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Emanuely.

- O que você está fazendo aqui? - Pergunto meio fraca olhando pro Pesadelo.

- Eu quero conversar com você - Ele se aproxima de mim rápido e eu dou um passo pra trás.

- Por favor... não me negue - ele abaixa a cabeça e sussurra.

Aí cara porque eu não consigo odiar ninguém nessa vida?

- Tá bom - bufo - Vamos lá pra casa. - Falo caminhando até o carro.

- Porque não saímos pra comer algo? Abriu uma lanchonete lá no meu morro que vou te falar são os melhores lanches do Brasil. - ele diz todo animando enquanto caminhávamos até o carro.

- Não dá o Heitor tá chorando muito e o Muralha não sabe o que fazer. - bato no vidro do carro vendo que o JD estava dormindo escutando música.
JD toma um susto, mas logo destrava todas as portas do carro.

Entro no carro acompanhanda do Pesadelo e o JD me olha meio confuso.

- Quanto tempo pesadelo - JD diz ligando o carro.

- Iae JD, como vão as coisas?

- Tá tudo de boa. Tu sumiu depois da invasão lá no morro do KL.

- É cara - Pesadelo passa a mão na nuca - Dei muito vacilo naquela invasão.

- Tu tava lá também? - Pergunto surpresa.

- Te explico tudo quando chegaremos

- Hm.

- Mas o que tu tá fazendo aqui por essas bandas? Muralha não ia gostar nada de te ver perto da Manu, ele ainda tá meio bolado contigo depois do dia do nascimento do Heitor. - JD fala mantendo os olhos na estrada

- Muralha não tem que falar nada, afinal é algo sobre mim, então ele vai ter que entender querendo ou não. - Respondo.

- Tá na defensiva? Não tá mais aqui quem falou. - JD faz sinal de redenção com as mãos soltando por alguns minutos o volante.

- E Como vai meu neto? - Pesadelo pergunto mudando um pouco do assunto.

- Ih rapaz aquele lá é a cara do Muralha, a gente precisa fazer DNA pra saber quem é a mãe, porque ele não tem quase nada da Emanuely,  além dos olhos - JD diz e Pesadelo da um sorriso bobo.

- JD, um dia eu compro um monte de fita daquelas lá do Icarly e tampo sua boca seu mulambento - cruzo os braços e ele começa a rir. EU MATO.

- Estou falando apenas a verdade Gatxinha você que não aceita.

- Olha vem cá, cadê a tua nova namorada misteriosa em? Porquê eu quero ter uma conversinha com ela pra te colocar na linha filho da mãe.

- Quem fica na linha é trem e agulha, aqui é cachorrão filha - Da um sorriso sacana.

- Fala menos e acelera mais, meu filho tá precisando de mim seu chato - falo emburrada.

- Ih problema é teu

- Vocês brigam direto - Pesadelo pergunta.

- Xo te falar uma coisa, essa tua filha é chata pra karalho na moral mesmo, as vezes eu tenho vontade de jogar ela na frente de um trem, mas aí eu lembro que se eu matar ela, depois eu vou me matar porque eu amo essa louca.

- Ein, ein até parece que é fofo.

- O tá vendo porque eu digo que ela é insuportável? Ela não deixa nem a pessoa ser fofo então eu mando tomar no cu logo - JD diz fingindo está ofendido.

- Vocês dois em, sei não, parece eu e o Branco quando estamos brincando - Pesadelo fala.

- Porque o nome dele é branco? Só porque ele é branco? Não pode ser nego não? Que sociedade é essa Deus onde a tanto preconceito e pensamentos racistas? Me leve senhor sou muito puro e ingênuo para viver nesse mundo cruel. Mãezinha venha me buscar por favor, eu não aguentoaos essa vida, eu quero ser Colírio da capricho - JD fala dizendo nada com nada.

- Você tá bêbado? Porquê se tiver me passa o volante agora seu louco - Pesadelo diz preocupado.

- Xii liga não, ele é assim direto, tem dor de cotovelo por tudo.

- A agora é dor de cotovelo se preocupar com a falta de respeito entre as raças? Você vai pro inferno Manu, escuta o que tô dizendo.

- A tu não vai né JD ? - arqueio a sombracelha.

- Sou puro menina, respeita.

- Vou fingir que não escutei.

Olho pelo o vidro da janela e percebo que havíamos chegado já. Olho pra casa e vejo o Muralha so de bermuda moletom e com o Heitor no colo se remexendo muito, ele estava chorando bastante.

- Anda JD o Heitor tá se acabando de tanto chorar. - Falo apressada.

JD para o carro em qualquer canto e eu logo saiu correndo e pegando meu pequeno nos braços.

- Eu já não sei o que fazer, ele tá chorando muito. - Olho pro Muralha e vejo seus olhos inchados.

- Você tava chorando Muralha? - Pergunto tentando acalmar o Heitor.

- Claro, ele chorava de um lado e eu não aguentei e comecei a chorar do outro, queria entregar ele pro pai, mas lembrei que o pai sou eu então foi que eu chorei mais ainda. - ele diz e eu começo a rir.

- Aí meu amor, se você não existisse eu te inventaria - falo.

- Aí que viadagem de vocês dois, credo. - JD aparece junto com o Pesadelo.

- O que ele tá fazendo aqui? - Muralha "sussura do meu lado" enquanto olhava pro Pesadelo.

- Na moral, eu acho que o Muralha nasceu com um microfone enfiado na garganta, porque até falando baixo ele fala alto. - JD diz e Muralha da um tapa na sua cabeça.

- Vai da o cu lá na esquina da dona Maria vai, porque acho que teus machos não estão fazendo o trabalho direito.

- Claro depois que deu filho nasceu esse menino você me esqueceu. - JD diz com uma voz afrescalhada.

- Sai daqui arrombado. - Muralha empurra JD.

- Se resolvam aí, porque eu vou da de mamar pro meu bem mais precioso. - Falo e entro na casa.

Subo as escadas e vou pro quarto do meu bebê. Coloco o Heitor pra mamar, mas ele não queria e começou a chorar

- O meu amor, o que você quer mamãe? - Pergunto mesmo sabendo que não teria respostas.

- A mamãe vai te da um banho. - Falo e me levanto com ele.

Coloco o Heitor no bercinho enquanto eu preparava sua banheira pro banho. Termino de arrumar as coisas do banho do meu mimo e o pego no berço.

Coloco ele na banheira e logo seu choro para.

- Então meu amor queria um banho? Não te culpo meu príncipe, nesse calor mamãe não tem culpa de nada - sorrio enquanto passava o shampoo devagar nele.

Desejo de posse (Morro) {Concluída}Onde histórias criam vida. Descubra agora