Pedro Miguel Narrando:
Depois de conversar com Maria, fui na boca pra ver o que estava acontecendo, chegando lá, os vapores estavam tudo apontando a arma pra um cara que parecia noiado.
- O que tá acontecendo aqui? - perguntei confuso.
- Escuta o que ele tem pra falar. - GB falou sério.
- To aqui a mando do meu chefe morô! Ele quer que eu te passe a visão, tamo juntando os morros pra detonar com você parceiro! Se prepara! - falou e gargalhou, saquei minha arma e apontei pra ele.
- Me de um bom motivo pra não estourar seus miolos agora seu desgraçado! - falei entre os dentes,
- Você pode fazer o que quiser comigo PM, nada vai mudar, tá tudo pronto, na melhor, a gente vai atacar! - falou por fim e eu atirei em sua testa.
- DESGRAÇADOS! - falei atirando no corpo no chão. - Qual a chance do que esse filho da puta falou ser verdade?
- Toda cara, toda! - DG falou nervoso - Mas que desgraça que tá acontecendo que não temos paz nessa porra!
- Tamo fudido cara, temos gente, temos parceiros, mas ele citou Varios morros pra gente, é muita gente, é foda! Não damos conta! - GB falou.
- Eles sabem que não podem fazer essa porra! Eles sabem! - Gritei nervoso. - Isso é coisa do Luan, do desgraçado do Luan! Já vi esse filho da puta aqui com ele. - Liga pro Cabral, fala tudo, e principalmente que a Maria Luíza tá aqui e não vai sair daqui. - falei pra ele e sai, voltando pra encontrar Maria.
- Você voltou.. - falou fechando uma gaveta do quarto da neném. - Estava olhando as roupinhas. Uma mais linda que a outra! - falou vindo até a mim.
- Que bom que gostou Malu. - falei um pouco seco, estava nervoso, não queria explodir com ela e nem descontar tudo.
- O que houve? Você saiu correndo e voltou estranho..
- Nada que você deva se preocupar agora, vou te levar pra casa. - falei puxando sua mãe.
- Mas e tudo aquilo que me falou? Já mudou? Pra que me levar embora? - falou se afastando de mim.
- Pra minha casa Maria, logo na rua de cima lembra? Nada mudou. - falei a puxando de volta, que suspirou aliviada.
***
Estávamos deitados na minha casa, depois de jantar e assistir o ataque de felicidade da minha mãe ao nos ver juntos, a tempos eu não via ela daquele jeito.
- O que você fez com o Danilo? - perguntou e eu revirei os olhos.
- Você só precisa saber que eu não o matei, ainda! Mas vou se eu o ver de novo aqui. - falei sério e foi sua vez de revirar os olhos.
- Ele é apenas meu amigo! Me fez bem os últimos dias!
- Tá afim de brigar mesmo? Fecha a matraca, só vai me deixar mais ódio dele!
- Tá bom senhor esquentadinho! - falou e pegou meu celular, logo meu celular começo a tocar. - Cabral.. - sussurrou e eu peguei o telefone em sua mão.
- fala!
- Que porra que tá acontecendo aí? E que caralho a Maria tá no meio desse inferno?! - falou putasso.
- Quem é Cabral? - Maria falou se levantando e se aproximando de mim.
- Ela tá aí droga? Que saudade dessa voz, caralho.. - falou mais calmo, eu diria até feliz. - Traz ela pra cá droga, tira ela desse inferno que tá seu morro!
- Se meu morro tá esse inferno é por culpa dela, e daqui ela não sai! Ela é minha, e eu vou cuidar dela. Relaxa que não vou fazer como você! - falei e ela me olhou confusa.
- Para de ser orgulhoso porra! Droga, olha, to mandando um pessoal, reforça a segurança dela e qualquer coisa me liga! - falou e desligou, sem eu ao menos dizer algo.
- Me diz quem é ele e porque ele se interessa tanto por mim? - ela falou mandona e cruzando os braços.
- Alguém que você pode conhecer outro dia princesa! Relaxa, vamos dormir um pouco! - falei a empurrando pra cama.- Já já desço pra boca pra resolver umas paradas! - falei me deitando ao lado dela, abraçando sua barriga.
***
Maria Luíza Narrando:
Acordei do meu sono com a Madalena mexendo muito, estava super agitada, olhei o relógio e fazia apenas vinte minutos que estávamos apagados.
Procurei pelo meu celular e não achei, então peguei o de Pedro, havia uma chamada perdida de Cabral, então resolvi retomar a ligação.
Enquanto chamava, me levantei com cuidado para não acordar Pedro, mas a merda do rádio dele começou a apitar.
- PM, Tá aí PM? - um cara chamava do outro lado, eu desliguei o celular antes que Pedro visse.
- Fala porra! - falou meio sonolento.
- Uns caras dizendo ser do morro do Cabral tão aqui, dizendo ser a mando dele! - falou e eu olhei o relógio, não daria tempo deles chegarem.
- Segurem aí! - falou se levantando procurando o celular.
- Está aqui, estava tocando! - falei e ele me fuzilou com o olhar, ligando pra alguém que logo atendeu
- Cabral, mandou seus homens de helicóptero foi porra? - falou se levantando . - Como assim eles nem saíram daí ainda porra?!
Foi apenas o tempo dele terminar a frase, para um trilhao de fogos estourar, assustando a nós dois.
- Caio caralho! É uma armadilha! Tão invadindo a porra do meu morro! - Caio? Quem diabos é Caio! - To te esperando! - falou desligando o celular.
- O que tá acontecendo, o que são esses fogos Pedro? - perguntei assustada. - Quem é Caio?
- É o Cabral Maria, espera! - falou me dando pouca importância. - DG e GB, pega as meninas, a mãe de vocês, quem vocês puderem, de confiança, e tragam pra minha casa, levem pra vocês sabem onde, to levando a Maria, minha mãe e o Beni pra lá! - falou no celular e pegou em minha mão, mas eu a soltei.
- Que cacete tá acontecendo e quem e Caio e Cabral? - Gritei nervosa.
- Caralho Maria, vão tentar tomar meu morro agora, não é hora pra sua teimosia! - gritou de volta me puxando, enquanto gritava sua mãe. Que logo apareceu com Benício.
- Não teremos paz nunca, não teremos! - falou se enrolando no roupão, escondendo seu pijama, enquanto Benício segurava em sua roupa.
- Vai pro quarto seguro com eles, só abre pra mim, pro Gabriel ou Diego! Não saiam de lá nem fodendo! - falou me empurrando até sua mãe. - Eu volto logo pequena! - me deu um beijo e saiu correndo.
Realmente, nunca teremos paz.
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Grávida do dono do Morro
RomanceMaria Luiza sempre foi o típico de menina meiga e sempre muito educada, mas como toda menina, tinha suas amigas, Laura e Beatriz, que moravam na favela da rocinha, e que sempre que podiam, levava a amiga que morava no bairro nobre de Copacabana pro...