Capitulo 73

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Pedro Miguel Narrando:

Depois de conversar com Maria, fui na boca pra ver o que estava acontecendo, chegando lá, os vapores estavam tudo apontando a arma pra um cara que parecia noiado.

- O que tá acontecendo aqui? - perguntei confuso.

- Escuta o que ele tem pra falar. - GB falou sério.

- To aqui a mando do meu chefe morô! Ele quer que eu te passe a visão, tamo juntando os morros pra detonar com você parceiro! Se prepara! - falou e gargalhou, saquei minha arma e apontei pra ele.

- Me de um bom motivo pra não estourar seus miolos agora seu desgraçado! - falei entre os dentes,

- Você pode fazer o que quiser comigo PM, nada vai mudar, tá tudo pronto, na melhor, a gente vai atacar! - falou por fim e eu atirei em sua testa.

- DESGRAÇADOS! - falei atirando no corpo no chão. - Qual a chance do que esse filho da puta falou ser verdade?

- Toda cara, toda! - DG falou nervoso - Mas que desgraça que tá acontecendo que não temos paz nessa porra!

- Tamo fudido cara, temos gente, temos parceiros, mas ele citou Varios morros pra gente, é muita gente, é foda! Não damos conta! - GB falou.

- Eles sabem que não podem fazer essa porra! Eles sabem! - Gritei nervoso. - Isso é coisa do Luan, do desgraçado do Luan! Já vi esse filho da puta aqui com ele. - Liga pro Cabral, fala tudo, e principalmente que a Maria Luíza tá aqui e não vai sair daqui. - falei pra ele e sai, voltando pra encontrar Maria.

- Você voltou.. - falou fechando uma gaveta do quarto da neném. - Estava olhando as roupinhas. Uma mais linda que a outra! - falou vindo até a mim.

- Que bom que gostou Malu. - falei um pouco seco, estava nervoso, não queria explodir com ela e nem descontar tudo.

- O que houve? Você saiu correndo e voltou estranho..

- Nada que você deva se preocupar agora, vou te levar pra casa. - falei puxando sua mãe.

- Mas e tudo aquilo que me falou? Já mudou? Pra que me levar embora? - falou se afastando de mim.

- Pra minha casa Maria, logo na rua de cima lembra? Nada mudou. - falei a puxando de volta, que suspirou aliviada.

***

Estávamos deitados na minha casa, depois de jantar e assistir o ataque de felicidade da minha mãe ao nos ver juntos, a tempos eu não via ela daquele jeito.

- O que você fez com o Danilo? - perguntou e eu revirei os olhos.

- Você só precisa saber que eu não o matei, ainda! Mas vou se eu o ver de novo aqui. - falei sério e foi sua vez de revirar os olhos.

- Ele é apenas meu amigo! Me fez bem os últimos dias!

- Tá afim de brigar mesmo? Fecha a matraca, só vai me deixar mais ódio dele!

- Tá bom senhor esquentadinho! - falou e pegou meu celular, logo meu celular começo a tocar. - Cabral.. - sussurrou e eu peguei o telefone em sua mão.

- fala!

Que porra que tá acontecendo aí? E que caralho a Maria tá no meio desse inferno?! - falou putasso.

- Quem é Cabral? - Maria falou se levantando e se aproximando de mim.

- Ela tá aí droga? Que saudade dessa voz, caralho.. - falou mais calmo, eu diria até feliz. - Traz ela pra cá droga, tira ela desse inferno que tá seu morro!

- Se meu morro tá esse inferno é por culpa dela, e daqui ela não sai! Ela é minha, e eu vou cuidar dela. Relaxa que não vou fazer como você! - falei e ela me olhou confusa.

- Para de ser orgulhoso porra! Droga, olha, to mandando um pessoal, reforça a segurança dela e qualquer coisa me liga! - falou e desligou, sem eu ao menos dizer algo.

- Me diz quem é ele e porque ele se interessa tanto por mim? - ela falou mandona e cruzando os braços.

- Alguém que você pode conhecer outro dia princesa! Relaxa, vamos dormir um pouco! - falei a empurrando pra cama.- Já já desço pra boca pra resolver umas paradas! - falei me deitando ao lado dela, abraçando sua barriga.

***

Maria Luíza Narrando:

Acordei do meu sono com a Madalena mexendo muito, estava super agitada, olhei o relógio e fazia apenas vinte minutos que estávamos apagados.

Procurei pelo meu celular e não achei, então peguei o de Pedro, havia uma chamada perdida de Cabral, então resolvi retomar a ligação.

Enquanto chamava, me levantei com cuidado para não acordar Pedro, mas a merda do rádio dele começou a apitar.

- PM, Tá aí PM? - um cara chamava do outro lado, eu desliguei o celular antes que Pedro visse.

- Fala porra! - falou meio sonolento.

- Uns caras dizendo ser do morro do Cabral tão aqui, dizendo ser a mando dele! - falou e eu olhei o relógio, não daria tempo deles chegarem.

- Segurem aí! - falou se levantando procurando o celular.

- Está aqui, estava tocando! - falei e ele me fuzilou com o olhar, ligando pra alguém que logo atendeu

- Cabral, mandou seus homens de helicóptero foi porra? - falou se levantando . - Como assim eles nem saíram daí ainda porra?!

Foi apenas o tempo dele terminar a frase, para um trilhao de fogos estourar, assustando a nós dois.

- Caio caralho! É uma armadilha! Tão invadindo a porra do meu morro! - Caio? Quem diabos é Caio! - To te esperando! - falou desligando o celular.

- O que tá acontecendo, o que são esses fogos Pedro? - perguntei assustada. - Quem é Caio?

- É o Cabral Maria, espera! - falou me dando pouca importância. - DG e GB, pega as meninas, a mãe de vocês, quem vocês puderem, de confiança, e tragam pra minha casa, levem pra vocês sabem onde, to levando a Maria, minha mãe e o Beni pra lá! - falou no celular e pegou em minha mão, mas eu a soltei.

- Que cacete tá acontecendo e quem e Caio e Cabral? - Gritei nervosa.

- Caralho Maria, vão tentar tomar meu morro agora, não é hora pra sua teimosia! - gritou de volta me puxando, enquanto gritava sua mãe. Que logo apareceu com Benício.

- Não teremos paz nunca, não teremos! - falou se enrolando no roupão, escondendo seu pijama, enquanto Benício segurava em sua roupa.

- Vai pro quarto seguro com eles, só abre pra mim, pro Gabriel ou Diego! Não saiam de lá nem fodendo! - falou me empurrando até sua mãe. - Eu volto logo pequena! - me deu um beijo e saiu correndo.

Realmente, nunca teremos paz.

Grávida do dono do Morro Onde histórias criam vida. Descubra agora