Capítulo 56.

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Narrador (a): Freddie

Eu ainda estou chocada. Perplexa. Nunca na minha vida eu pensei que isso fosse acontecer, pelo menos não comigo. Eu e o Aziz saímos do consultório completamente chocados. Mas hoje em dia é assim mesmo, ninguém respeita nada de ninguém. A maioria das pessoas que existem no mundo são desprovidas de qualquer valor moral. Roubam até de cego na porta da igreja.

Evie: - Tá melhor Freddie?

Freddie: - Sim. Agora eu já me recuperei um pouco do choque.

Mal: - Tomara que a pessoa que fez isso seja encontrada e pague pelo que fez.

Freddie: - O Zevon e o Chad vão pagar sim. Pelo que aconteceu no meu consultório e pelo acidente dos meninos.

Evie: - Se antes eu já tinha dúvidas. Agora eu não tenho mais nenhuma.

Freddie: - Já eu nunca tive dúvida. Aquele acidente foi tentativa de assassinato sim.

Mal: - E fora isso, todo mundo é testemunha de que o Chad andava pelo bairro acompanhado do Zevon várias vezes.

Freddie: - Como tá a Luninha?

Mal: - Ainda dói muito ver ela naquela incubadora.

Evie: - É bem triste mesmo.

Freddie: - A sorte da Audrey é que a Mal não pode fazer nenhuma denúncia por falta de provas.

Mal: - Mas não tem quem me tire da cabeça que o Chad fez aquilo tudo à mando dela.

Freddie: - Pois eu também não duvido. Se a Audrey mandar ele subir numa montanha, ele sobe sem pensar duas vezes.

Narrador (a): Audrey

Resolvi sair de casa pra matar o tédio. E fui no hospital ver a minha priminha. Até que ela é fofa. Mas toda vez que eu olho pra ela, a minha vontade é de entrar ali dentro e matar essa bebê asfixiada. Se o Ben tá achando que vai se separar de mim pra ficar com a Mal e com a filhinha que eles tiveram juntos, tá muito enganado. Eu não fui tão longe e fiz o que fiz pra no fim, o Ben ficar com ela.

Chad: - Eu não acho ela nenhum pouco parecida com a mãe.

Audrey: - Ela é a cara do Ben.

Chad: - Eu também tenho vontade de matar ela.

Audrey: - Eu quero avançar, mas parece que algo me impede.

Chad: - Ela pode ser filha da mulher que você mais odeia, mas é filha do seu marido.

Audrey: - E minha prima.

Chad: - O Ben ainda se sente culpado pelo acidente?

Audrey: - Sim. E eu estou usando essa culpa à meu favor.

Chad: - Ótimo. Eu quero ver aquele mimadinho sofrendo de tanta culpa.

Audrey: - Você sabe que eu sou ótima em fazer as pessoas sofrerem.

Chad: - Meu amor. Se tem uma coisa da qual eu não duvido são as suas capacidades.

Audrey: - Vem, vamos sair daqui. Eu detesto hospital.

Narrador (a): Lonnie

Hoje eu tive uma visita desagradável. Eu estava com a Jade falando sobre o bebê quando ouvimos batidas na porta e fomos ver quem era. E demos de cara com quem? Com o desgraçado que violentou a Jade. É impressionante. Mesmo depois de tudo que ele fez, age como se nada tivesse acontecido. É um cínico mesmo. Aquela família só tem gente louca.

Jade: - Esse homem é um monstro.

Lonnie: - Coitada da Mal. Ela e a Lili não mereciam um pai desses.

Jade: - Nem elas e nem a dona Aurora.

Lonnie: - Só de lembrar que ele, a Audrey e o Chad ainda tão por aí a soltas, eu fico aflita.

Jade: - Aquela família parece ter um grave histórico de demência. Só pode.

Lonnie: - Eu já ouvi falar disso numa aula outro dia.

Jade: - Eu também. A própria Freddie me contou que tem casos graves de demência na família dela.

Lonnie: - A minha família não tem nenhum. Pelo menos não que eu saiba.

Jade: - O meu tio me disse que na minha família tinha um alquimista bem ganancioso.

Lonnie: - Mas não é possível que ninguém daquela família tenha algum parente demente.

Jade: - Todo mundo tem um pouco de loucura dentro de si Lonnie.

Lonnie: - Você tá certa. Aquele homem é louco por natureza mesmo.

(Música Era Uma Vez)

Continua...

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