Emanuely♊
- O que você quer - pergunto séria
- Calma, isso é jeito de tratar um amigo?
- Na boa Muralha, me deixa em paz, já não basta ter estragado meu vestido agora quer terminar de arruinar minha noite ?
- I mina calma. Tô aqui numa boa sem Cao, então é bom tu falar direitinho - diz calmo
- O que é que tu quer Na moral - digo colocando a mão na cintura e fazendo cara de deboche
- Oxe eu não posso mais da uma volta pela a MINHA favela - da ênfase na palavras minha
- Poder até pode, ate por que a rua é pública. Não tô afim de bater papo contigo não dá licencia- falo tentando sair e sinto meu braço sendo puxado e meu corpo se chocando com o dele. Já podia sentir sua respiração, seu lábios estavam a centímetros de distâncias do meu. Logo em seguida ele segura meu queixo com força
- Mina, mina, tu tá brincando com fogo
- Eu não tenho medo de me queimar - olho nos seus olhos e digo fria
- Pois deveria - solta meu queixo e liga a moto. Ele olha pra mim e pisca, olho pra ele com raiva e ele da meia volta e sobe a ladeira novamente.
1 semana depois
Acordo com o alarme gritando no meu ouvido. Colo o travesseiro sobre meu rosto e dou um grito baixo de tristeza. É nessas horas que eu tenho inveja de quem não trabalha no domingo, é meus amigos eu trabalho de domingo a domingo feito uma condenada sem direito a 5 minutinhos de folga.
Bom nessa semana que passou não aconteceu nada de interessante. Desde aquele baile que passou eu e o Muralha não nos trombamos mais, Graças a Deus. Luísa e Nanda vivem aqui em casa quando não tão na Casa do LL e Hiago. É minha Gente DONA Luísa tá de rolo com o LL, sub dono do morro, mas ela diz que é só um lance que ela não quer nada com Ele. Ata né pessoas ATA.
Bom levanto com muita dificuldade confesso por que a preguiça fala mais alto. Tomo meu banho visto meu informe tranco a porta e vou embora pro trabalho. Vou subindo a ladeira do morro e hoje ele tava todo movimentado, o som de pagode estava por quase todas as casas, e olha que ainda são 7 da manhã.
- Mamãe, mamãe olha os cabelos dessa moça, palece a daquela plincesa seleia a Aliel - Olho pro lado e vejo uma menininha de no máximo três anos olhando pra mim e falando com uma moça de uns 28 anos.
- É muito lindo mesmo filha - A moça fala. Vou até ela sorrindo e me abaixo do seu lado pra falar com ela
- Oi pequenina - digo sorrindo
- Posso tocar? - Pergunta curiosa apontando pros meus cabelos
- Claro - Ela toca nos meus cabelos fazendo uma espécie de cafuné de gato
- Nossa como é macio, quando eu clexer eu quelo ser linda que nem você
- Ana você não disse que queria ser que nem a mamãe? - A moça fala olhando pra ela e pondo as mãos na cintura
- A mamãe, eu quelo ser quem nem as duas, mas eu quelo ter os cabelos da moça aqui - Ela fala com cara de convencida e eu sorrio.
- Você é uma princesinha linda
- Selio? - Pergunta com os olhos brilhando. Eu concordo sorrindo com a cabeça. - Olha a mamãe a moça disse que eu sou uma princesinha
- E você é meu amor
- Ela tem quantos anos?
- Eu tenho assim - faz um 3 com os dedinhos
- Já? É uma mocinha viu
- Eu sou uma princesinha - fala cruzando os braços
- Ela é linda - falo com a mãe dela
- Obrigada - sorri - e muito sapeca- gargalha.
- Bom mocinha agora a Tia tem que ir trabalhar, quando a Tia te ver fala com você tá bom? - ela concorda com a cabeça
- Tchau tia - me dá um abraço
- Tchau moça- a mãe dela fala e eu sorrio. Vou subindo a ladeira aos poucos já que tô bastante adiantada por que o mercadinho só abre as 9 da manhã, mas gosto de ir um pouco mais cedo pra arrumar algumas coisas, já que o seu Ze não vem aos domingos. Vou subindo as ladeiras aos poucos notando o movimento, ate que um doido numa moto passa correndo e quase me leva com ele.
- Tá doido? Olha por onde anda maluco, tem pedestres na rua - falo e a moto para mais na frente e vai dando ré. Olho curiosa pra ver quem tá pilotando a moto mas o infeliz fica dando ré sem olhar pra trás.
- Tua mãe não te deu educação menina? - Fala desligando a moto. Infeliz
- Tu de novo? - reviro os olhos
- É eu de novo, novamente - fala sarcástico
- O que tu que?
- Eu nada, eu deveria ter passado por cima de tu pra tu aprender a andar na calçada porra.
- E por que não passou?
- Não ia sujar minha moto de sangue de vaca - olho pra ele com raiva
- Escuta aqui vaca é a tua mãe - falo seria
- Eu vou fingir que não ouvi isso, quero estragar meu dia contigo não - fala calmo
- Então pega teu rumo e me deixa ir trabalhar
- Ela é o que tua? - fala mudando totalmente o assunto
- Ela Quem? - pergunto confusa
- A menininha da Mariane - Lembro da loirinha que tava falando com ela até pouco tempo
- A menininha loira?
- Isso
- Nada
- Então por que tu tava falando com ela cheio de sorrisinho - Eu ja vi gente curiosa agora feito esse homem tá pra nascer
- Tu tá me espiando? - falo seria
- Talvez sim, talvez não, quem sabe
- Aí meu Deus menino tu não tem algo melhor pra fazer não? Do que tá olhando a vida alheia não?
- Na verdade eu tenho, mas não tô afim de ficar resolvendo isso não, prefiro ficar de olho na vida dos outros- fala dando um sorrisinho falso sem mostras os dentes. Suspiro e saiu subindo a ladeira, não tô afim de ficar de papinho com ele.
- Ou volta aqui - grita Eu continuo subindo a ladeira - Tá me escutando não porra? - vou subindo e ladeira e escuto um barulho de moto, e logo em seguida a moto tava do meu lado. Sinto meu braço sendo puxado. Esse menino tem o que contra meu braço Em? É a segunda vez que ele faz isso, meu bracinho não merece isso
- Eu já falei e vou repetir que tu tá brincando com fogo menina- Diz sério
- E eu já falei e digo de novo, eu não tenho medo de me queimar, agora vai embora e me deixa ir trabalhar - ele olha nos meu olhos, dava pra perceber a raiva em seu olhar e logo depois larga meu braço dando partida com a moto. Bufo e continuo seguindo meu caminho
-----------------------------------------------------------Notas: Cap pequeno por que minhas provas começam amanhã ai não tenho muito tempo pra postar, mas tá aí pra não deixar vocês sem capitulo❤
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Desejo de posse (Morro) {Concluída}
Teen Fiction" Nem tudo na vida são rosas e nem tudo são tempestades, temos nossas fases e todos nós devemos nos acostumar a isso"