Capítulo 17

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Tamânda

Chego à Cierra, procuro Galardriel por todos os lados, mas não o encontro.

- Galardriel? Galardriel para de brincadeira, apareça.

Chamo por ele, mas é em vão. Procuro-o por todas as partes: nas árvores, nos rios, nas montanhas, mas não o encontro.

Onde será que ele está? Ou melhor, se ele não veio, o que será que aconteceu?

Fico preocupada e começo a andar de um lado para o outro.

Ele deve ter uma explicação para tudo isso. O pior que eu não posso voltasr para casa, tenho que esperar o portal se abrir novamente.

Vou para debaixo da árvore onde estávamos juntos no dia anterior. Começo a lembrar do dia maravilhoso que tivemos.

Algumas das criaturas se achegam a mim, e eu faço carinho nelas. São criaturas adoráveis e fofas, semelhante aos esquilos, de diversas cores.

Deito-me e algumas resolvem repousar. O carinho delas são tão bons que começo a ficar sonolenta.

Sinto uma pequena patinha empurrar meu rosto, então desperto.

- Oi amiguinho - falo levantando-me e tomando-o em minhas mãos.

Ele me olha com aqueles olhos verdes e brilhantes, e pisca duas vezes. Olho para o portal e ele está brilhando.

- Obrigada por me acordar. Agora tenho que ir.

Ele pula da minha mão e se vai junto aos outros.

- Adeus!

Eles continuam a me olhar, então o portal me leva para Cór.

Chegando à Cór, Névil relincha quando me ver.

- Oi garoto! Deixei-te esperando esse tempo todo por nada, nem consegui a ver o Galardriel. Mas isso já não importa, só estou preocupada porque deve ter acontecido alguma coisa, mas acho que ele está bem - sorrio para ele - Vamos à casa da Jhey?

Ele relincha novamente, monto-o e seguimos caminho para a casa de Jhey.

Chegando perto ao vilarejo, lembro-me do senhor Pitter e resolvo ver se ele ainda está na caverna.

Ao entrar na caverna, vejo que ele não mais está. Vejo os lençóis dobrados e em cima um papel com uma rosa branca ao lado.

O papel na verdade é uma carta, escrita pelo senhor Pitter.

- "Despedir-me de você, com toda certeza está sendo uma das coisas mais difíceis que eu já fiz em toda minha vida, mas infelizmente o destino nos reservou caminhos diferentes. Difícil será acordar e não ter a certeza de que irei ver seu belo rosto, todavia irei lutar contra o tempo, para que ele não apague da minha memória o seu belo sorriso e que nem o meu olfato perca a sensibilidade de sentir o teu perfume. Deixo esta rosa como homenagem a você, por sua pureza e simplicidade, pelo sol que você foi em meus dias de frio e escuridão. Eu amo você e irei amar eternamente.
Obrigado por ter me resgatado e ter salvo minha vida, agradeça também a Jhey, ela se tornou uma garota muito forte e eu estou muito orgulhoso dela, serei grato eternamente. Com admiração, Pitter."

Lágrimas rolam pelo meu rosto e pingam sobre a carta.

Ainda não acredito que tudo isso aconteceu, e o pior é que eu não posso deixar de sentir-me culpada por tudo.

Tomo a rosa em minhas mãos, sinto seu maravilhoso perfume e coloco-a em meu cabelo.

Saio da caverna, monto novamente em Névil e vou para casa de Jhey.

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