Emanuely
Termino de dar banho no Heitor e coloco ele pra mamar, logo em seguida ele dorme feito um anjinho. Decido tomar um banho demorado, já que não estava preparada ainda pra conversa com o meu.... pai? Eu não sabia como ia ser daqui por diante, tudo isso estava me assustando muito, eu estava com muito medo e isso era nítido.
Termino o meu banho e coloco um vestido soltinho florido que eu usei durante a gravidez do Heitor, e confesso que era um pouco estranho me ver sem aquele barrigão. Fico dando voltas pelo o quarto tentando criar coragem para descer lá em baixar e encarar o que tanto me atormentava.
Me aproximo do espelho e fico tentando achar coragem ali, parece meio loucura, mas era assim que eu conseguia ficar em pé as seis da manhã pra ir trabalhar, me olhava no espelho e falava "Calma é só um dia, daqui a pouco tu tá de volta, agora acorda logo e vamos". Fico me encarando algum tempo no espelho e logo tomo a iniciativa de ir.
Respiro fundo e saiu do quarto indo em direção a sala.Desço as escadas e vejo Muralha, Pesadelo e JD batendo um papo, que eu não fazia a mínima ideia do que era. Muralha me encara um pouco assustado pelo o motivo que eu desconheço.
- O que foi Thiago? Porquê tá me olhando com essa cara?
- Não é nada meu amor, é que
.. é estranho te ver com esse vestido sem aquele barrigão que meu clone fazia. - ele responde calmo.- Se isso foi pra jogar na minha cara que o Heitor não puxou nada de mim, já pode se retirar antes que eu pegue o cabo da vassoura e enfie no olho do seu cu. - digo com raiva.
- Epa Manu, esse serviço é meu, já não basta ter roubado meu macho, agora quer roubar os meus truques? Eu vou te deixar careca em, escuta o que eu tô te dizendo. - JD diz na defensiva e com mo voz de viado.
- Se tu não calar a porra dessa boca quem vai enfiar a porra do cabo de vassoura sou eu, mas vai ser no teu cu - Muralha fala irritado.
- Aí amor assim que eu gosto, reciprocidade é tudo nessa vida. - JD diz abraçando o Muralha de lado.
- Será que é uma péssima hora pra nossa conversa - Pesadelo diz meio tímido.
- Não - respondo e encaro os meninos meio que mandando eles nos deixar as só.
Muralha se levanta porém o JD continua sentando no sofá.
- Bora JD - Muralha o chama.
- Quero saber da treta meu filho, não vou sair nem tão cedo daqui - ele diz em um tom de deboche.
- Anda JD tô sem tempo pra gracinha hoje - Muralha diz se irritando, porém quando é que ele não está irritado não é mesmo?
- Aff, depois tu me conta tudo que rolou, se ele fizer alguma merda tu grita que eu entro com um tanque pra explodir a cara dele - JD diz e eu começo a rir.
- Não vai acontecer nada pode ficar tranquilo - respondo.
Muralha se aproxima de me dá um selinho demorando e logo em seguida sai com o JD.
- Bom, o que você quer conversar - me sento no sofá e encaro o Pesadelo.
- Eu quero te pedir perdão primeiramente... - ele responde baixo.
- Você me abandonou.
- Não... - ele diz ligeiro - Eu nunca abandonei você meu amor, sua mãe me tirou você, me tirou o seu afeto e o seu amor. - Ele se aproxima de mim e se agacha na minha frente.
- Minha mãe falou que você batia nela, porque em? Ela era uma mulher incrível e não fazia mau nem pra uma mosca, porque você batia nela? - Pergunto meio nervosa
- Eu só bati na sua mãe uma vez... mas, se eu soubesse que teria dado essa merda, eu não teria encostado em nenhum fio de cabelo dela. - Pesadelo responde.
- Mas encostou, você arruinou metade da minha vida com a sua ausência sabia? Você sabia o quão era duro, ser motivo de chacota na escola por não ter um pai para ir na festa do dia dos pais? Sabe como era duro não ter uma figura paterna pra se inspirar? Ou pra tá lá te vendo na plateia enquanto você apresentava uma peça de balé? Ou até mesmo não ter um pai ciumento pra me defender do mundo? Você sabe o quanto eu sofri com a sua ausência? - cuspo as palavras na sua cara.
É nessas horas que eu me odeio por ser tão emocional, porque agora eu já estava chorando horrores.
- Eu te procurei durante anos, você acha que eu não sofri também? Você acha que minha vida foi as mil maravilhas? Não Emanuely, minha vida foi dura, dura por saber que eu tinha uma filha pelo o mundo desprotegida e eu não podia fazer nada porque não sabia seu paradeiro, duro por saber que quando chegava seu aniversário, eu não poderia te da um abraço e te desejar um feliz aniversário, ou até mesmo quando chegasse o Natal te desejar um "Feliz Natal meu pequeno anjo natalino. Isso me doia muito. - ele diz chorando.
- Minha mãe só me protegeu de você
- Não fala isso por favor - ele abaixa a cabeça- Por muito tempo eu procurei você e sua mãe, mas nunca tive respostas de onde vocês estavam, e no final vocês estavam bem debaixo do meu nariz - ele fala olhando pro nada.Limpo as lágrimas e caiam e olhei pro seu rosto que já estava ficando um pouco inchado.
- Porque você bateu nela e destruiu nossa família? - pergunto.
- Eu tinha fumado muito e ela veio reclamar e eu acabei me estressando e batendo em seu rosto, mas eu me arrependo amargamente. - Ele se levanta e senta na poltrona.
- Ela te amou até partir pro céu. - Falo derrubando mais algumas lágrimas.
- E eu sempre amarei ela até ir embora, eu ainda não acredito que a minha Marta se foi pra nunca mais voltar (N/A: gente eu esqueci se coloquei o nome da mãe da Manu no livro, se eu coloquei me corrijam por favor). Eu amo tanto ela ainda, que pra mim ela continua viva aqui o - coloca a mão no peito - no meu coração.
- Eu não sei o que falar. - digo
Pesadelo se levanta e se ajoelha na minha frente.
- Eu te peço perdão minha filha, perdão por não ser um pai presente, perdão por arruinar a sua vida, por não ter investido como deveria nas buscas em sua procura, perdão pelo o tempo perdido, eu ia falar o amor, mas o meu amor por você nunca se perdeu. Me perdoa minha filha - Pesadelo fala chorando.
- Eu te perdoou papai - digo em meio às lágrimas.
Me levanto juntos a ele e lhe dou um abraço apertado com ambos se derrubando em lágrimas.
- Você não tem ideia o quanto tempo eu esperei por esse abraço meu amor, por esse momento, por ouvir novamente você me chamando de papai meu anjo - Pesadelo fala enquanto estávamos abraçados.
- Eu te amo muito minha filha, meu pedacinho de céu. - ele beija o topo da minha cabeça e continua me envolvendo em seu abraço que estava completamente confortável.
Confesso que ali estava me transmitindo um sensação de alívio...
N/A : Ó QUEM CHEGOUUUU
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Desejo de posse (Morro) {Concluída}
أدب المراهقين" Nem tudo na vida são rosas e nem tudo são tempestades, temos nossas fases e todos nós devemos nos acostumar a isso"