Maria Luiza sempre foi o típico de menina meiga e sempre muito educada, mas como toda menina, tinha suas amigas, Laura e Beatriz, que moravam na favela da rocinha, e que sempre que podiam, levava a amiga que morava no bairro nobre de Copacabana pro...
Foi deitar me sentindo culpada por ter deixado Maria ir embora sozinha aquela hora, deveria ter acompanhado ela, eu já era mais ligada e ligeira, Maria era muito inocente.
A mandei uma mensagem perguntando se ela estava bem e ela apenas respondeu que sim, perguntei se ela estava em casa e ela não me respondeu mais, achei que já devia ter pego no sono, então fiz o mesmo.
*** Pela manhã...
Acordei no susto com meu celular tocando, peguei ele no criado mudo e atendi:
- Alô? - perguntei com a voz de sono ainda.
- Laura? Bom dia! - respondeu seca. - é Sandra, mãe da Maria Luiza! Queria saber com ela que Horas ela vem embora. - falou parecendo mais calma.
- Ué, como assim? - perguntei me sentando na cama e esfregando os olhos.
- Ela me comunicou que era casamento de uma amiga e que depois dormiria em sua casa, certo? Não estou conseguindo falar com ela, deve ter ficado sem bateria, porque está desligado e o carregador está aqui. - respondeu mais confusa do que eu. - Combinamos de sair, estou apenas esperando por ela, já se passa das onze da manhã, não quero demorar na rua!
- É.. tia, quer dizer, dona Sandra, vou ver e depois ligo pra senhora, tchau! - não esperei por resposta e logo levantei correndo indo até o quarto de Gabriel, que ainda estava apagado.
- Gabriel, inferno! Acorde! - falei o sacudindo e o mesmo do resmungava. - Invasão Gabriel, invasão! - sabia que dessa forma ele acordaria rapidinho, dito e feito.
- Aonde porra! Vai pro porão com a mãe, vai pro porão! - falou de levantando e pegando sua arma.
- Calma imbecil, não tem invasão nenhuma. - ele me olhou com ódio. - A Maria sumiu! - falei e ele me olhou com os olhos arregalados.
Maria Luiza Narrando:
Fiquei à noite inteira acordava pensando em tudo e olhando para as estrelas, o dia já havia amanhecido e eu estava começando a ficar cansada, era melhor ir embora descansar um pouco, quando ouço uma voz bem conhecida me chamando.
- Malu? Maria Luzia?
- Danilo! Quanto tempo! - falei sorrindo tentando me levantar, ele veio até mim e me ajudou. Daniel foi meu primeiro e único namorado, terminamos porque ele foi fazer faculdade nos Estados Unidos.
- Caraca baixinha, quanto tempo mesmo em! E esse barrigão? Caraca, que linda! - falou colocando as mãos sobre ela e com os olhos brilhando.
- Pois é né, minha Madalena! - falei sorrindo.
Ele logo puxou assuntou perguntando de quanto tempo eu estava, quem era o pai, o que eu fazia sozinha a essa hora na praia, expliquei tudo a ele que ficou surpreso e assustado.
- Meu Deus Luíza, como conseguiu sobreviver a tudo isso? Se eu soubesse que você estava passando por tudo isso teria voltado antes! Você não merece isso! E você sabe! - falou pegando minha mãe e acariciando minha barriga. - Vocês não merecem.. - ele sorriu e eu contribui, era dessa paz que eu estava precisando agora.
Danilo na foto.
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Pedro Miguel Narrando:
Estava na boca ainda, já tinha pensando em tudo que eu iria fazer, só ia esperar os moleques acordarem pra colocar meu plano em prática!
- Pedro, tá na onde parceiro? - Gabriel perguntou pelo rádio, sua voz estava estranha.
- To na boca parceiro, porque? O que tá pegando? - respondi e ele não respondeu. - O que foi porra?!
