Inacreditável & Escolhas
Enrico Ambrosio.
O irmão caçula, o cafajeste da família. Ele não quer relacionamentos, gosta de variar mulheres, cada dia uma ou duas.
Mas isso não quer dizer que ele não é romântico.
Uma única noite pode ter um resultad...
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Uma única ligação para ferrar com o meu raciocínio.
Eu não tinha tempo para respeitar placas ou sinais. Acelerei meu carro, dirigi feito um louco, e eu agradeci a Deus por não ter nenhum carro em minha frente, em todo o caminho.
De longe vejo um movimento diferente em frente ao seu prédio. E minha cabeça já começa a ter pensamentos, e acredite, nenhum deles são bons.
Tinha algo de errado.
E Cazzo, só Deus sabe do que sou capaz de fazer se alguém encostou um dedo na minha mulher.
Estaciono o carro de qualquer jeito, não tenho tempo de tirar a chave da ignição e muito menos de fechar a porta.
Todo o meu corpo treme, a cada passo que dou até onde tem uma aglomeração.
— Já chamaram a ambulância? A garota parece estar grávida, está sangrando. — diz a voz ao um pouco a minha frente.
Isso foi o suficiente.
Emburrei todos que estavam em minha frente, e então eu a vejo, estendida no chão com uma mão em sua barriga. Sangue. Aquilo me assustou mais ainda.
Que se dane esse negócio que não pode pegar uma pessoa no colo quando ela sofre algum tipo de acidente.
É a vida da minha mulher e dos meus filhos que está em risco.
Eu corro com ela em direção ao carro, escuto vários gritos ao meu redor, mas não dou atenção a nenhum deles.
E lá estou eu outra vez, dirigindo feito um louco. Chorando feito uma criança.
Nunca um caminho foi tão longo assim.
Eu poderia ter um ataque cardíaco, de tanto que sentia meu coração palpitar. Eu sentia meu sangue gelado correr pelas veias.
Cazzo.
Que nada aconteça com eles, eu daria minha vida por eles. Ao avistar o hospital, começo a buzinar feito um louco, maluco.
Encosto meu carro atrás de uma ambulância, e abro a porta de trás ao ver enfermeiros se aproximando.
— Por favor ela está grávida de gêmeos, está sangrando. Salve-a, por favor, por favor. — imploro chorando.
— Vamos fazer o possível senhor. — um deles dizem.
Colocam-na em uma maca e assim eles a levam para longe de mim. Eu até tento segui-los, mas sou impedido.
— Fique aqui, logo traremos notícias.
— Por favor ..... — minha voz some.
— Tudo vai ficar bem. — o homem mais velho diz.
Sem forças para discutir, me jogo em uma das várias poltronas ali no local.
Pego meu celular no bolso, disco o número do meu irmão. No terceiro toque, escuto sua voz.
