do Robin Schulz

Every step I take
Everywhere I go
I see your face, unforgettable
Every heart you break
You will never know
I see your face, unforgettable

Chego a casa e sou logo abordado pelo meu filho.

SIMÃO: Papá, papá. Mamã ligou!

ANDRÉ: O que a mamã queria meu amor? – pego nele com o meu braço disponível.

MÃE: A Ana ligou filho!

ANDRÉ: Que ela queria? – pouso o saco das compras na bancada da cozinha.

MÃE: Queria falar contigo!

ANDRÉ: Comigo? – arqueio a sobrancelha e a minha mãe assente com a cabeça. – Eu vou até ao jardim para lhe telefonar!

Caminho até ao jardim. Pego no telemóvel e ligo para a Ana.

EU: Estou Ana?

ANA: Olá André. Desculpa estar a chatear mas precisava de falar contigo!

EU: Não chateias nada. Que se passa?

ANA: Achas que amanhã podemos ir tomar um café juntos? Eu precisava muito de falar contigo!

EU: Por mim pode ser! – um sorriso transparece nos meus lábios. – Mas é algo de mal?

ANA: Não. Não fiques preocupado. Amanhã na esplanada da praia de Matosinhos ás 16h00 pode ser?

EU: Combinadíssimo!

Desligo a chamada e entro novamente em casa. Acho que aos poucos nós vamos ficar juntos novamente!

O peso da consequência ❇Onde histórias criam vida. Descubra agora