Emanuely
Já se passavam uns dez minutos que o Muralha estava no banheiro conversando com o pesadelo pelo o celular, isso já estava me deixando um pouco desconfortável. Resolvo ir até ao banheiro e logo escuto a voz do Muralha, não que eu comecei a escutar a conversa, longe disso eu apenas ouvir sem querer.
- Eu já disse que isso não é problema meu porra.... Da teus pulos aí - Muralha diz visivelmente irritado.
- Tu sabe que isso vai deixar ela mau né? Imagina tu chegar do nada na Emanuely e soltar esse papo? Ela vai surtar, e a única coisa que ela não precisa nesse momento é estresse.
Quando ele citou o meu nome a curiosidade tomou conta de mim, o que eles tanto falavam que envolvia o meu nome? Sem pensar duas vezes abro a porta do banheiro e o Murlha me olha assustado.
- O que eu não posso saber? - cruzo os braços e encaro o Muralha séria.
- Depois eu falo contigo, me arranjasse problema pau no cu - Muralha fala algo no celular e logo coloca ele em cima da pia.
- Tô esperando - digo séria.
- Calma Manu - Muralha responde calmo
- Eu só quero que você diga o que eu não posso saber, só isso - descruzo meus braços e me encosto na pia.
Muralha encara o chão e depois olha nos meus olhos tentando procurar palavra para começar a explicar.
- Manu... Eu
- Para de gaguejar e fala logo Thiago.
- Porra como tu é chata em - revira os olhos - Eu não vou te falar nada, como eu disse ao pesadelo esse assunto não é comigo, é de vocês dois, e eu não quero me meter pra depois não sair como errado.
Que? Como assim ele não quer se meter? Aí ele acha certo esconder alguma coisa de mim? Ui que raiva que eu tô, calma Manu, calma.
- Muralha, eu quero que tu me conte, eu juro que não vou ficar com raiva nem nada, por favor - imploro pra ele.
- Porra ruiva eu não posso eu já disse - ele se aproxima de mim cola do nossos corpos - Olha tenta não pensar nisso tá bom? Não quero que tu fique nervosa, pensa no nosso filho, qualquer coisinha tu pode complicar a gravidez - ele fala em um tom de cuidado e preocupação.
- Como tu quer que eu não fique nervosa com um assunto que me envolve e eu nem sei do que se trata - respondo.
- Eu não vou te falar que não tá pegando nada porque eu não quero mentir pra tu, mas, Pesadelo vai te contar tudo, porém na hora certa e essa hora não é agora - ele da um beijo em minha testa e eu olho pra ele confusa.
- Essa tal coisa tão sigilosa é muito grave pra só ele poder me contar? - Pergunto e Muralha nega com a cabeça.
- Eu não posso te dizer nada, mas eu quero que você me prometa uma coisa. - diz me encarando
- O que? - Pergunto confusa.
- Que independente de tudo, tu não vai ficar brava comigo, até porque eu não tenho culpa de nada do que está acontecendo, eu não queria me envolver nisso tanto que eu falei que não queria me envolver nenhum pouco, mas meio que fui ameaçado, porém eu não tenho nada haver com nada. - Ele me diz sério me deixando um pouco assustado.
- Você está me deixando assustado - confesso
- Não precisa ruiva, você não precisa se preocupar com nada, só quero que me prometa que você não vai ficar com raiva de mim, me promete. ? - ele pergunta novamente e eu apenas assinto com a cabeça.
- Eu não vou ficar com raiva seja lá o que for que esteja te incomodando tanto, embora você não queira me contar, mas eu entendo que esse assunto não é seu - dou um sorriso e ele me dá um beijo na testa.
- Agora vamos dormir, amanhã preciso acordar cedo o trampo tá forte, quando chega fim de ano parece que na minha mesa fica choavendo trabalho toda hora - diz meio sufocado
- Vai dormir comigo? - Pergunto
- Claro, já passei as fita pra tu que já era pra gente dormir juntos - diz saindo do banheiro eu o acompanho.
- Mas tu tá dormindo toda noite aqui, então da quase no mesmo não é? - me sento na cama e ele fica em pé me encarando.
- Vou trazer minhas coisas pra cá, já que tu não vai pro outro quarto não é mesmo? - pergunta e eu nego com a cabeça.
- Já acostumei aqui, não quero mudar de cantinho nem tão cedo - me deito na cama e me aconchego lá.
Sinto a cama afundar um pouco e braços envolverem meu corpo em um abraço suave.
- Falando em quarto, nós tem que começar a arrumar o quarto do nosso pimpolho não é? - Muralha pergunta e eu apenas assinto.
- Não tinha pensando nisso ainda - confesso.
- Claro tudo aqui quem pensa sou eu - diz em um tom de irônia.
Dou um tapa em seu braço o mesmo resmunga em um gemido de dor.
- Nem doeu seu dramático
- Vou chamar o Ze da Penha pra você Emanuely, tu vai ser presa por agressão física espera só. - ele fala fazendo drama.
- Dramático - respondo rindo.
- Eu tenho um quarto de hóspedes sobrando, a gente pode fazer o quarto do nosso pimpolho lá, o que tu acha? - pergunta me olhando.
- Acho uma boa ideia, porém a gente vai arrumar tudo direitinho e tal, mas você sabe que até um ano ele vai dormir no quarto com a gente né?
- Que? Porquê ? - pergunta confuso
- Não quero deixar meu filho sozinho nem um segundo, vai que acontece algo com ele enquanto a gente estiver dormindo? Me diz, é melhor ter ele do nosso lado o tempo todo - respondo
- Pensando por esse lado tudo bem, mas então pra que gastar dinheiro com quarto agora?
- Deixa de ser pão duro Muralha - digo rindo
- Sou economizado, muito diferente de pão duro - diz convencido
- Da no mesmo, você sabe que todos esses enfeites pra casa que eu comprei foi com seu dinheiro né? - respondo
- Que? A sua pilantra, quis fazer uma surpresa pra mim, gastando o meu dinheiro
- Mas é claro, eu não tenho dinheiro eu não iria roubar não é mesmo? Se bem que esse dinheiro que usei não é nada honesto
- Tu não existe Manu - ele diz rindo
- Sou maravilhosa eu sei - respondo e Muralha gargalha
- Semana que vem a gente compra as coisas e decoramos o quarto junto com o pessoal tá bom?
- Tá bem - respondo.
Ficamos em silêncio por um tempo, até pensei que ele tinha dormindo, porém sua respiração ainda estava um pouco agitada.
- Thiago? - chamo ele
- Oi?
- E-eu... Eu...
- Você? - Pergunta confuso
- Eu te amo - falei de uma vez só, não tão rápido mas normal.
Fico sem respostas por um bom tempo, então resolvo fechar os olhos e dormir. Eu não deveria falar aquil, merda, mil vezes merda
- Eu também te amo ruiva - ele cola nossos corpos e fala em meu ouvido.
Dou um sorriso e logo em seguida acabo pegando no sono...
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Desejo de posse (Morro) {Concluída}
Novela Juvenil" Nem tudo na vida são rosas e nem tudo são tempestades, temos nossas fases e todos nós devemos nos acostumar a isso"