Capítulo 23

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O dia começou com bastante coisas, meu computador falta explodir com tantos email. Tomo meu café e como alguns ovos mexidos antes de ir pro trabalho.
  Deixo a louça na pia e pego as chaves do carro em cima do balcão da cozinha.

  Até que o trânsito corre muito bem. Não tenho tanto estresse nessa parte.
Chego na empresa. Ajeito a postura e entro no elevador. Meus funcionários são bastante amigáveis e se preocupam em saber como eu estou e se preciso de alguma coisa. E é muito boa essa sensação de que não estou sendo bajulado, porque caso a atitudes deles passem essa interpretação, eu os demito. Quero pessoas sinceras trabalhando comigo. Sorrio com meu pensamento.

---- Tenhamos um ótimo dia pessoal ! - digo ao sair do elevador.

Dastin está me esperando na minha sala, segurando uma papelada com o que parece ser as ofertas que reformulei anteriormente.

---- Você só pode estar ficando maluco. Quer vender a empresa por esse preço ?! Cara qual é o seu problema ?! Eu sei das suas necessidades como homem, mas isso já é caso de doença.

---- Bom dia, Dastin. Eu estou bem e sim,o trajeto de casa até aqui não foi estressante. - respondo me sentando na minha cadeira.

---- Rômulo presta atenção. Eu sou seu amigo, seu advogado, cúmplice, o diabo. Mas desta vez, não vou coagir com esse tipo de atitude. Uma das mais produtivas, se não uma das maiores, empresas de Atlanta, sendo vendida por esse preço ?! É o cúmulo do absurdo.

  Ouço alguém bater na porta. Dou permissão, Stella entra e me passa a agenda do dia. Depois disso ela sai, um pouco espantada com Dastin.

---- Dastin, é só uma idéia. Eu quero estudar os meus compradores. Não vou vender por esse preço. - rio com sua expressão.

   Dastin pega um copo com água e se senta na cadeira a minha frente. Revira os olhos.
Ligo meu computador e começo a avaliar uma questões das reuniões que vou ter mais tarde. E relatório de produção da empresa.

---- Eu não vou ser tão ignorante. Tem excelentes trabalhadores aqui. E eu quero um líder a altura deles.

---- Um líder ? Acho que você quis dizer chefe! E onde já se viu "a altura dos trabalhadores?!" polpe-me, sr.Rômulo.

  Procuro não dá atenção aos comentários que Dastin faz continuamento. Até que ...

---- Você sabia que o Dylan, abriu um Pub em Dolls Vale ?

---- Não quero saber desse desgraçado.

---- Bom, mas sua preciosa estava lá ontem. E eles parecem bem íntimos.

   Dastin ergue o celular e me mostra a foto. Sinto um calor subir no corpo.
Disco o interfone de Stella e peço para ela vim a minha sala rápido. Dastin envia a foto para o meu celular e sai como uma pessoa maleficamente feliz depois de ter jogado gasolina no fogo.

---- Cancele a última reunião da noite de hoje, e encontre a senhorita Bluer pra mim.

---- O senhor não conseguiu ligar para ela ?

---- Claro que sim, Stella. Tanto é que to pedindo para que você faça isso por tamanha PU... - respiro fundo e controlo meus nervos. ---- Desculpe, por favor, faça o que eu disse.

Stella repara na foto exposta, no meu celular ligado em cima da mesa. O pega com cuidado e obviamente reconhece a pessoa.

---- Você entende agora meu desespero, não é ? Sabe bem como esse canalha é ?!

  Vejo a face de Stella diminuir cada vez mais, com sua tristeza. E lágrimas se aglomerarem em seus olhos. Mas se recompõe, assenti com a cabeça e sai.

  Eu sei o quanto isso ainda a machuca. E ela não precisou de mais nada referente aquele canalha, para se sentir novamente devastada. 

  O pior era a sensação de me sentir mais do que culpado. Eu havia apresentado os dois. Dylan e Dastin eram meus melhores amigos e um pra cada fase necessária. Certa noite eu sai com Dylan para um bar perto da empresa e lá estavam muitos funcionários. Incluindo Stella, que a anos trabalhava para está empresa. Uma das pessoas mais confiáveis do meu pai.  Ela se juntou a nós, e como eu estava com coisas demais para cuidar, ajudei Dylan a ficar com ela. Uma coisa levou a outra e eles estabilizaram um relacionamento.
 
  Eu sei o quanto Stella amou o Dylan. E do esforço que ela faria sem pensar duas vezes, pra construir uma família com ele. Tudo de pior aconteceu um tempo depois e depois. E foram coisas que estavam longe do meu alcance de conseguir reparar.

  Chamo Stella novamente. Ela entra segurando uma caixa de lenços e de cabeça baixa. Tiro meu paletó e levanto da cadeira. A puxo para um abraço.

---- Você pode chorar e eu não vou descontar do seu salário se  manchar minha camisa. - rimos. Faço um carinho em seu cabelo. ----  Me desculpe mesmo.

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