Nem tudo está perdido.

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Vi quando o sorriso dela foi morrendo aos poucos e seus olhos desviavam entre os meus e minha boca, como nossos rostos estavam próximos, senti sua respiração descompassada. Eu não me encontrava em um estado diferente do dela, respirei fundo e então me aproximei mais, fechei meus olhos e pressionei meus lábios contra os dela em um selinho demorado.

De repente uma onda de sentimentos invadiu meu corpo e eu podia sentir cada célula entrando em um tipo de colapso. Depois de tanto tempo, eu estava mais uma vez beijando a menina da pinta.

Senti quando a mão de Elena tocou em minha nuca e seus dedos se entrelaçavam em meus cabelos, invadi sua boca com a minha língua e a beijei de uma forma intensa, minha mão deslizou de seu rosto até sua cintura, eu apertava e tentava trazer seu corpo para mais perto do meu. Nossas línguas dançavam em uma sincronia incrível e seu gosto delicioso me irradiava por inteiro, a cada movimento de nossas bocas o beijo se tornava mais intenso. Um misto de desejo e saudade.

Quando o ar foi necessário, interrompemos o beijo com um selinho. Permaneci de olhos fechados com minha testa colada a dela. Não dissemos nada, na verdade não era necessário. Eu podia sentir que ela sentiu falta disso tanto quanto eu.

Me afastei e quando abri os olhos vi que ela sorria pra mim. Deus! Como ela é linda. Eu sorri pra ela.

- Bom, acho que deu minha hora. - Ela disse enquanto se ajeitava sobre a cadeira.

- Sim, claro. Vou pagar nossos sorvetes. - Sorri pra ela enquanto me levantava e me dirigia até o caixa. Paguei e retornei até onde ela estava já de pé, enquanto saímos do local, respirei fundo tomando coragem. Deus, eu estava parecendo muito um adolescente virgem perto da paixão de escola.

- Elena, espera. O que acha de irmos até minha casa? Podemos ver um filme ou fazer alguma outra coisa. - Dei de ombros enquanto olhava pra ela com minhas mãos nos bolsos da bermuda.

- Claro, seria ótimo. - Eu ergui meu rosto e sorri após ouvir sua resposta. A chamei com um aceno e fui andando em direção ao meu carro, abri a porta para que ela entrasse e então, repeti seu ato.

O caminho até minha casa foi recheado de conversas banais e risadas dela enquanto eu contava sobre minha cachorrinha, a pequena Jessie e suas aventuras. Quando chegamos, parei o carro e sai, abrindo a porta para que ela me seguisse.

Assim que entramos, ouvi os latidos da pequena e sorri me abaixando enquanto fazia um carinho nela.

- Meu amor, essa é a Elena. Elena, essa é minha pequena, Jessie. - Sorri enquanto via a pequena se aproximar de Elena e cheira-la, conhecendo o território.

- Oi Jessie tudo bem? - Ela sorriu enquanto se abaixava para tocar o pelo da minha pequena, sorri ao ver a pequena interação das suas, me levantei.

- Vai querer assistir um filme ou beber alguma coisa? Tem tequila. - Dei de ombros.

- Beber seria ótimo! - Ela disse enquanto ainda brincava com a Jessie. Confirmei com um aceno e fui me dirigindo até o balcão, peguei a garrafa e de tequila com dois copos.

Quando retornei pra sala ela já estava sentada no chão ao redor da pequena mesa de centro enquanto a Jessie estava com a cabeça em seu colo.

- Uau, ela gostou de você! - Sorri, me abaixei e sentei ao seu lado, deixando a garrafa com os copos sobre a mesa. Abri a Tequila e despejei o líquido nos copos, olhei pra Elena.

- Vamos? - A entreguei um dos copos enquanto segurava o outro, contamos até três e viramos o líquido. Senti minha garganta arder e respirei fundo. Sorri, olhei pra Elena e ela não estava muito diferente de mim, sorri.

Para Sempre 💜 [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora