Eu estava completamente nervosa, eu tremia, sentia medo de tropeçar, cair e passar vergonha, Pedro pareceu sentir tudo isso é segurava minha mão com firmeza, o que tranquilizava um pouco.
Todos nós olhavam sorrindo, olhei pra Pedro que tinha um sorriso lindo estampado em seu rosto, ele parecia leve.
Chegamos até nosso posto e eu tinha que ficar em sua frente, o mesmo pousou suas mãos em minha barriga, acariciando deliciosamente, e eu sorria feito boba, sentindo seu toque delicado.
***
A cerimônia acabou e estávamos todos na mesa jantando, Pedro, Gabriel, Laura, JP, sua mulher, Milena e Matheus.
- Aí, eu sonho com o dia de entrar no altar, bem linda também.. - Milena falou sorrindo e olhando pra Pedro, que fingiu demência.
- Arruma um macho pra poder sonhar assim primeiro Milena! - Gabriel falou.
- Não preciso! - falou e piscou. - Já tenho um! - quando ela falou eu me engasguei, fazendo com que Pedro passa-se a mãos por minhas costas.
- Sério? Apresenta ele pra gente! - Laura falou debochada.
- Em breve! Ele não está pronto pra vir aqui ainda! - Ela sorriu largo e se levantou, indo até a mesa por mais comida.
- Vadia.. - sussurrei.
- Falou alguma coisa? - Pedro perguntou e eu neguei me levantando também. - Aonde você vai?
- Preciso e ao banheiro! - Falei e segui até dentro da casa, que estava totalmente vazia.
A casa estava totalmente vazia, fui até o banheiro, fiz minhas necessidades, lavei minhas mãos e sai, dando de cara com um rapaz na porta do banheiro.
- Porra! - gritei colocando a mão no peito. - Quer me matar do coração?
- Não, eu preciso te tirar daqui, rápido! - falou me puxando, tentei me soltar mas não consegui.
- Me larga, pra onde está me levando! - eu me debatia, mas sem muito sucesso.
- É pro seu bem cala a boca! - falou me tirando da casa de Pedro, mas os caras que vigiavam sua casa viu e o impediu.
- Chefe, corre aqui! Tão tentando levar a patroa! - ele gritou no rádio enquanto ele e mais uns três apontava a arma na direção do cara que me segurava, e em menos de trinta segundo, Pedro estava ali com os meninos, segurando sua arma.
- Solta ela de vagar, se não eu vou estourar os seus miolos seu filho de uma puta sem noção! - Falava se aproximando e mirando a arma. - Vem Maria! - estendeu sua mão e eu a segurei, abraçando ele forte.
- Não me solte por favor, não agora! - Ele suspirou e me abraçou.
- Preciso resolver isso.. Por favor, vai lá pra dentro.. - falou calmo e acariciando meus cabelos.
- Não me deixe mais sozinha, isso tudo só acontece quando você me deixa, não me deixa Pedro.. - eu o implorava.
- Droga! - Ele resmungou. - Vem, tragam esse escroto do caralho aqui! - Pedro me puxou e eu olhei pra traz, havia muitas pessoas armadas nos seguindo, até a sua garagem.
- Começa a falar! - Gabriel falou nervoso. - Quem te mandou até aqui?
- Foi o Cabral, por favor, não me machuquem, ele me ameaçou, me obrigou a vir aqui e tirar essa menina daqui! - Ele falou tirando uma foto minha saindo do salão hoje mais cedo do bolso.
- O que o Desgraçado do Cabral quer? - Pedro falou indo até ele. - E é melhor me falar tudo, porque aquele cuzao tá nessa a pouco tempo e não entende de muita coisa, eu já nasci nessa bagunça toda!
- Ele quer tomar as favelas do Rio, todas, rocinhaz, macaco, alemão.. ele quer tudo pra ele, e tá disposto a tudo, tem muita gente com ele, uma tropa do cão tá ligado, vocês não vão ter chance! - ele falava assustado. - Eu só estou cumprindo ordens..
- Quem é Cabral e porque ele quer me tirar daqui? - Perguntei assustada e Pedro pegou em minha mão.
- Alguém que você pode conhecer depois, agora, vamos terminar de curtir o casamento de sua amiga! - sorriu forçado e me puxou, antes sussurrou algo para Gabriel que assentiu.
Chegamos no quintal e todos se divertiam, sorri ao ver que as meninas estavam animadas, me chamando para a pista com elas, olhei para Pedro que sorriu sem mostrar os dentes.
- Pode ir pequena, não vou né descuidar de você novamente.. - ela soltou de minha mão e fui até elas, precisava espairecer um pouco, se divertir me faria bem..
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Grávida do dono do Morro
DragosteMaria Luiza sempre foi o típico de menina meiga e sempre muito educada, mas como toda menina, tinha suas amigas, Laura e Beatriz, que moravam na favela da rocinha, e que sempre que podiam, levava a amiga que morava no bairro nobre de Copacabana pro...