CAPÍTULO DEZOITO

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[ UM MÊS DEPOIS ]

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[ UM MÊS DEPOIS ]

Observo Giulia colocar três dedos da sua pequena mão, na boca. Eu a vejo sugar seus dedos com força e vontade.

— Isso é fome não? — indago a olhando.

Seus olhinhos claros me observava também. Ao escutar minha voz, vejo um meio sorriso em seus lábios, o sorriso banguela que eu mais amo.

— Anna — grito. — Giulia quer jantar. — continuo.

— Segura ela mais um pouco, estou terminando de dar banho na Malia. — diz um pouco alto também.

Giulia dá alguns resmungos, não gostando dos gritos. Às vezes eu e Anna esquecemos que agora temos duas crianças em casa, e acabamos gritando como dois loucos.

E só lembramos disso quando escutamos seus resmungos ou choros.

Giulia é mais calma, ela resmunga todas às vezes que não gosta de algo, e isso com pouco tempo de vida. Já Malia é mais agitada, ela chora por quase qualquer motivo. Ela adora atenção.

Malia sempre é a primeira a tomar banho e mamar, pois não tem nem um pouco de paciência. Anna sempre tenta ser rápida, para não ter motivos de mais choros.

Tentamos uma vez colocar as duas para mamar, mas outra vez Malia não gostou da ideia. Ela chutou sua irmã.

Como pode um bebê tão pequeno fazer esses tipos de coisas ?

Eu fico impressionado e babando como um papai babão.

As duas ganharam bastante peso nesses últimos dias. Jussara a enfermeira, já não "morava" mais aqui. Ela vinha apenas algumas vezes para ver como às três estavam.

Saio do transe quando Giulia começa a se mexer demais no carrinho. Pego ela em meus braços e vou em direção ao quarto, onde encontro Ayla ajudando Anna a tirar Malia de seus seios.

— Olha só, Malia é como o papai, adora mamar. —digo entrando no quarto.

— Só finja que não escutou. — escuto Ayla murmurar para Joanna.

— Vou seguir seu conselho. —murmura seria.

— Cadê Pietro Ayla? Já faz dois dias que está em casa. — digo sorrindo.

— Por acaso estou o incomodando? Ou isso é só uma indireta para eu ir embora? — pergunta agora com as mãos na cintura.

— Nenhum dos dois — dou de ombros. — Só estou curioso.

— Ele está com o pai. — diz.

Assim como eu, Anna a olha chocada. Olha só, nem a sua irmã sabia disso.

— Mas você disse que ele nunca iria conhecer o pai. — Anna diz.

— E não iria tá legal? — diz irritada. — Só que quando um filho lhe pede algo, é impossível dizer não. Pietro pediu para conhecer o pai, de presente de aniversário. Disse que sente falta disso, mesmo que nunca tenha tido um pai por perto — suspira. —Enzo vinha me ligando já fazia alguns dias, e eu aproveitei isso para dizer a ele.

ENRICO » Série Irmãos Ambrosio # III Onde histórias criam vida. Descubra agora