Muralha.
Acordo com uma puta dor de cabeça, olho pro lado e vejo Camila uma vadia que eu pegava antigamente. Puta que pariu velho que merda eu fiz? Por quê essa vadia ta do meu lado?
Passo a minhas mãos pelo o meu rosto e as lembranças passam pela a minha cabeça como flash.
Depois da confusão toda, eu bebi muito, fumei alguns cigarros e a ultima coisa que eu me lembro era da Camila vindo até mim como tava fazendo a noite toda, vinha falar umas merdas no meu ouvido coisas de malícia.
Visto minhas roupas que estavam espalhadas pelo o quarto, olho pro chão e vejo três saquinhos de camisinhas, menos mau. Termino de vestir minhas roupas pego meu boné e meto o pé da casa da vagabunda.
Decido passar antes na boca pra fazer a contagem do que deu no baile ontem, e depois passaria em casa pra ver se a Manu estava melhor.
Caminho até a boca que não era tão longe, vejo os moradores todos me encararem, passava com um olhar de raiva e quando eles me encaravam logo desviava o olhar. Entro na boca e vejo LL e Hiago batendo boca como de costume.
- Bom dia seus cuzoes - olho pros dois e que me encaravam com a cara fechada.
- E qual foi? Fumaram maconha estragada foi? - Pergunto irônico e eles não respondem.
- O que tá pegando com vocês? - Pergunto sério.
- O que tá pegando com a gente? O que tá pegando com tu Muralha - LL fala nervoso
- Qual é LL? O que tá acontecendo com tu?
- O LL tem razão Muralha, o que tá pegando com você? Tu realmente é um pau no cu Muralha.
- Do que vocês tão falando?
- A Muralha para de da um de sinico, por tua culpa tua mulher quase perde o filho de vocês. Tu tem noção de quanto isso é grave porra?
Não tive como controlar a minha reação, ela foi totalmente espontânea, saber que meu filho correu perigo e ainda mais por minha culpa. Meu coração acelerava a cada palavra que o LL falava, o medo tomou conta de mim.
- Ela precisou de tu, teu filho precisou de tu e onde tu tava?
- Tá na cara que ele tava com uma vagabunda Hiago
- Isso é verdade? - Hiago pergunta e eu não falo nada.
- O-onde tá ela? - Pergunto cabisbaixo
- Tá no hospital - Hiago responde e meu coração acelera ainda mais.
- Que hospital - falo nervoso.
- Anda porra em que hospital tá minha mulher.
- Ela tá no hospital que fica a duas quadras daqui. - Hiago responde.
- Tu não deveria ir lá.
- Quando for tua mulher aí tu fala o que deve ou não deve fazer.
Pego a chaves que havia em cima dentro da minha mesa que era da minha moto reserva, saiu da boca pego minha moto e dou partida até o hospital.
Estaciono minha moto em um canto mais afastado do hospital, coloco meu boné pra frente e bem baixo, pra não correr o risco de ser reconhecido.
Entro no hospital e vou até a recepção andando aos poucos e observando todo lugar do hospital, pra ver se tinha algum tira rondando essas horas.
- Iae - falo com um homem que tava na recepção.
Ele me encara e logo desvia o olhar para as fichas hospitalares.
- Diga - responde rude. Filha da Puta.
- Ae quero saber onde tá uma paciente
- Nome - diz sem me olhar.
- Emanuely Garcia
- Só um momento - ele pega passa ficha por ficha até parar em uma.
- Quarto 233, fim do corredor. - Não respondo nada e saiu logo de lá.
Caminho até o fim do corredor e vejo várias salas com diferentes números.
- Tá perdido? - um homem provavelmente médico ou enfermeiro pergunta.
- Tô atrás do quarto 233 - murmuro
- O quarto da Emanuely? - assinto com a cabeça.
- É aquele lá - ele aponta pro último quarto do corredor.
- Valeu aí
Continua andando até chegar na porta cor cinzenta onde indicava ser o quarto 233. Suspiro lentamente e adentro o quarto. Vejo Emanuely dormindo lentamente e ao seu lado estava o Pesadelo, o que acho totalmente estranho.
Fecho a porta e vou até eles. Pesadelo me encara e não fala nada.
- O que faz aqui? - Pergunto.
- LL me contou o que aconteceu e eu passei aqui pra ver como ela tava.
- Hm - murmuro
- Como ela tá?
- O médico fez uns exames nela ainda agora para ver como tá a situação. - faço uma afirmação com a cabeça.
- E meu filho? - Pergunto.
- Bom, o médico disse que por pouco ela não perde o bebê, ela passou muito nervoso e isso fez com que a gravidez dela passase e ser de complicações. Ou seja sem estresses, peso ou muita raiva.
Ouvir aquilo me deu uma dor no peito insuportável eu quase perco meu filho, eu estava com uma Puta quando eles mais precisaram de mim eu sou um inútil.
Vejo ela se remexer um pouco e seus olhos se abrindo devagar.
- Bom eu vou deixar vocês sozinhos, vocês precisam conversarem - fala em um sussurro e eu assinto com a cabeça.
Pesadelo sai do quarto dando um beijo na testa da Manu o que fez ela acordar mais rápido.
- O que você faz aqui? - Manu pergunta com uma voz falha
- Vim saber como tá você e meu filho - ela me encara seria.
- Agora você quer da uma preocupadinho? Faça mil favores Muralha. - sua voz já estava exaltada
- Porra Manu te controla, Pesadelo falou que tu não pode se estressar desse jeito. - falo tentando manter a calma.
- Isso tudo é culpa sua
- Eu sei karalho, e eu tô arrependido porra - passo a mão nos cabelos.
- Você.... - Ela da pausa - Eu não acredito - diz nervosa
- O que foi agora?
- Tu me deixa sozinha depois do escândalo que tu deu, fez que eu tivesse o risco de perder nosso filho, não colocou os pés pra ver como eu estava,e ainda me aparece com perfume barato de vagabunda ?.
Puta que pariu velho, como eu não tinha percebido que o perfume da vagabunda da Camila tinha ficado em mim?
- Eu posso explicar. - digo nervoso
- Muralha sai daqui.
- Manu eu...
- Sai Muralha. SAI DAQUI - Ela diz nervosa
Não tô afim de fazer mais merda, ela não pode ter estresse e se eu continuar aqui agora é capaz dela se estressar ainda mais e da uma grande merda no final.
- É isso que tu quer ? - Pergunto
- É
- Jaé então, te vejo em casa - arrumo meu boné novamente e saiu do quarto em dois segundos.
- Muralha? - Pesadelo me chama após eu passar na recepção, mas ingoro ele totalmente e sigo saindo dali
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Desejo de posse (Morro) {Concluída}
Ficțiune adolescenți" Nem tudo na vida são rosas e nem tudo são tempestades, temos nossas fases e todos nós devemos nos acostumar a isso"