Capitulo 3

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Estou abismada! Não consigo acreditar no que estou ouvindo!

Ele para por um instante e eu pergunto:

- Professor. Quais eram os nomes desses anjos? E como isso se encaixa na grande guerra?

- Ótimas perguntas, Tamânda. Irei respondê-las uma de cada vez. Os nomes dos anjos eram: Éfazo e Azária, dois anjos que eram muito sábios, mas que infelizmente foram induzidos pela mente maligna de Lúcifer, para encontrar uma forma de torná-lo semelhante ao Criador, porém, essa tentativa foi vã, não havia forma alguma de alguém se torna semelhante ao Criador. Então todos os anjos que estavam ao lado de Lúcifer, foram jogados no abismo, mas Éfazo e Azária conseguiram o perdão.

- Mas e a grande guerra, professor? - Pergunta Jhey.

- Bom, depois de anos morando na terra, Éfazo e Azária tiveram um filho. Este foi chamado de Córnellius. Esse garoto tinha poderes especiais, que eram muito mais fortes que os poderes de Efázo e Azária tinham, inclusive, poderes que Éfazo e Azária não tinham, nem conheciam. Anos se passaram, e este garoto cresceu, e seus poderes foram aumentando cada vez mais e foi descobrindo ainda mais poderes e poderes mais fortes. Esse garoto, agora já homem, conseguia transformar coisas, se tele transportar, e entre outras demais fasanhas jamais vistas por seus pais, no reino celeste. Seus pais ficavam impressionados, admiravam o que o seu filho era capaz de fazer, e todos os benefícios que os seus poderes magníficos, trouxeram.

Certo dia, Córnellius já em sua fase adulta, tinha total controle de seus poderes, e tentou fazer uma coisa nova, fazer um "truque" que ele mesmo tinha criado. Ele nunca tinha feito nada desse tipo, mas resolveu tentar. Às margens de um rio, havia uma árvore que já estava morta, mas que estava com apenas um pequeno galho que tinha vida. Ele arrancou o galho desta árvore, e como se já soubesse o que iria acontecer, virou para uma flor que estava perto dele e falou as seguintes palavras: "Decaptos filoptos decreia tzá", palavras de um idioma que ele mesmo havia criado e, como se seus poderes passassem através daquele galho, transformou aquela bela flor, em uma bela mulher. Ficou espantado, não imaginava que aquilo iria acontecer. Parou por alguns minutos, respirou, e se aproximou para admirar sua nova criação. Era sem dúvidas, a mais linda das mulheres, afinal, de mulher, ele só conhecia sua mãe, tudo aquilo era surreal e novo para ele.

Todos os alunos param e ficaram com o queixo caído, e como se tivesse parado para tomar ar o professor continua:

- Mas o detalhe, era que essa mulher, tinha asas, e ainda não tinha o folego de vida. Córnellius passou dias tentando entender o porquê a sua criação não tinha vida, ele a admirava todos os dias incansavelmente, mas não se atrevia a tocá-la, porém certo dia, ele tomou coragem e a tocou, passou as mãos nas asas dela, e se perguntava o porquê daquelas asas. Ainda não havia contado aos seus pais, queria lhes fazer uma surpresa, e como em uma ação de desespero, ele a beijou, e de repente, ela abriu os olhos. Nunca tinha visto os seus olhos até então, olhos castanhos claríssimos, parecidos com o sol, e este foi o nome que ele deu para ela, Sol em homenagem ao brilho de seus olhos. Ficou contente, pela sua criação, não só contente, mas também apaixonado, e ela também se apaixonou por ele. Córnellius começou a transformar todas as flores e plantas que encontrava em criaturas com asas, algumas eram homens, outras mulheres, e algumas eram ainda pequenas crianças. Enfim, ele conseguiu povoar toda a terra, com suas criaturas, e a maioria de suas criaturas tinham poderes. Suas criaturas se juntaram, formando casais, e procriavam novas criaturas, algumas com poderes, outras sem poderes. Os pais de Córnellius começaram a ficar assustados com as criações de seu filho, mas ele não parou, continuou a criar, e cada vez mais criar. Até que um dia, percebeu que asas de suas criaturas começaram a cair. Ele ficou assustado, procurava uma explicação e não encontrava, começou também a notar que os filhos das suas criaturas em sua maioria, não nasciam com asas, e os que tinham, também começaram a perdê-las, inclusive a sua primeira criação. Passado certo tempo, nenhuma das suas criaturas tinha asas, e Córnellius se acostumou com isso. Passou a admirar ainda mais as suas criaturas, e os nomeou feiticeiros. As criaturas que não tinham poderes deu o nome de soldados, estes criaram armas e escudos e outros utensílios e foram instruídos para se defender de algum mal que pudesse lhes atingir, mas com um tempo, esses não quiseram mais ser chamados de soldados, até porque, mulheres também nasceram sem poderes e elas não poderiam ser soldados por ser um trabalho muito perigoso, e foi aí que nasceram as outras funções que hoje conhecemos, como: ferreiros, alfaiates, cozinheiros, joalheiros e dentre outras. Córnellius criou também criaturas florestais, criou varinhas como a sua, para seus feiticeiros, e junto com todas as suas criaturas, construiu um castelo, e se nomeou rei daquela terra, dando ao reino o nome de Cór, em homenagem a seu nome.

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