- Mano! - falou chegando com a Laura na boca, mas que porra era essa.
- O que caralho essa pirralha tá fazendo aqui? Quantas vezes vou falar que não quero criança aqui?!
- A Maria sumiu Pedro, ela não voltou pra casa, sumiu! A mãe dela me ligou hoje perguntando dela, ela não está em nenhum lugar aqui, já mandei mensagem para as meninas, ninguém sabe dela! - Laura falava nervosa e preocupada.
- Mas que buraco essa menina se enfiou com a minha filha, porra! - falei batendo na mesa.
- Depois de ontem, ela saiu feito doida da favela! - Gabriel falou, meio que me culpando, me deixando mais louco.
- Agora vem falar que a porra da culpa é minha? - falei indo pra cima dele. - Vai tomar no Cu parceiro, não fui atrás porque você impediu!
- Do que vocês estão falando? Alguém pegou ela! - Laura tagarelava.
- Foda-se, vou atrás dela agora! - falei pegando a chave do meu carro. - O Caio pegou ela! - falei e Laura me olhou assustada.
- Que Caio? - Laura perguntou olhando pra gente. - Que Caio ele tá falando Gabriel?
- O Caio tá vivo Laurinha.. - GB falou pra ela que ficou mais branca ainda.
- Abre a boca e eu te deixo careca! - Falei pra ela que apenas concordou com a cabeça. - Vou atrás da Maria! - sai e fui seguido pelo Gabriel, que chamava uns vapor pra ir com a gente.
***
Cheguei no morro do Cabral e já me deixaram passar, estranhei logo daí, se o cara quer me foder, manda os filhos da puta dele pra minha favela e depois me deixa entrar de boa sem nem passar um rádio?
Subi com os parceiro e ligo entrei sacando minha arma pra ele, fazendo com que os noias que estavam com ele, apontassem suas armas para mim.
- Epa Epa cunhadinho! - falou levantando e erguendo as mãos. - Não é porque você come minha irmã que você pode chegar na minha favela metendo a banca não! - falou parando de frente mim. - Abaixem as armas! - falou pros vapor dele, abaixei a minha e os meus fizeram o mesmo.
- Cadê a Maria seu sínico filho de uma puta! - falei entre os dentes e ele me olhou confuso.
- Eu vou saber caralho! Você que devia me responder isso! - me respondeu nervoso.
- Um desgraçado do seu bando, vai até meu morro, tenta pegar ela a mando de você, ela some, e você vem e dizer que não sabe? Se fode moleque.
- Tá tomando água de xuca parceiro? Não mandei ninguém atrás dela não porra! Tá tirando? To sabendo dessas ideias aí não! - respondeu, pareceu sincero.
Expliquei toda a história pra ele que ficava cada fez mais confuso com o que falava, estava começando a ficar roxo de raiva já.
- Mas que caralho, foi por isso que eu mandei você não abrir a boca pra ninguém inferno! - gritou nervoso. - Eu lá quero a porra do seu morro parceiro, já tenho dor de cabeça de mais com o meu, pra ir atrás do seu.
- Então cadê ela porra? - Gabriel perguntou nervoso.
- Se vira e acha parceirinho! Ela é responsabilidade tua, acha a minha Irma, e ache logo! Se não você vai entrar nas ideia comigo! - Cabral falou nervoso e eu gargalhei alto, o irritando mais ainda.
- Vai se foder parceirinho! Tu tá achando que é quem pra falar assim comigo! Tu tá nessa a pouco tempo, não conhece como funciona nossa caminhada! Então baixa a porra da bola. Eu vou achar sua Irma, mas não é porque você tá mandando não! É porque eu quero! - falei apontando o dedo pra ele e logo dei as costas. Realmente aquele Zé ruela não tinha nada a ver com aquilo, agora eu preciso descobrir quem é que tá tentando me foder.
*** Desculpem o atraso pessoal, eu não estava em casa e só cheguei agora..