16

17.1K 1.1K 41
                                    

Muralha 💰

- Anda porra responde logo esse krl - eles olham um pra cara do outro como se tivesse pedindo ajuda. - O que foi? O gato comeu a língua de vocês? - Eu tava tão nervoso a ponto de pipocar a cabeça dos dois

- Mu-muralha não é nada disso que você tá pensando - Luísa fala trêmula, fitei seus olhos e percebi que havia medo neles.

- Como não porra? Eu ouvi tudo direito, não tô louco pra tá inventado história

- Calma Karalho, ignorância não resolve nada não Ze

- A me poupe LL. Eu só quero que vocês me explique que diabos tá acontecendo! - bato na mesa com força fazendo Luísa se assustar e começar a chorar. Essa menina é muito maluca - E agora o que aconteceu com essa ai?

- Eu sou uma péssima amiga - chora - tudo que ela me pediu é que eu ficasse de boca fechada sobre o que tava acontecendo, mas eu não fiquei - continua chorando, ou melhor girtando

- Porra LL faz essa gasguita calar a boca tiow  - colo a mão nos ouvidos para ver se aquele choro irritante sumia, mas foi em vão.

- Calma Luísa você não tem culpa fia, esse ai que é muito curioso e fica escutando as conversas alheias na casa dos outros- abraça ela e me fita com raiva.

- A então agora a culpa é minha? - Cruzo os braços e dou uma risada falsa - Vocês escondem uma porra de gravidez de mim e eu que sou o culpado? - altero a voz

- Muralha, teus problemas é com a outra Fi não é com a Luísa não Karalho

- Tu tem razão, eu vou tirar essa história a limpo agora.

- NÃO - Luísa grita

- Ae, e por quê não? - Cruzo os braços

- A Manu só não contou pra tu que ela tá grávida, porque ela tinha medo da tua reação. Ela tinha medo de tu querer tirar o filho dele, ou de tu matar ela. E agora eu entendo o porque do medo dela, você é um monstro muralha - grita chorando

- Tu é doida Karalho? Eu não fiz porra nenhuma pra tu vim querer por moral em cima de mim não. Tu me chamar de monstro ou qualquer outra palavra não me abala nada não fia. Eu só não te meto a porrada aqui, porque eu respeito muito o LL, e não vou destruiu nossa amizade por causa de uma buceta não. - A raiva em mim parecia um um balão, a cada segundo aumentava mais.

- É melhor tu ir esfriar a cabeça, se não tu acaba perdendo a cabeça ai. - LL vem em minha direção me segurado meu braço e caminhando até a porta.

- Me solta Karalho- tiro meu braço da sua mão com brutalidade - Não se preocupa não, que eu vou resolver meus problemas agora mesmo- Abro a porta e fecho ela com toda força, escutei um barulho de vidro rachando vindo dela, mas nem dei o trabalho de olhar pra trás.

Pego minha moto e corro a mil pra casa da vagabunda da Emanuely. Estaciono minha moto em qualquer porcaria de canto e caminho pra casa da vadia. As pessoas que passavam por la olhavam mas logo desviava o olhar, elas têm medo de mim e é assim que eu gosto. Bato na porta com força mas não tenho respostas, talvez ela tenha respondido, mas o barulho da porta não deu pra escutar o que vinha de dentro. Bato na porta novamente, mas com o dobro de força.

- Eu já disse que ja vai, tá surdo é? - A porta é aberta - O que você tá fazendo aqui? - Dou um empurrão de leve nela, e entro na casa e espero ela fechar a porta.

- Quando tu pretendia me contar? - digo agitado olhando pra cara dela.

- Contar o que?

- Não vem com teu deboche pra cima de mim Emanuely. Quando tu pretendia me contar que leva um filho meu contigo todos os dias - Ela já era branca, mas agora tava parecendo uma bola de neve de tão branca que tava. - Anda porra responde - Eu juro que tava tentando ser calmo, mas essa karalho não facilita pica nenhuma.

- Filho? Que tá ficando louco? - Fala nervosa e meio sem jeito

- Tu tá vendo algum palhaço aqui, pra tu querer debochar como tu quiser?

- Quem te contou ? - se senta no sofá.

- A notícias voam - Ela fica em silêncio  - Eu tinha todo o direito de saber que eu vou ter um filho, não acha? - Arqueio a sobrancelha. 

- Ae? Pra que? Pra tu mandar eu abortar? Pra tu me matar? Eu não preciso de você, ninguém precisa de você. - Nessa hora o meu balão de raiva já tinha estourado. Voou em cima dela segurando seu pescoço com força.

- Tu não fala comigo como tu quer não Karalho. Abaixa a porra da voz pra tu falar comigo, tu não tá falando com qualquer um não- solto seu pescoço ao ver que ela já tava ficando vermelha. Ela passa a mão no pescoço e me olha com medo e raiva ao mesmo tempo.

- E-eu, não quero que tu tire meu filho de mim - sua voz sai trêmula.

- Em algum momento eu disse que ia tirar ele de tu porra?

- Me-me promete por tudo que você mais ama, por...por...favor

- Eu não posso prometer por tudo que eu mais amo, pelo o simples fato que eu não amo nada. A única coisa que eu amo com toda a minha vida é o meu morro, e ninguém vale a pena para eu fazer um juramento por ele - falo sério e ele não responde nada - Mas tu fica suave ai na tua, porque eu não vou tirar teu bacuri de tu não. Porra daqui a pouco eu tô de cabelo branco, ou até mesmo não sobreviver a uma invasão, e por conta disso vou precisar de alguém pra ficar no meu lugar, e nada melhor do que um filho meu, sangue do meu sangue. - Ela engole seco

- Eu não quero meu filho metido nessa vida que tu fala - ela fala seca

- E quem disse que tu tem querer aqui fia? - digo suave. - Agora tu vai lá em cima arrumar tuas coisas rápido , porque eu não tenho o tempo do mundo

- Arrumar minhas coisas? Pra que? - Ela fala confusa

- Como pra que? A partir de hoje tu vai morar comigo

- Não, não e não - Ela se levanta do sofá- Eu não vou sair daqui

- Eu já disse que tu não tem querer porra. Tu vai fazer tudo que eu mandar e caladinha

- Eu não vejo o porque para ir, eu posso muito bem ficar aqui em casa e você na sua como era antes - O menininha marreta viu

- Mas antes não tinha nada que nos ligasse como hoje. Eu tenho um monte de inimigo espalhando pelo o Brasil ou até mesmo fora dele, e eu não vou deixar cria minha sem proteção não, ainda mais agora que eu sei que tu ta passando necessidades. Agora tu sobe lá em cima caladinha e põem tuas coisas e uma bolsa, mala, mochila, sei lá. Mas só arruma logo. - Ela me encara com aqueles belos olhos cor de mel, e sai indo em direção a um pequeno corredor que tinha perto da sala. A ideia de ser pai ainda rodeava minha cabeça como um furacão, eu não sei como seria daqui pra frente agora.

Desejo de posse (Morro) {Concluída}Onde histórias criam vida. Descubra agora