Cada dia uma nova história.

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Quando a música acabou eu estava sorrindo feito como e a Elena não estava diferente de mim, senti seus lábios colidirem com os meus e suspirei deixando um aperto em sua cintura.

- Obrigada. - Ela sussurrou entre nossos lábios e eu sorri.

- Não precisa agradecer. - Nos afastamos e segurei novamente em sua mão, retornando a nossa mesa, nos sentamos e terminamos de comer nossa sobremesa. Trocavamos olhares, mas sem dizer nada, afinal nada precisava ser dito. Poderíamos sentir ali o que estava acontecendo.

Quando acabei, tomei um pouco de água, já havia tomado bastante vinho e ainda teria que dirigir. Olhei pra ela e ainda estava comendo.

- Você quer mais alguma coisa?

- Não, muito obrigada, estou satisfeita! E eu amei nosso jantar! - Ela sorriu enquanto limpava a boca.

- Certo, vou pedir a conta para irmos tudo bem? - Ela confirmou com um sorriso e eu acenei para o garçom. Pedi que trouxesse a conta, quando a mesma chegou, eu paguei e agradeci pelos serviços.

- Vamos Lelê? - Ela me olhou e se levantou.

- Vamos Fê. - Sorri e ela segurou em minha mão, andamos em direção a saída, nos despedimos a moça que nos recebeu que agradeceu nossa preferência. Saímos do restaurante e fomos em direção ao estacionamento, onde o carro estava.

- Estava pensando, ainda está cedo. Quero te levar a um lugar. Posso? - Eu falei quando já estavamos chegando no carro, abri a porta para que ela entrasse.

- Claro que sim. Mais surpresas ou vai me falar? - Ela riu

- Surpresa, claro. - Eu ri junto com ela enquanto fechava a porta, dei a volta e entrei no carro, fechei a porta e comecei a dirigir.

A mão da Elena veio novamente para minha nuca onde fazia um carinho gostoso, minha mão automaticamente mais uma vez tocou em sua coxa onde permaneceu ali. O caminho foi curto, logo já estava parando próximo ao Mirante 9 de Julho. Estacionei e saímos do carro, tranquei o mesmo.

Caminhamos de mãos dadas dentre o local, chegando ao ponto mais bonito, onde tínhamos uma visão privilegiada. Me encostei sobre um suporte que havia ali e fiquei admirando a cidade, estava linda aquela noite, o céu estava estrelado.

- Aqui é lindo. - Ouvi a voz de Elena e seu corpo se aproximando mais do meu, me ajeitei e fiquei por trás de seu corpo, envolvendo meus braços por seu corpo. Deixei um beijo sobre seu ombro e voltei meu olhar para vista logo a frente.

- Sim, é um dos lugares que eu mais amo aqui, foi o primeiro lugar que conheci quando cheguei. - Eu sorri, apertando o corpo de Elena contra o meu.

- Me fala um pouco de como veio parar em São Paulo, mineirinho. - Soltei uma risada.

- Meu pai já morava aqui, era presidente da empresa que eu "comando" hoje. Não nos víamos muito, ele e minha mãe se separaram quando eu tinha apenas 6 anos. Nosso contato nunca foi algo muito bom. Quando terminei o colegial eu era apaixonado por administração, o que acabei passando no vestibular da USP, então vim para poder estudar. Quando cheguei não conhecia ninguém, não procurei também pelo meu pai, queria me virar sozinho, provar pra ele que era competente e responsável. Assim que cheguei em vim aqui, achei lindo e me apaixonei logo de cara. Na faculdade eu conheci a Harper, minha melhor amiga e dois anos depois que eu cheguei aqui, recebi a notícia que meu pai havia morrido. - Suspirei ao me lembrar do dia que recebi a notícia. Ela me olhava curiosa, querendo saber mais sobre o assunto. Estranho que ela foi a única garota que quis saber isso. Nem mesmo a Isabella se deu ao trabalho de me perguntar. Continuei falando. - Como eu era o único herdeiro por direito, recebi uma ligação do advogado dele que me passou detalhes de tudo que eu era dono a partir daquele momento. E foi assim que eu assumi, após me formar, a LH Publicidade.

- Uau, que história. Eu sinto muito pelo seu pai. - Ela deixou um beijo em meu rosto, sorri.

- Obrigado, mas já faz muito tempo. Agora me fala de você. Sempre morou aqui?

- Sim, sempre. Desde criança. Minha infância foi bem tranquila, não posso reclamar de nada. Me formei em fotografia e hoje vivo disso. Fotografar é minha paixão sabe? É algo que me faz bem, que me faz sentir livre. Nas fotos eu posso guardar momentos únicos. Expressões únicas que talvez nunca mais possam ser vistas. Paisagens que só aparecem uma vez pois todas são únicas, todas tem seus detalhes.

Eu sorri enquanto eu ouvia ela falar do que a fazia feliz, do que ela se sentia bem fazendo. Sempre tive curiosidade de saber mais sobre isso de fotografia. Sei que não é apenas tirar a foto, tem algo a mais.

Pedi então para que ela me falasse mais sobre o assunto. E assim nossa conversa se estendeu por alguns longos minutos. A cada coisa nova que eu descobria sobre ela, eu ficava mais encantado.

Descobri que ela assim como eu tem uma paixão por animais e séries. Que compartilhamos da paixão pelas mesmas séries e alguns filmes favoritos em comum. Sua cor preferida é preto assim como a minha e ela é apaixonada por bife de fígado, algo que eu odeio.

- Como você consegue comer aquele troço? Pelo amor de Deus, é muito ruim.

- Não é, você que fresco demais De Lazzari. - Comecei a rir, balançando a cabeça negando.

- Não sou fresco, falo a verdade. Aquilo é horrível. Como uma mulher tão linda pode comer algo tão ruim?

- Para de implicância com meu bife de fígado, idiota! - Começamos a rir, nossos olhares então se encontraram, meus braços ainda estavam ao redor de seu corpo, eu a abraçava por trás, porém o rosto da Elena se encontrava virado para mim, eu sorri quando ela sorriu e logo me aproximei tocando nossos lábios.

Iniciei um beijo lento e calmo, minhas mãos deslizando levemente por sua cintura, senti os dedos de Elena agarrando o meu cabelo e suspirei. Aquele arrepio e choque já conhecido por mim, percorreu meu corpo mais uma vez. Era sempre assim quando nos beijávamos.

Nossas línguas se encontravam e dançavam uma valsa em nossas bocas, seus lábios nos meus, a sensação era única. Nosso beijo se encaixa perfeitamente, era algo mágico, o tempo parecia parar. Era como se no mundo agora fosse apenas ela, eu e mais ninguém.

Antes que o beijo ficasse quente eu interrompi, selando nossos lábios várias vezes e sorrindo por entre os beijos.

- Linda. - Disse espontâneo e ela sorriu, fazendo um carinho em minha nuca.

- Lindo. - Eu sorri de volta pra ela antes de deixar mais um beijo em seus lábios.

Naquela noite Elena e eu não transamos, fomos para minha casa e lá continuamos a madrugada apenas conversando. Havia muito assunto entre nós, muita química e nos sentíamos bem assim. Com muito carinho e beijos, nossa noite foi linda, assim como ela. E é como dizem, cada dia uma nova história.

Para Sempre 💜 [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora