Capítulo 40

34 7 22
                                    

Narrador

Passaram-se os dias e, todas as noites, como de costume, Tamânda chora em seu quarto com saudades de sua família. Está rodeada de anjos, mas ainda assim sente-se só, sendo suas únicas companhias verdadeira o seu bebê e a sua infinita sede de vingança.

Glênda e Xavier, na terra, procuram por longos nove meses sua filha desaparecida. O coração de Glênda já não tem mais esperança, ela já não tem mais forças para continuar vivendo. Deixou seu trabalho no vilarejo e, mesmo com a carta de sua filha dizendo que ela não a procurasse, ela faz isso todos dias sem se cansar com a ajuda e Xavier, Charles e Jhenesi.

Harry por sua vez, parece ter se esquecido do que Tamânda disse, mas por precaução, ele fez um colar, usando a pedra como pingente e usa-o todos os dias em seu pescoço. Também avisou aos soldados que não sabe quando, mas um dia eles precisariam estar preparados para uma grande guerra.

No céu, Galardriel anda pensativo com o pensamento ligado a Tamânda, mal sabe ele que sua amada esteve ao seu lado esse tempo todo, porém não o amando e sim o odiando. Quem dera pudessem ficar juntos e todo esse mal entendido se findasse. Quem dera.

Amanheceu e, Tamânda parece não acreditar; o dia do casamento finalmente chegou. O castelo está em alvoroço. Os serventes correm para todos os lados organizando o jardim, sendo supervisionados pela rainha Esthênia.

- Angelis? Angelis! - grita a rainha Safira, descendo as escadas.

- Estou aqui, senhora.

- Onde estava? Minha filha precisa de você!

- Já estava indo, senhora. Estava na cozinha me alimentando.

- Mas agora não é hora de se alimentar, Angelis! Minha filha é a noiva e precisa ser sua prioridade, hoje. Não é porque você se tornou namorada do Jheison que vai deixar suas obrigações de lado.

- Me perdoe, senhora. Não irá se repetir.

Safira e Tamânda sobem as escadas e vão para o quarto de Dhelayla.

- Angelis! Eu já estava ficando preocupada. - diz Dhelayla usando apenas uma roupa de baixo.

- Me desculpe senhora.

- Vamos, pegue o óleo de rosas e me faça uma massagem facial, tenho que estar belíssima, hoje.

- Sim, senhora.

Tamânda pega o óleo que está sobre a mesa e Dhelayla deita-se na cama.

- Filha, a mamãe vai se arrumar, tá bom?

- Tá certo, mãe.

- Nos vemos no jardim! Ainda não acredito que a minha filha está prestes a se tornar rainha!

- Eu também não, mãe!

As duas gritam de euforia, histericamente.

- Está nervosa, senhora? - pergunta Tamânda se aproximando de Dhelayla.

- Ansiosa, eu diria. Eu esperei muito por esse momento.

- Eu também.

- Como assim?

- Ah... eu também porque estou muito feliz pela senhora, pelo seu dia.

- Este dia será inesquecível.

- Com toda certeza, senhora.

Tamânda massageia o rosto de Dhelayla e depois os ombros, deixando-a relaxada, ao mesmo tempo, esquematiza em sua mente o seu plano maléfico para com os anjos.

Entre Céus E TerraOnde histórias criam vida. Descubra agora