CAPÍTULO DEZESSEIS

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[ DOIS MESES DEPOIS ]

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[ DOIS MESES DEPOIS ]

Beijo sua barriga e sorrio ao sentir minhas meninas se mexerem.

Elas estavam cada dia mais agitadas, a cada mês que se passava. Joanna já não conseguia mais se movimentar sozinha, sempre precisa de ajuda.

Quando não estou em casa, Ayla está aqui para ajudá-la.

A doutora nos disse que sua gravidez não iria até o último mês, ainda mais por ser gêmeos. E isso fez com que ficássemos atentos a tudo.

E a cada dor que ela sente, eu chamo a ambulância totalmente desesperado.

E isso não aconteceu uma única vez, e sim várias, que já perdi até a conta.

Eu fico imaginando quando Anna realmente for dar a luz e eu os chamar, creio que não irão acreditar em mim, não dessa vez.

— Eu quero trocar de costas, eu não aguento mais. —ela diz sussurrando, com os olhos fechados.

— Aguenta só mais um pouquinho boneca, logo tudo vai passar. — digo beijando mais uma vez sua barriga.

— Eu juro, que depois que elas nascerem, você nunca mais vai encostar o dedo em mim. — ela resmunga.

— Você que pensa. — beijo sua boca.

— Me deixa dormir, por favor ....

— Não estou impedindo ninguém. — faço carinho na barriga, e outra vez elas se mexem, como se me respondessem.

— Está sim, para de conversar com elas, não consigo dormir quando elas ficam se mexendo. Não tem mais espaço, como elas conseguem? —Anna diz toda enrolada, chorando para variar.

— Ok, me desculpe, só vou me despedir — sorrio para ela. — Minhas meninas, papai vai ficar um pouco ausente, mas logo voltarei. Deixe a mamãe dormir um pouco. — beijo pela última vez a sua barriga.

— Obrigada, eu te amo. — diz me puxando para um beijo.

— Eu também te amo boneca. — eu a puxo para perto do meu corpo.

[.....]

— Enrico .... — a voz baixa e desesperada, chama por mim.

Arregalo os olhos e me viro dando de cara com Anna. Todo o seu corpo estava coberto de suor, olhos vermelhos e toda pálida.

— Anna. — eu tento pegar em seu corpo, mas ela grita negando tal ato.

— Não — sussurra outra vez. — Dói tudo, Enrico .... Eu preciso que chame alguém ... Acho que não vou aguentar até chegar ao hospital ... Elas estão nascendo .... — sua voz é cortada quando um grito estridente saí pela sua boca.

Cazzo, não quero vê-la sofrer desse jeito.

Não dá tempo de ligar para uma ambulância, e certeza que eles não viriam. Não mesmo.

ENRICO » Série Irmãos Ambrosio # III Onde histórias criam vida. Descubra agora